segunda-feira, 30 de setembro de 2024

🙆 ☝Estão a chegar as últimas "Propostas de Solução" à Prova n.º 9 do "Torneio Cultores do Policiário"- FORÇA!!

 🦉📝 Este é o vosso Blogue RO!👀

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🧐 POLICIÁRIO 🕵️

 

CARTAZES ILUSTRATIVOS - COLABORAÇÃO DE "VIC KEY" - Bombarral

🔎🌊 ...ESTÃO a chegar as últimas "Propostas de Solução" à Jornada n.º 9, do "Torneio Cultores do Policiário" - "O Inspector Fidalgo Aposentado" - da Autoria de "Inspector Fidalgo", um desafio que parece ter sido complicado para uma grande maioria dos Solucionistas!... Será...!? -AINDA FALTAM ALGUNS CONCORRENTES, DOS HABITUALMENTE PRESENTES!

...ENTRETANTO, parece-nos que - apesar do "Tsunami" de ontem... que "arrasou" o "Blogue RO", com a chegada de uma dezena de "respostas"! - desta vez... o número de Presenças será menor, comparadas com as Etapas anteriores... a não ser que hoje, até às 24 horas, sejamos surpreendidos com novo "Tsunami"! Força! Estamos preparados! Amanhã, dia 1 de Outubro, será conhecido o derradeiro Desafio, com a divulgação da Prova n.º 10! Muito grato por admirarem o "Blogue RO"!! 


..."TUBARÕES"
🦈🦈🦈🦈 e "PEIXE-MIÚDO" 🐟🐠🐟🐠 continuam a "luta" pelos melhores lugares nas várias "especialidades" das Classificações nesta Etapa (n.º 9 - penúltima!) de Decifração que logo, à meia-noite, finda... Veremos como ficará a Classificação Geral... antes da última Prova!


Saudações Policiárias. 

O Gráfico

Repórter de Ocasião

 

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do Policiário 🔍

👣 Primórdios da Problemística Policiária Portuguesa »»» PPPP »»» CORREIO POLICIAL - Domingos Cabral ☝ (Re)publicação - "CORREIO POLICIAL" de: 29.JAN.2021

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 *** 20.ª Edição! 🧐 📖

 


PRIMÓRDIOS DA PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA PORTUGUESA

POR: DOMINGOS CABRAL

 

(CONTINUAÇÃO)

CICLO REINALDO FERREIRA – “REPÓRTER X”

 

***

 

“OS 50 CONTOS MISTERIOSOS” N.º 18

TINTA VERMELHA     

     Havia dois dias que uma chuva ininterrupta encharcava a cidade. O casario de Tarrassa parecia amolecer, como cartão dentro d’agua.

   Os grevistas reuniam-se, á meia-noite, no subterrâneo do “Pára Pulg”. Um fedor a bafio e a peixe salgado empestava a atmosfera…A anciedade emudecera os lábios e empalidecera as faces de toda aquela gente. Os corações aceleravam os ritmos: os olhos, dilatavam-se, queimados de febre e de óleo; e a lua de archote, presa a uma argola ferrugenta, agitada pelo sopro do vento que vinha das frestas, ia ensanguentando os rostos que riçava.

   A neutralidade especuladora da Catalunha desencadeara o temporal do sindicalismo vermelho…Lá, no norte, fuzilavam-se, atolhados em lama, os soldados da Europa; em Espanha, a grande guerra das classes v ivia nas guerrilhas das ruas escuras, nas caves húmidas e sinistras… Os patrões, bruscamente enriquecidos, caíam pelos esconsos de Barcelona e de Tarragona, trespassados pelas balas dos pistoleiros; os operarios, morriam, de mãos algemadas, executados no misterio da noite, pelos fusis da Guardia… No ano anterior duzentos industriais e sessenta trabalhadores tinham passado pelos mármores da morgue…

   A greve de Tarrassa durava há tres semanas. O Sindicato unico enviara um orientador especialisado, um Hindemburga de pistoleiros conferenciar com os grévistas. Era um moço esquálido, de mãos estreitas, dentes de coupletista e voz rouca. Queria saber que atrito lhes dificultava a vitoria. E “Noi de Campana”, velho agitador, explicou:

   - “Todos os patrões estão amansados… O que lhe pedimos não representa para eles grande sacrifício. Os exércitos da França e os submarinos da Alemanha, compram, por qualquer preço, o que eles produzem… Maior prejuízo lhes causam as fabricas fechadas… Eles cediam…

   - ?

   - A culpa de toda esta demora é de Eugenio Sampére – o do “Centro Industrial”… Esse miserável é teimoso e cruel! … Prefere perder toda a fortuna a ceder um palmo… É ele que envenena os outros patrões! É ele que os excita contra nós! É ele que não deixa acabar a greve!

