🧐🕵️ 2.º Torneio de Entretenimento de Problemística Policiária 🔍
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🧐🕵️ 1.ª Classificada 🏆🎓🔍
As palavras da brilhante Vencedora do...
“2.º Torneio de Entretenimento de Problemística Policiária”
O |
RA, aqui vai o que penso neste momento… amanhã já não sei…
O Policiarismo em geral e os torneios em particular põem a cabeça a trabalhar, aguçam a curiosidade, desenvolvem a imaginação e obrigam à pesquisa e à descoberta. Logo, só coisas boas. O 2.º Torneio de Entretenimento de Problemística Policiária não escapou a esta regra. E mais, destaco três aspectos pela novidade: o grau de dificuldade dos problemas (mais acessível), importante para “capturar” pessoas para esta actividade; a explicação dos critérios de classificação e atribuição dos pontos, que dá aos solucionistas elementos para melhorar as suas respostas futuras; e a partilha no blogue de pedaços de soluções dos participantes que é, não só interessante, como dá lugar a um ambiente descontraído de grupo.
Qualquer prova de decifração lança dois desafios: um é a explicação do caso em si, o outro é a forma como “embrulhamos” a solução, o que se torna até mais aliciante nas provas menos complicadas.
Por fim, penso que não será fácil orientar um torneio e gerir tudo o que lhe está associado. Sem dúvida que O Gráfico está de parabéns com a tarefa que levou a cabo, mas (arrisco escrever…) tenho a certeza que se divertiu a ler algumas das soluções, tanto como os solucionistas se divertiram a descobrir e escrever a resposta aos problemas deste Torneio.
Venha o próximo!
Detective Jeremias – Santarém
Por: Detective Jeremias (Santarém)
O INSPECTOR RODRIGUINHO INVESTIGA
Conforme pedido, apresento a minha solução “como tudo teria acontecido… o nome do culpado e o(s) pormenor(es) que o incriminam”. Esta é a última prova do torneio e espero escrever uma resposta sucinta e que destaque os pontos fundamentais, mas sem esquecer qualquer aspecto. Não é uma tarefa simples. É mais fácil dissertar e expor um assunto em várias páginas, sem limite de espaço e tempo, do que sintetizar e reduzir ao essencial uma resposta.
Para quem estiver mais curioso, e quiser saber com precisão dados sobre a vida e o relacionamento dos intervenientes de “O Inspector Rodriguinho Investiga uma Morte Colorida”, nada como ler o Problema Policiário disponível no Blogue Repórter de Ocasião, porque aqui vou escrever apenas sobre o meu ponto de vista e o caminho seguido para chegar a uma conclusão.
Desculpem, mas uma solução minimalista assim o exige.
UM
Alguns elementos que importa ter presentes na decifração deste crime:
• a morte é violenta — um tiro no peito;
• desconhece-se a altura exacta do crime e da morte;
• o crime ocorre “após um dia de “Sueca”, televisão, comida e bebida e eventuais discussões”;
• qualquer um pode ter cometido o crime, porque apesar da idade estão “excelente forma física”
DOIS
O ponto de partida para deslindar este caso é a análise e a decifração das pistas deixadas (com grande esforço) pela vítima: as folhas trepadeira e a deslocação para a piscina, que indicam o assassino.
A associação entre as folhas de trepadeira, certamente de cor verde, e o Sporting está à vista. Também as cores utilizadas na pintura da piscina, amarelo e azul-celeste, são cores primárias, que quando misturadas originam uma cor secundária, o verde. Mais uma vez Sporting.
Considerando a longa actividade profissional da vítima e a sua mestria na combinação e criação de cores, faz todo o sentido que tivesse optado pelas folhas e por deslocar-se e mergulhar na piscina a fim de indicar o assassino.
Assim, tudo indica que Rolando deixou pistas que apontam para Joaquim, o companheiro sportinguista.
TRÊS
Cinco aspectos que reforçam a culpabilidade de Joaquim:
1. é um homem sisudo, com um feitio complicado;
2. tem um sentimento forte pelo seu clube e leva a peito qualquer provocação;
3. tem mau perder, o que parece acontecer com frequência… na sueca e no futebol;
4. exalta-se com facilidade;
(Esta maneira de ser e de agir de Joaquim, põe-no também no primeiro lugar do pódio dos culpados, se tivermos presente a forma como se deu o crime — alguém que, depois do convívio, voltou profundamente zangado e disparou sobre o anfitrião).
5. foi polícia com carreira na PSP.
(É um aspecto relevante, por vários motivos — faculta a posse da arma de fogo e eventual uso de silenciador e ainda a capacidade e confiança para a sua utilização no crime (um tiro certeiro). Joaquim tem também conhecimentos para deixar o local do crime “limpo”, sem a arma e o invólucro.
QUATRO
Apesar de tudo parecer apontar para Joaquim, é indispensável verificar se algum dos outros suspeitos poderia ter cometido o crime. Ora, quer Patrício, quer Zacarias são pessoas descritas como tranquilas e bem-dispostas, com gosto pelo convívio e descontraídas relativamente à competição. A “pista da piscina” poderia incriminar Patrício, por causa da sua actividade como professor de natação. No entanto, fica por explicar a “pista das folhas de trepadeira” relativamente a Patrício. Qualquer pesquisa sobre uma ligação entre “folhas de trepadeira” e natação, colectividades, Cova da Piedade, clube, ou o nome Patrício, revelou-se infrutífera. Além disso, e não menos importante, Patrício não bebe álcool e a discussão que conduziu ao crime parece ter sido potenciada pelo excesso de bebida. A morte ocorre na sequência de um conflito, o que na minha opinião aponta para um único culpado.
CINCO
como tudo teria acontecido, uma possibilidade…
O dia correu bem para todos, menos para Joaquim. Ele e Zacarias levaram uma abada na sueca. O jogo entre o seu Sporting e o outro clube (que ele se recusava a sequer nomear) não poderia ter um resultado pior, para gáudio dos amigos e exasperação de Joaquim. Estalou a discussão e aumentou a raiva do polícia reformado. Depois da despedida, com a razão toldada pelo álcool e pela zanga, pegou na arma e voltou à casa de Rolando e disparou sem pensar duas vezes.
Um fim negro numa morte colorida.
muito bem escrito e muito bem argumentado🕶🥇🏆🕵️♂️👏
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