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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

🔍1.º Torneio de Problemística Policiária do Blogue RO »»» Primeiros passos dedutivos! ««« 🔎 👣 Dedicado ao “Inspector FIDALGO” 🧐Prova n.º 3 = Os Melhores!🖊👏

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 🔎 "Desafio ao Leitor!"

🔍🔦Torneio de Problemística Policiária - Seja Detective!🔍

 

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5.ª Melhor Solução

 

🔍1.º Torneio de Problemística Policiária do Blogue RO🔎

👣 »»» Primeiros passos dedutivos! «««

Dedicado ao “Inspector FIDALGO” 🧐

 

 

PROVA N.º 03

 

PROBLEMA POLICIÁRIO

O ASSALTO AO PATRIMÓNIO DE TERESA SILVA

Um Original de: O Gráfico

(INÉDITO)

 

 

Nuno Ki (08 Pontos) – L

Boa tarde, segue a minha solução ao problema n.º 3 amigo Luís, RO. Grande Abraço, votos de um bom domingo.

 

1.º Torneio - Problemística

Policiária do Blogue RO!

Problema/Desafio N.º 03

 


DETECTIVE EXCALIBUR

(Foto 01)

 

Saudações policiárias.

 

Numa bela tarde de verão estavam os velhos amigos e companheiros de profissão de uma vida, Inspetor Rodriguinho e Inspetor Fidalgo, em amena cavaqueira depois de resolverem mais um caso policial e eis do que se lembrara o Inspetor Rodriguinho:

 

– Oh, Fidalgo, tive uma ideia...

– Ui, não me digas que queres ir picar o nosso grande amigo Detetive Excalibur para tentar resolver este caso da casa na praia?

– Ah, ah, ah, bolas, até parece que me conheces de há uma vida rapaz, é que é isso mesmo.

– Oh, pá, o homem está de férias, deixa-o lá estar a descansar que bem merece.

– Oh, e tu achas que ele não vem logo a correr se eu lhe disser que temos em mão um caso complicado? Vou ligar-lhe agora mesmo.

 

Conversa entre o Insp. Rodriguinho e o Detetive Excalibur:

 

– Estou sim? É o meu velho amigo Detetive Excalibur?

– Eh pá, nem de férias tu me deixas em paz rapaz, não me digas que me ligaste ao menos para me convidares para irmos beber uma cervejinha e que pagas tu? Melhor, vai o Fidalguinho também, ah, ah, ah...

– Olha que é isso mesmo amigo, mas primeiro vamos dar uma voltinha à praia, pode ser?

– Ui, à praia? Estou mesmo a ver... O que se passou na praia? Bom, vou já ter convosco.

 

Já na companhia dos seus amigos Inspetores, Excalibur percebeu logo, assim que chegaram perto de uma bela casinha de praia, que ali se tinha passado algo de estranho. Assim que viu vidros no chão, a primeira coisa que fez foi calçar umas luvas, desviar as fitas da polícia que limitavam a entrada na residência e deitar a mão à maçaneta da parte interior da porta e tentar abri-la, o que aconteceu. Olhou atentamente todos os pormenores especificamente naquele lugar, tentando encontrar vestígios de sangue, pingas de suor ou saliva no chão, pelos ou cabelos para identificação de ADN destas substâncias orgânicas, mas nada. Logo então sorriu e virando-se para os dois amigos disse:

 

– Eu a pensar que me tinham desafiado para um caso difícil. Afinal, se calhar foi por ser fácil demais? Será??? Havia certamente dentro desta residência algo valioso e que estava coberto por um seguro, certo?

– Certo.

 

Responderam os 2 Inspetores ao mesmo tempo. Depois de lhe contarem os depoimentos da proprietária da casa e do casal amigo da mesma e de todos os pormenores que tinham obtido, o Detetive Excalibur, apontou minuciosamente cada informação que via e que lhe era facultada no seu caderninho preto e depois de ter colocado mais vincadamente o último ponto nos seus apontamentos, o ponto final, concluiu:

 

– Meus caros, penso que estarão de acordo comigo ao afirmar que aqui não houve nenhum roubo ou assalto efetuado por desconhecidos, mas sim um roubo, ou melhor, um desvio, premeditado e mais ou menos bem engendrado pela D. Teresa Silva, a proprietária desta residência, às preciosidades que se encontravam no interior da sua residência.

– Ahhhh, a sério Detetive?  -

 

Interromperam os dois amigos Inspetores em tom de troça.

