terça-feira, 20 de maio de 2025

*LEMBRANDO O ÍCONE E MESTRE "SETE DE ESPADAS" 🂧 📜 "UMA CARTA FALA POR..."🖋 INSPETOR BOAVIDA 💌Reunião de Policiaristas - S. Pedro de Sintra - 25 Maio!

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 Uma Carta Fala por...

Inspetor Boavida


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terça-feira, maio 20, 2025

O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de maio de 2025

SINTRA RECEBE DIA 25 DE MAIO

UM GRANDE CONVÍVIO POLICIÁRIO

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Faltam apenas cinco dias para a realização de mais um Convívio Policiário no conhecido restaurante Sabores de Sintra, do músico e cantor de intervenção Fernando Pereira (não confundir com o cantor/imitador, a voz de todas as vozes…), que há muito passou a ser o local preferido da Tertúlia Policiária da Liberdade (TPL) para as suas jornadas de confraternização e de “trabalho”, que começaram nos últimos anos por ter por palco a vizinha Taverna dos Trovadores, do mesmo proprietário, que recentemente fez nascer nas imediações mais um local de gula que se aconselha vivamente (Canto dos Trovadores, uma “pizzaria à maneira” – dizem os apreciadores de pizzas).


A caminho de Sintra (rua 1º de dezembro, 16/18) estarão com certeza alguns dos muitos confrades que participam neste momento num torneio que pretende homenagear um dos maiores cultores e divulgadores dos desportos mentais, nomeadamente do Policiário. Os nossos leitores que só agora, ou muito recentemente, tomaram contacto com esta modalidade desconhecerão provavelmente a sua notável importância na divulgação e consolidação deste nosso passatempo, amplamente reconhecido como um veículo importante no estímulo da leitura e sua interpretação, no desenvolvimento do sentido de análise, do poder de síntese e do espírito observador. Estamos a falar de… Sete de Espadas: um cidadão nascido na Chamusca, distrito de Santarém, em 1 de fevereiro de 1921, que também se assinava como Tharuga Lattas (apelidos de família), que iniciou a sua atividade policiária, em 12 de janeiro de 1947, como orientador de um espaço no Jornal de Sintra, com o título “Mistério e Aventura”, que ele definia em subtítulo como “secção policial”.

A última vez que estivemos com o Sete de Espadas foi há cerca de treze anos, no Fórum da Maia, num convívio organizado pela Tertúlia Policiária do Norte, onde ele foi homenageado com a Lupa de Honra, troféu com que aquela associação informal se propunha prestigiar anualmente um ilustre membro da família policiária nacional. Comovido, Sete de Espadas agradeceu a simpatia do reconhecimento e começou a desfiar as suas memórias, que nos levaram até aos seus nove anos de idade, altura em que entrou na escola. Ficámos então a saber que concluiu o ensino primário em apenas dois anos e que quando entrou para o Liceu descobriu num livro policial o nome que adotaria como pseudónimo até ao fim dos seus dias: Sete de Espadas! E foi com esse nome que andou pelos mais variados jornais, revistas e livros, a promover o policiarismo, a literatura policial, o charadismo e as palavras cruzadas, ao longo de quase seis intensas décadas.

Durante todo esse tempo, cultivou amizades inabaláveis, formou e fidelizou leitores nas publicações onde colaborou, conquistou milhares de praticantes para o policiarismo, promoveu o gosto pela escrita e pela leitura junto dos jovens de diferentes gerações, estimulou contistas e romancistas, divulgou os melhores autores e ensaístas do género policial, acompanhou a par-e-passo a carreira de decifradores e produtores de enigmas policiais… ajudou a formar Homens! Nomes grandes da cultura, das artes, das letras, do desporto, da medicina, das forças armadas e… até da política. Alguns chegaram a ministro. Mas Sete de Espadas nunca os “denunciou”. Se eles usavam pseudónimo, era esse o nome que contava – disse ele. Mas, talvez sem querer, deixou escapar a identidade de alguns policiaristas com posição de relevo na sociedade portuguesa, como Matos Maia (ilustre e influente homem da rádio), Luís Filipe Costa (radialista, jornalista e realizador de cinema), Firmino Miguel (general do Exército e ministro da Defesa dos I e II Governos Provisórios e do I Governo Constitucional de pós-Revolução de 25 Abril de 1974.

Boa parte dos mais destacados praticantes do policiário iniciaram-se nas secções orientadas por Sete de Espadas e todos eles respeitam e honram o seu nome, considerando-o como o maior divulgador de sempre do desporto mental no nosso país. Mas não se pense, porém, que foi fácil o seu trabalho. Houve alturas em que desanimou. Cansou-se da modalidade, afastou-se por algum tempo e esteve dezassete anos sem ler nada… de policial. Mas não resistiu aos apelos dos amigos e ao “bichinho” do policiarismo, voltando com um novo fôlego e ainda com mais vontade de ensinar… e de aprender com cada um de nós, sobretudo com os mais novos (sempre os mais novos – o seu universo preferido). E já que falamos nos mais novos, não podemos deixar de recordar os grandes convívios por ele organizados, onde era digno de ser visto o grande número de pais que chegavam junto do Sete de Espadas e lhe confiavam os seus filhos, como se confia a um avô…

São já poucos os policiaristas em atividade que acompanharam o Sete de Espadas nas grandes aventuras promovidas pelo Clube de Literatura Policial de boa memória ou nas secções por ele orientadas no jornal Camarada e no Cavaleiro Andante e em tantas outras secções insertas nas mais diversas publicações, durante os anos 1940/1960. Mas a esmagadora maioria dos atuais praticantes desta modalidade viveram, e jamais esquecerão, aquele que foi o marco decisivo na história do policiário no nosso país. Decorria então o ano de 1975, quando, no dia 13 de março, apareceu nas bancas, em todas as papelarias, quiosques e outros pontos de venda de jornais e revistas, mais uma edição do Mundo de Aventuras – uma revista de histórias aos quadradinhos –, que continha nas suas últimas páginas uma secção denominada “Mistério… Policiário”, assinada por Sete de Espadas. E foi a partir deste preciso momento que se gerou um novo impulso no crescimento desta nossa modalidade, envolvendo toda uma geração de jovens, alguns muito jovens, com menos de 12 anos, que geraram um movimento que nos trouxe até aos dias de hoje.

A partir daquele momento, a literatura policial conheceu uma grande e inusitada procura, traduzida na corrida desenfreada da malta mais nova às livrarias e alfarrabistas em busca dos grandes clássicos do género, o que acabaria por originar o surgimento de novos escritores nos escaparates. Ao mesmo tempo, os convívios policiários passaram a ter um número considerável de participantes, com a malta nova “nascida” da revista Mundo de Aventuras em franca confraternização com os “dinossauros” do policiarismo, tratando-se por pseudónimos escolhidos pelos próprios, com inspiração nas personagens da banda desenhada e da literatura policial ou construídos a partir dos nomes de batismo, nomes que muitas vezes ficavam desconhecidos entre todos. E no centro disto tudo estava um homem simpático de barbas brancas e cabelo ralo, com um sorriso permanente nos lábios: o Sete de Espadas. Ele partiu no dia 10 de dezembro de 2008, deixando uma eterna saudade nos que com ele cresceram… e tentam agora continuar a sua obra.

E alguns desses seguidores de Sete de Espadas, que estão agora envolvidos no Torneio do Centenário de "Mistério... Policiário" (1975-2025), vão estar em Sintra no dia 25 de maio!!!

 

SETE DE ESPADAS

1 comentário:

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