   O emissário do Sindicato, cerrando os dentes alvíssimos, praguejou:

  - “Mára de Deus! E como se explica que vocês não tinham picado de balas esse Sampére…

   Calou-se o “Noi de Campanas”, buscando um conselho nos olhos dos seus camaradas. E como todos se encolhessem sob o peso da tragedia que sentiam avisinhar-se, perguntou:

   - Vocês que dizem?

   - Não há que hesitar! Berrou o embaixador do Sindicato… Onde aparece esse homem?...

   - Quem te pode informar bem são estes tres camaradas que trabalham nas fábricas dele.

   E apresentou-os:

   - Manolo Montaner, carpinteiro… Paco Vergasta, mecanico, e Pons, pintor…

   Pons, o pintor, avançou um passo e explicou:

   - Sei apenas que o patrão vive para as bandas de Carrera de Pelayo. Não creio que ele, sabendo o perigo que corre, venha á rua expôr-se a uma bala.

   O “Noi de Campana” replicou:

   - Não digas isso! Sampere é atrevido. Sampére não tem medo nem do diabo…

   E um outro, que estava proximo, lembrou-se:

   - Os patrões tiveram hoje uma reunião no Município. Deve acabar pêro das duas… Sampére assiste á reunião… Com certeza regressa sósinho a casa… Era o momento de dar o golpe…

   A ideia foi aplaudida – a turba saiu, indiferente á chuva, silenciosa e macabra.

*

      Postaram-se no parque próximo a “Carrera Pelayo”. Quatro espias tinham-se refugiado nos portaes da rua, para os prevenirem quando Sampére se aproximasse.

   Esperaram até às quatro da manhã. De súbito trilou um apito distante…

   - É ele! Murmurou o “Noi de Campana”…

   E o emissario do Sindicato, afastando-se grupo, como um oficial que se prepara para comandar uma carga, indagou a meia voz:

   - Quem quer abater Sampére…

   Ergueram-se muitos braços… Dezenas de gritos, degenerados em sussurros prudentes, indicaram ao chefe que a labareda do odio fazia crepitar todas aquelas almas… Era sinistro o espectaculo daqueles rostos crispados pelo esforço de conter, num semi-silencio, a ânsia de berrar o seu entusiasmo feroz… Dir-se-hia um exército de mudos e de paralíticos.

   Assim, não! É impossível irem todos… Basta tres…  

   E passada revista às suas fileiras, o dirigente do Sindicato nomeou Montaner, o carpinteiro, Vergasta, o mecanico, e Pons, o pintor…

   - Não podemos regatear a estes camaradas, operarios do tirano, o direito da dupla vingança pessoal e dos trabalhadores…

   E os tres carrascos curvaram um pouco o busto e, separadamente, seguiram para a Carrera de Pelayo.Quando o último saia da vista dos grevistas, “Noi de Campana” observou:

   - E se Sampéro consegue escapar das balas destes camaradas?

   - Não escapará então das nossas! Afirmou o chefe sindicalista. Não vês que estamos a cercá-lo, cortando-lhe toda a possibilidade de retirada? 

*

   Caíram no tempo, lentamente, perscrutaram nas trevas. No silencio da madrugada – nem sequer se ouviam as respirações…

   De subito, num tac-tac enervante, estralejaram tres tiros. O silencio, que era opaco, tornou-se mais fundo ainda… Dezenas de mãos se enclavinharam nas coronhas das pistolas…

   - Morreu Sampére! - exclamou “Noi de Campana”, num alvoroço alegre.

   Caminharam uns minutos e viram, junto a um portão do jardim, o corpo inanimado do patrão. Uma mancha de sangue alastrava pelo rosto, indo empoçar sobre o passeio.

*

Os grévistas voltavam de novo ao subterraneo. Era preciso orientarem-se sobre as medidas de defeza contra a milícia e contra a guardia. O sindicalista de Barcelona, como perito, botou discurso:

   - Vocês dividam-se em pequenos grupos. Entrem em casa com toda a cautela… Embora todos saibamos que os denunciantes não escapam às nossas stars pode sempre haver um visinho palrador… E tratem já de brunis os fatos… Se os bufos passarem revista às vossas roupas e as encontrarem molhadas já sabem que…

   A entrada brusca de um operario interrompeu o pistoleiro perito… O recem-chegadovinha ofegante, sem chapeu, com as guedelhas empapadas pela água as guedelhas empastadas pela água.

   - O que foi, homem de Deus?

