quinta-feira, 23 de maio de 2024

📑🔍 Policiário pelo Blogue "A Página dos Enigmas" 🧐

 Os nomes usados pelos Policiaristas



Já se apresentou a razão do uso do termo policiário, em relação a policial, e foi feita, posteriormente, uma breve alusão à publicação de diferentes secções ao longo dos anos em diferentes meios da comunicação social.

Hoje irá falar-se um pouco do modo como os policiaristas se identificam.

A maior parte das vezes não são designados pelo seu verdadeiro nome, mas usam pseudónimos. É assim que, ao longo dos tempos, foram surgindo pseudónimos de participantes nas várias secções, como Sete de Espadas, Mister Ioso, Dr. Aranha; Jartur; Lumago Ampe, Detective Invisível; Juve, Marvel, Inspetor Varatojo, Lia Sol, Milena, Mali, O Gráfico, Lanterna Vermelha, Mabuse, Búfalos Associados, Detetive Jeremias, Daniel Falcão, Elmano, Inspetor Aranha, Bernie Leceiro, e muitos outros.

Há policiaristas que recorreram a personagens literárias, cinematográficas, históricas e da banda desenhada: Rip Kirby, Perry Mason, Philip Marlowe, Lucky Skywalker, Batman, Johnny Hazard, Buck Danny, Columbo, Superman, Aramis, Vasco da Gama II, Taka Takata, Ric Hochet II, Sherlock Holmes, Serpico,  etc.

Alguns optaram pelo uso de nomes curtos ou abreviaturas dos seus nomes, como o autor destas linhas, Zé, L.S., Gil, Carlos, L.P ou Constantino.

Houve outros que usaram as sílabas das várias palavras que compõem seu nome real ou anagramas de uma dessas palavras: Ubro Hmet, Jomasacuma, Jomara, Arnes, Uajara ou Oluap Egroj.

Há policiaristas que ao longo dos anos e dependendo dos contextos em que estavam, usaram diferentes pseudónimos, dos quais se citam aqui alguns que são públicos: Sete de Espadas (D. Misterioso, Tharuga Lattas) Inspector Aranha (Zé dos Anzóis); O Gráfico (Gutenberg; O Repórter Sou Eu, etc); L.P (Inspector Fidalgo, Lumago Ampe, Compadre Al, etc); Constantino (Mário Campino, Visconde de Valamor, Zé da Vila); Daniel Falcão (Jomasacuma, Zé-Manel, O Falcão, Mac Jr.); Antígona (Inspector Wasco, Wasco); L.S. (Hal Foster), etc.

Houve ainda casos, mas mais raros, que não usaram nome curto, nem pseudónimo, mas surgiram sempre com o seu nome inteiro, ou quase completo: Acácio José Tavares e Silva, Júlio Dinis Faria dos Santos, Manuel Martins Gonçalves, Eugénio do Nascimento Martins Silva, Carlos Alberto Morais ou Fernando Taveira Vieira.

Escolher um pseudónimo é uma arte e há alguns que foram excelentes escolhas. Quero realçar um pseudónimo que considero ter sido bem conseguido. Surgiu no início da década de 80 do século passado e pertencia a um policiarista de Vila Nova de Cerveira: Zé Jaquim de Vila Chã, que tinha potencialidade para poder ser usado em múltiplos contextos.

Estes, que acima foram nomeados, são alguns dos nomes, que desde há cerca de 80 anos, foram sendo identificados como concorrentes policiaristas, mas o seu numero é muito mais elevado. Quando a secção Policiário do Jornal Público terminou, em 2018, registava, como ativos, mais de 2000  participantes, número equivalente aos policiaristas que passaram pela secção Mistério Policiário entre a segunda metade da década de 70 e a primeira de 80 do século passado.

Desde que o policiarismo teve início em Portugal, há quase 100 anos, uns milhares de concorrentes foram adotando outros nomes. O policiarismo português está marcado pelos pseudónimos.


 

In “A Página dos Enigmas! – quinta-feira, 25 de Abril de 2024

Etiqueta: POLICIARISMO (História do Policiário)

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1 comentário:

  1. 🕵️‍♀️🕵️‍♂️🕵️‍♀️Até acho que ainda haverá mais..

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