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🧐 POLICIÁRIO 🕵🂧
POLICIÁRIO – Problemística Policiária – Orientadores de Secções
Policiaristas – Decifradores – Melhores Soluções –
Originalidade
Reflexão – por O Gráfico
STAMOS a dois passos de se comemorar os 100 anos do nascimento da problemística
policiária que acontecerá, precisamente, em 2027, porque foi em 1927,
documentam os primórdios que apareceu, pela primeira vez, no jornal “O Primeiro
de Janeiro” uma espécie de desafio ao leitor, intelectual, designado como
“Mataram o Jacob”, da autoria do “Repórter X”, de seu nome verdadeiro Reinaldo
Ferreira, em 29 de Janeiro. Este texto apelidado de “Conto Misterioso” seria um
exemplo de como se iriam apresentar aos possíveis decifradores e concorrentes
os famigerados “50 Contos Misteriosos”, todos escritos pela imaginação de
Reinaldo Ferreira – “Repórter X” cuja publicação se iniciou três dias depois a
1 de Fevereiro de 1927, de forma sequencial, como já se referenciou no jornal
«O Primeiro de Janeiro», do Porto, e desta maneira se marcou o surgimento da
problemística policiária em Portugal, com uma enorme diversidade de prémios
para os solucionistas.
PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA
Muitos já escreveram sobre a génese do vocábulo “policiário” e todos
estaremos de acordo que foi Fernando Pessoa o criador do neologismo para o
diferenciar do verdadeiro “policial” interpretando-se e associando-se este termo
às actividades reais da polícia ou ao estritamente dito livro de romances
policiais ficando a palavra “policiário” para o tal entretenimento, lúdico, de
escrita, produção e de leitura, decifração.
Todavia, poucos se debruçaram, nas minhas modestas investigações e parcos
conhecimentos sobre este “assunto”, sobre o porquê de se utilizar a palavra
“problemística” na resolução dos afamados “problemas policiários”! É que este
vocábulo também não existe e jamais foi assumido por qualquer léxico nacional,
o termo correcto seria “problemática”, “Conjunto dos problemas relacionados
com o mesmo assunto ou com a mesma acção”, conforme se pode verificar no “Dicionário Priberam da Língua Portuguesa”, como exemplo. Então sou forçado a concluir que um dia… alguém empregou
“problemística” – para o sentido e efeito lúdico – para a diferenciar de
“problemática” – casos reais.
Não deixa de ser curioso que o POLICIÁRIO enraizou-se somente para
predestinados… pois quando se tenta divulgar e/ou dinamizar a temática a novas
gentes… a primeira pergunta que nos fazem, mostrando-se surpreendidos, é: “Problemística
Policiária… o que é isso!?”
ORIENTADORES DE SECÇÕES
Além dos produtores (aqueles que escrevem os problemas policiários) e os
decifradores (os que os solucionam ou tentam desvendá-los com as suas propostas
de solução) são essenciais os orientadores das secções que coordenam toda a
essência do entretenimento. Sem produtores não podia existir a problemística
policiária e sem decifradores o vazio da dinamização, da intenção, seria
catastrófico, apagar-se-ia o exercício deste igualmente designado como desporto
mental, o raciocinar das eternas “células cinzentas”, mas também é verdade que
sem os orientadores das secções, outrora apadrinhadas por jornais e revistas,
presentemente nas redes sociais, também o policiário jamais se proliferava.
POLICIARISTAS
Entendeu-se com alguma lógica atribuir o epíteto de “policiarista” ao
praticante, ao fã, que gostasse de decifrar problemas policiários, numa
primeira fase e depois se iniciasse na produção dos próprios desafios ou
enigmas policiários. Não me recordo de nenhum caso em que um ser humano
começasse, primeiramente, por produzir e posteriormente se tenha tornado
decifrador porquanto as actividades policiárias necessitam de uma certa
aprendizagem, primeiro… ver como é… depois começar a decifrar e finalmente
produzir.
Em 1975, no “renascer”, mais uma vez, do policiário – que se manteve, desde
sempre, resiliente e… resistente! – e logo a seguir em 1976, “Sete de Espadas”,
na secção “Mistério… Policiário”, revista “Mundo de Aventuras”, primeiro e
“Inspector Aranha”, na secção “Enigma Policiário”, revista “Passatempo” depois,
organizaram torneios, desafios de problemística policiária, onde escalonaram os
concorrentes/decifradores nas categorias de “iniciados” (aqueles que pela
primeira vez respondiam a problemas policiários), “veteranos”, os mais antigos
(os policiaristas que já tinham participado no policiário antes do interregno…
até 1975) e… depois, os “novos” (os concorrentes que iam adquirindo alguma
experiência nas chamadas lides policiárias).
Em 2025, quando se escrevem estas linhas, ainda estão activos no policiário
alguns policiaristas dos “renascidos” em 1975/1976… pelo que será legítimo
designá-los como “veteraníssimos” porque os “iniciados” em 1975/1976, passados
50 anos… já serão “veteranos”!
Um verdadeiro policiarista será aquele que descobriu pelo seu interesse e
vontade própria a problemística policiária, independentemente da sua idade e
consequentemente se valorizou em decifração e/ou produção, ou não, mas
manteve-se sempre presente, mesmo ausente, com admiração e paixão pela arte do
POLICIÁRIO! Parece um paradoxo, mas é a realidade, como dizia o nosso saudoso
“SETE DE ESPADAS”… "tal como o criminoso volta sempre ao local do
crime, um policiarista volta sempre ao Policiário, mais tarde ou mais
cedo".
DECIFRADORES – MELHORES SOLUÇÕES – ORIGINALIDADE
Nas “soluções” dos problemas policiários, neste século e muito justamente,
diga-se com honestidade, designadas como “propostas de solução” e mais
recentemente como “projectos de solução”, os concorrentes começaram a ser
diferenciados com “melhores” e “originais” para efeitos de escalonamento
classificativo. “Sete de Espadas” começou por distinguir os relatórios mais bem
elaborados com “menção honrosa”, as célebres “M. H.” que premiavam os mais
audazes decifradores! Ao longo dos anos atribuíram-se, outrossim, outras
designações, como: “Mais Engraçadas”, “Criatividade”, “Combatividade”, entre
outras, para evidenciar os que mais se distinguiam na decifração, mas numa
espécie de “estatuto”, além das pontuações obrigatórias, os atributos de
“melhores” e “originais” são os mais genuínos!
Outrora, só a imaginação do concorrente contava e prevalecia para estas
“soluções” “especiais” onde os relatórios mais bem-apresentados e
minuciosos se evidenciavam e as “originais” se mostravam através de materiais
palpáveis… hoje, com a Internet, o Google e agora a IA… já
não é bem assim… os concorrentes começaram pelos “desenhos” extraídos,
em segundos, na IA, utilizando-os para ilustrar os seus relatórios. E já
“evoluíram”, outrossim, com estas novas “ferramentas”… pois conseguem
transmitir à IA… os conteúdos de um problema policiário, por exemplo,
nomes dos personagens, lugares e tema pretendido e… recebem de volta… um conto,
uma história, onde encaixam a resolução do caso!
Cabe aos orientadores das secções, dos blogues, os classificadores dos
trabalhos apresentados pelos solucionistas, o discernimento adequado na
avaliação para a atribuição dos valores merecidos!
Felizmente que utilizando a IA… ainda não se conseguem decifrar
(totalmente e sem equívocos!)… os problemas policiários!
O Gráfico – 23 de Novembro de 2025