   E o outro, quasi sem poder respirar, explicou:

   - Eu ficara de vigilância, no extremo da Carrera do Pelayo… De súbito vejo o “cadáver” de Sampére erguer-se, olhar á sua volta, e desatar a correr em direcção a uma “pareja” de “guardias” que vinha da Rambla. E pela forma como lhes falava, nem ferido parecia estar… Ao princípio nem acreditei no que estava vendo… Depois… depois, compreendi o perigo… e vim preveni-los…

   O chefe semi-cerrou as pálpebras e esteve, durante alguns minutos, em profunda meditação. Por fim, inchando o tórax, ordenou:

   - “Noi de Campana”: vem comigo!

   - Mas aonde? Inquiriu ele, amedrontado.

   - Não faças perguntas. Obedece-me.

*

Com todas as cautelas aproximaram-se do local onde tinham visto, caído, o corpo do industrial. Ainda lá estava a mancha vermelha de sangue. O chefe sindicalista curvou-se, molhou um lenço; foi com ele para a luz dum candieiro; levou-o às narinas, e os seus labios crisparam-se num sorriso de apavorar:

   - Fômos traídos, “Noi”!

   - Não é possível!

   - É! Um dos tres encarregados da execução, é traidor!

   - Como o sabes?

   - “Isto” não é sangue; “isto” é tinta vermelha… Avisado a tempo e sem poder fugir-nos, porque estava cercado, Sampére bezuntou-se com tinta e deitou-se no chão. Os tiros foram disparados para o ar. E nós tão ingenuos que nos convencemos de que ele estava morto.

   - E qual dos tres seria o traidor?

   - É o que resta averiguar – para nos vingarmos.                                             

*

   Tres anos depois, no terraço dum café de Barcelona, o “traidor” , terminada a narração da sua proeza, explicou-me:

   - Como podia eu matar Sampére se tudo quanto era – e sou -  a ele o devo! Não bastara desobedecer á ordem sindical. Era preciso salvá-lo das furias dos grevistas que o cercavam. Afastei-me dos meus camaradas, abordei-o sósinho, expliquei-lhe a situação, besuntei-o de tinta vermelha e disparei para o ar a pistola. Os meus camaradas andaram mezes a fio, manivelando os miolos, a vêr se descobriam quem era o “traidor”… E afinal, se tivessem raciocinado um pouco teriam chegado à conclusão de que o “traidor” só podia ser...

 

Quem foi o traidor?

Basta reler uma vez a descrição dos encarregados de executarem Sampére… Nessa descrição encontram a chave do mistério.

 



DOMINGOS CABRAL DA SILVA

 »»» Publica-se aos dias 15 e último de cada mês! «««  


 

HOJE faz anos 🎇 o Seguidor n.º 157 do BLOGUE RO!! 👀 »»» 🗣 CANTEMOS TODOS... OS "PARABÉNS A VOCÊ!" 👏

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🎂 Muitos parabéns, Joaquim Torrado que seja um dia bastante feliz! 

👏👏👏

domingo, 29 de setembro de 2024

Prazo Envio de "Proposta de Solução" termina amanhã! 📑 Problema Policiário N.º 9 - Autor: Inspector Fidalgo 🔎 🧐 »» O INSPECTOR FIDALGO APOSENTADO «« 🕵️ 📘 * Cultores do POLICIÁRIO! Homenageados num Grande Torneio de Problemística Policiária - 2024 - Blogue RO!


📚 Torneio Cultores 🎓

do Policiário 🔍

 

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/2024/09/problema-policiario-n-9-autor-inspector.html

⌛ 📖 🔦 🧐  reporter.de.ocasiao@gmail.com 🖋📱

🧐 🚥 🏁 ...LEMBRAMOS que o Autor do Problema Policiário n.º 9, do "Torneio Cultores do Policiário" oferece QUATRO VALIOSOS LIVROS para os Concorrentes NOVOS/INICIADOS da Problemística Policiária que remetam a sua "Proposta de Solução" até às 24 horas de hoje... se bem que o prazo só expire amanhã, 30 de Setembro, à mesma hora!

...QUE ninguém desanime e perca o entusiasmo perante mais este Desafio... depois só faltará... mais um! Cá esperamos as vossas "respostas"!

O Gráfico RO

Repórter de Ocasião

 

👏👏👏  MAIS... 5 DIAS DE FESTA CONSECUTIVOS!

 


 

...De 30 de Setembro a 4 de Outubro!!


...Dia 30... 20.ª EDIÇÃO "PPPP" !

...Dia 30... último dia do prazo!

(Prova n.º 9 - Policiário!)

...Dia 1 de OUTUBRO... Prova n.º10
(Última... do TCP)

 ...Dia 2 de OUTUBRO... Solução da Prova n.º 9

...Entre os dias 2, 3 e Madrugada de 4 de OUTUBRO... comentários, pontuações e classificações do Desafio n.º 9!!
...PARTICIPE!

...SEJA DETECTIVE!!

O Gráfico RO

 

  

👏👏👏  MAIS... 5 DIAS DE FESTA CONSECUTIVOS!