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Divirtam-se neste espaço onde não se ganha milhões de euros e ninguém fica rico! Este é um local de diversão e puro lazer onde a única riqueza se granjeia a fomentar e divulgar a amizade, a alegria e a liberdade de expressão — e lucrando-se, isso sim, montes de Companheirismo e Fraternidade! (RO)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

As Obras do Cassapo e... os Figos da Índia!...

Traseiras dos Balneários... antes da limpeza!...


OBRAS NO CASSAPO (08 de Agosto de 2011)


Interior de um dos Balneários, já com Telhado!
                  Lavandaria - Rouparia – Balneários -  Posto Médico – Campo de Jogos

Nova Lavandaria

               

            ESTOU MUITÍSSIMO GRATO às Obras do Cassapo pois se as mesmas não se tivessem iniciado ainda, hoje mesmo, eu não conhecia os Figos da Índia!... Fui à “Wikipédia” e verifiquei que a minha ignorância, afinal, é idêntica a uma grande maioria dos Portugueses que, nos dias quotidianos, também não conhecem o Figo da Índia. Este fruto, algo desconhecido entre nós, é muito rico em açúcar, apresentando salutares níveis de magnésio, potássio, cálcio, contendo Vitaminas C, A, B1 e B2. O Figo da Índia há séculos que cresce e se desenvolve no Alentejo e Algarve, na extremidade de Cactos Selvagens e sempre tem sido ignorado pela maioria dos Portugueses. Eu passei a minha infância no Algarve e nunca ouvi falar de tais frutos! Dizem-me, agora, os mais antigos que estes Cactos, no antigamente, serviam para separar Propriedades, em forma de cercadura, tipo arame farpado (estão a perceber?) e que os Figos da Índia eram muito apreciados por cabras e ovelhas! Já ficarei igualmente muito contente, se os meus habituais Leitores colherem, outrossim, semelhantes ensinamentos, após a leitura destes meus escritos. A nível medicinal posso confirmar que esta Planta, produtora do Figo da Índia, já está a ser utilizada no tratamento de doenças urinárias e das vias respiratórias. Só não consegui descortinar sobre o porquê do seu nome de Índia, num fruto que nasce no Algarve e Alentejo. Deixo esta investigação para o Leitor interessado.

Os Cactos e os Figos da Índia
            OITO DIAS DEPOIS, do início das Obras, recebi mais um telefonema do Presidente a convidar-me para aparecer no Campo do Cassapo. Para ver as obras. Regressado de umas mini-férias lá me dirigi, embora desconfiado pelo facto dele me informar para levar como indumentária... roupa velha! Pois bem... desta vez era para trabalhar, para ajudar a fazer uma limpeza na tralha que estava colocada atrás dos balneários! Tudo bem. Tive como Companheiros, as duas “Formiguinhas” habituais e o novato Presidente da Mesa da Assembleia Geral do CCFC, digníssimo Paulo Dias. O José Manuel disse-me que telefonara a muita gente, para ajudar... mas, nesta época, o Pessoal está todo de férias! Compreende-se. Todavia, as obras tinham que avançar, neste momento, foi o mais conveniente e adequado! No entanto quem serve para Jantar e Almoçar igualmente corresponderá no trabalho. E foi o que aconteceu. Nós, os Quatro, demos uma enorme vassourada em todos aqueles destroços que por ali abundavam... Portas velhas que serviram para alcunhar o nosso Presidente da Mesa da Assembleia de Paulo Portas(!?); Arames; Tubos; Tábuas, Vidros, etc... etc... foi tudo retirado e limpo! Já me posso orgulhar de também ter dado uma ajudinha.

António Espinha e Paulo Dias
            ZÉ DUARTE, o Roupeiro do Cassapo –que continua a negar ser ele o humorista “Zé do Pelado”! –mais tarde, quase à noitinha, apareceu na sua motorizada e repôs metade da tralha no respectivo lugar, qual Ferro-Velho empreendedor, afirmando que alguns dos variados resíduos eram de sua pertença! As trabalhadoras “Formiguinhas” deram-lhe 24 horas para retirar tudo do Cassapo! Porque, desta vez, a Limpeza é a valer!... Entre duas “Imperiais” ainda eram 22 horas e 30 minutos quando eu e as “Formiguinhas” (José Manuel Santos e António Espinha) estávamos a carregar tijolos na residência de um fornecedor e a transportá-los, depois, para o Cassapo. 


            A REMODELAÇÃO das antigas Instalações dos Balneários está a ficar esplêndida! A nova Lavandaria e Rouparia vão ficar um mimo. Posto Médico, excelente! Brevemente vão-se iniciar as canalizações... atenção, Directores do Clube... Sócios e Amigos... que o telefone vai tocar! Será preciso Pessoal, para ajudar! Mais tarde recrutar-se-á outra equipa para as pinturas necessárias... aqui, talvez o Senhor Marcos, com tempo..., consiga angariar uns quantos Voluntários!... O Campo Pelado está quase pronto, para os Treinos. Restará aguentar com a perícia dos Cilindros do Caterpílar e do Buldózer que têm andado pelas Terras da Charneca.

            PELAS 23 HORAS e 30 minutos, mais ou menos segundo, calhou-me, a mim, desta  vez, levar o AE, de boleia, no meu Clio, a sua casa!... Fi-lo com o maior prazer. Só não estava à espera de ser tão bem recebido, de uma forma Principesca, na sua bonita residência. Entre o beber de um bom Vinho, comer um guloso Presunto e uns extraordinários Queijos, engolir uns deliciosos Bolos, e levar, ainda, para casa, uns maduros Tomates, Feijão Verde Especial, apetitosas Ameixas e toda uma quantidade de Ervas Aromáticas, (que nem fixei os nomes), para temperos na confecção de comidas, além de um perfeito e muito agradável Bolo de Azeite (também não registei o seu nome!) o que mais me impressionou foi confrontar-me, pela primeira vez, com os tais enigmáticos Figos da Índia! Tão feios e espinhosos mas com um sabor interessante e aprazível! Mesmo surpreendido com as grainhas de chumbo, quanto a mim, o ponto irritante desta exótica e lendária fruta, não dei parte de fraco e, com a ajuda do António Espinha, lá derrotei um famigerado Figo da Índia, perante o olhar atento, vitorioso e sorridente da Dona Gina que, com toda a ternura cultiva, na sua residência, estes Figos desconhecidos sendo ela própria uma devoradora insaciável de tão cativantes Frutos!!

            CHEGUEI A CASA, por volta das 2 horas da madrugada! Arrumei os mantimentos, tomei um duche e fui-me deitar. Já hoje, dia 9 de Agosto, os Figos da Índia arranjaram mais um admirador: O meu filho mais velho, o Telmo, perguntou-me o que era “aquilo” que estava numa embalagem de “Tupperware”! Disse-lhe que eram frutos e aconselhei-o a provar. Gostou... exceptuando as grainhas... de chumbo, claro!

 Crónica, de: Repórter de Ocasião                    
         (09 de Agosto de 2011)

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