🧐POLICIÁRIO!🕵🂧️♤
📖 HOMENAGEM 📖
Problema Policiário N.º 8
Um Original de: Faria (Évora)
in Blogue A Página dos Enigmas
https://apaginadosenigmas.blogspot.com/
apaginadosenigmas@gmail.com
Solução do Autor:
O assassino é o A. Pastor. (2 pontos)
Vejamos o que iliba os restantes suspeitos.
LUCÍLIA
Esteve a ver televisão até às 23H e depois recolheu ao quarto, deitando-se a ler O ESTRANGULADOR DE BOSTON. Cerca das 23H30 fechou a luz e adormeceu profundamente.
Nada de anormal nisto e, o facto de o livro ter aquele título, ESTRANGULADOR, ou seja, o modo como a vítima foi morta, não serve para que a incriminemos, é pura coincidência.
Também nada a obrigava a ouvir alguma coisa, pois estava recolhida no quarto. Logo, ilibada.
CARNEIRO
Esteve a ver televisão e recolheu ao quarto pelas 22H30, tendo adormecido por volta das 23H15, segundo ele, porque tinha de levantar-se cedo para preparar o estojo de pesca, visto logo de manhã ir para a pesca.
Até aqui, não há nada que o incrimine.
O facto de ele dormir no quarto do lado esquerdo, frente ao da vítima, não serve para o incriminar, pois estando a dormir, não era obrigado a ouvir seja o que fosse.
A. PASTOR
Este sim o culpado, como a seguir veremos:
Diz que foi de carro ao cinema, que terminou às 23H30.
Veio logo para casa onde chegou à MEIA-NOITE exacta.
Demorou, pois 30 minutos a fazer esse percurso.
Ora aqui está o pormenor que o incrimina, pois como o inspector que mora junto do cinema demorou (de carro) apenas 10 minutos, isto diz-nos que ele demorou mais 20 minutos que o inspector, o que não se justifica, e
nos diz que não foi ao cinema, o que o incrimina.
É um pormenor da sua culpabilidade. (2 pontos)
A janela da sala da vítima estava localizada ao fundo da mesma, em frente da porta de entrada e estava escancarada, estando a secretária no meio da sala.
Junto da janela, o inspector pôde observar a figura que a vítima apresentava, olhos arregalados o que aliado ao vento que entrava pela janela, lhe batia em cheio na cara, pondo-lhe os cabelos em alvoroço.
Isto diz-nos que a janela escancarada estava de frente para a vítima, logo a vítima estava de costas para a porta de entrada.
Logo, quando o A. Pastor diz que mal abriu a porta da sala, deparou com a cabeça da vítima caída sobre o tampo da secretária, a cara com os olhos arregalados, está a mentir pois da entrada da porta só podia ver a parte detrás da mesma sentada à secretária, uma vez, como atrás disse a secretária estar virada para a janela.
É outro pormenor da sua culpabilidade. (1 ponto)
Alem do mais estando a noite muito ventosa não era viável que a vítima, sentada de frente para a janela, a tivesse aberta, logo isto diz-nos que a mesma foi deixada assim pelo assassino para fazer crer que o mesmo teria entrado por ela e afastar suspeitas dele e demais membros da casa.
É, pois outro pormenor que o incrimina. (1 ponto)
Alem do mais, a vítima se visse alguém a entrar pela janela procuraria defender-se o que não aconteceu.
Logo, não poderia ser por aí que o assassino teria entrado.
O assassino só podia ser de dentro, logo em face o que atrás foi dito é mais uma prova da culpabilidade do A. Pastor. (factor de valorização)
O facto de, entre os muitos quadros que estavam na sala, estar apenas UM ligeiramente afastado, deixando à vista um cofre aberto, não só nos diz que o móbil do crime terá sido o roubo, mas também que o assassino é de dentro da casa (sabia a localização do mesmo) o que não seria possível se o assassino viesse de fora, o que nos diz confirma melhor a sua culpabilidade. (1 ponto)
Além disso, o A. Pastor, segundo disse, passava muito tempo sozinho com o tio (vítima), muitas vezes até quase de madrugada, logo tinha toda a disponibilidade para efectuar o crime à vontade.
É, pois, outro pormenor da sua culpabilidade. (factor de valorização)
Presença do concorrente: (3 pontos)
E, é tudo.
Faria (Évora)
Notas e Comentários:
Este problema número 8 é objetivo, não permitindo grandes interpretações dos factos.
Saliente-se que as maiores falhas dos policiaristas estão no facto de explicarem a janela aberta, e também de explicarem que se tratava de um trabalho interior, por causa de o assassino saber qual o painel que ocultava o cofre. Na primeira situação, considerei correto que a janela que estava aberta servia para simular um roubo feito do exterior e que esta fora aberta pelo assassino.
Mesmo assim ainda houve muitas falhas, pois nem todos focaram a existência dos 4 elementos: a) diferença no tempo de viagem do inspetor e de A. Pastor; b) impossibilidade de visualizar os olhos da vítima a partir da porta; c) trabalho feito por alguém de dentro da casa, que tinha conhecimento de onde estava o cofre; d) explicação da janela aberta.
Foram poucos, os concorrentes que erraram a indicação do assassino, mesmo assim ainda foram oito aqueles que indicaram um criminoso errado.
Quanto à classificação de As Melhores, foram considerados, prioritariamente, os aspectos indicados pelo autor do problema, Faria, e para desempate outros pormenores que não foram focados pelo autor.
Isto é assim, ás vezes pensa-se que há pormenores muito evidentes, e vai-se buscar outras que não são para contar...
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