 

– Pois o que salta logo à primeira vista é o facto de haver vidros do coração vermelho (porta) apenas na parte de fora da casa, o que indica que os vidros da porta foram partidos do interior para o exterior e não ao contrário. Sendo assalto, com uma fechadura destas seria de facto difícil entrar na residência, partir os vidros seria a melhor opção e ao acontecer isso, os vidros partidos teriam de se encontrar no chão do interior da residência, uma vez que eram partidos do exterior. Por outro lado, como os meus amigos também sabem muito bem, os gatunos evitam ao máximo fazer barulho e a primeira coisa que fariam antes de partir isto tudo era tentar ver se a porta estava fechada só no trinco e se fossem verdadeiros artistas do crime até poderiam conseguir abrir a porta sem partir vidro nenhum, pois muitos são peritos a fazê-lo. Ou então, partir primeiro só um dos vidros ou uma pequena parte do vidro, a diamante, para deitarem a mão à maçaneta da fechadura para ver se esta estava só no trinco e não terem de partir tanto vidro que quase dava para passar aqui um elefante (um corte com diamante manual afiado de forma circular e com uma ventosa no vidro, basta depois uma ligeira pancada seca e salta um círculo de vidro perfeito e sem se fazer barulho nenhum).

Estando trancada à chave, uma fechadura destas, já era mais complicado abrir.

 

Sorriu.

Nota pessoal: “A porta principal e frontal, foi edificada em forma de um coração vermelho, totalmente envidraçado e por cima tinha uma janela, também composta por quatro vidros cintilantes!” Quer dizer que se a janela também tinha quatro vidros, então é porque a porta tinha quatro vidros também, :-) logo, bastaria partirem apenas 1 deles. Ou no caso de ser má interpretação do texto, mais de 1 vidro teria certamente.

 

– Por outro lado, a areia da praia como é fina mete-se em tudo o que é recanto da sola de um sapato, ténis, chinelo, ou seja, lá que calçado for. Ora, estando o chão no interior da casa tão limpinho, sem vidros, nem areia, é porque não foi ninguém estranho que lá entrou dentro, a não ser que deixasse os sapatinhos à porta, como certamente fariam os “de casa”, mas ao sair podia cortar-se nos vidros existentes no chão e também não vemos vestígios de sangue em lado nenhum. Como ninguém fala em mais nenhuma porta arrombada ou com vidros partidos, a entrada e saída teriam sido, se fosse assalto de verdade, feitas por ali. Como tal, foi naturalmente alguém que gostava de tudo muito limpinho e na perfeição e que frequentava habitualmente a casa (quem melhor que a própria dona) que, do seu interior, partiu os vidros para simular ter sido um assalto, tendo entrado por esta porta, e talvez saído por outra (no texto refere-se “A porta principal e frontal”, o que significa que havia outra porta lateral ou traseira), pois ao ver o casal aproximar-se de regresso nem teve tempo de trancar de novo a porta.

– Ahhh, brilhante, brilhante nosso caro Watson, continue por favor. -

 

Aplaudiram os dois Inspetores, em todo de brincadeira, rejubilando com a dedução do amigo.

 

– Quanto a esta questão da fechadura da porta, se o casal ao sair referiu ter trancado a porta e esta se encontrava no regresso deles fechada só no trinco, alguém a terá aberto. Estou certo, ou estou errado? Ou esqueceram-se de a trancar quando saíram? MISTÉEEERIOOOO... Ora, quem poderia mais ter a chave da porta senão a proprietária da residência? Foi por isso a D. Teresa Silva, que entrou com outra chave em casa e ao sair, com a atrapalhação, ou por ver o casal a aproximar-se no seu regresso, se esqueceu, ou nem teve tempo, de trancar a porta ou então saiu por outra porta. Também podia ter sido combinado entre ela e o casal esta simulação toda, cabendo-lhes só a eles sair e trancar a porta, coisa que terá sido esquecida? e depois darem o alerta. Não está fora de questão, pois afirma-se que “A notícia chegou a Teresa Silva, através de telefonema dos seus próprios amigos que lhe disseram que a casa fora assaltada, durante uma manhã, quando estavam, ambos, na praia!”. Durante uma manhã? Foi erro de quem escreveu o relatório? Uma manhã qualquer? Não ligavam de imediato à D. Teresa nessa mesma manhã? Nesse mesmo momento? Requer um inquérito mais cuidadoso ao casal e à D. Teresa e confrontar as afirmações de ambos os lados, deixem comigo.  De qualquer forma, sinceramente, arranjar 2 cúmplices aumentaria as hipóteses de algum vacilar e ser apanhado no depoimento. Nada mais óbvio, uma vez que tinha todo o seu património coberto por um seguro, desde incêndio, roubo, catástrofe, tudo e mais alguma coisa, que esta simulou um assalto, para não ter o trabalho de andar a vender peça a peça e assim receber uma bela maquia tudo de uma só vez do seguro. Embora afirma-se “nunca pretender vender… nada, apesar de ser abordada para fazê-lo!”, seria certamente para levantar menos suspeitas da sua verdadeira intenção.

– Posto isto, meus caros, vamos então beber a nossa cervejinha que pago eu, só pelos meus amigos se terem lembrado de mim.

 

– E lá seguiram os 3 amigos para mais um agradável fim de tarde em amena cavaqueira, e o que haverá melhor nesta vida que passar o tempo com bons amigos e um bom copo na mão ;-)

 

Muita saúde e alegria, são os votos do:

Detetive Excalibur

 


FIXES

(Foto 02)

 


COMENTÁRIO do Blogue RO

UF!! Nuno Ki (Detective Excalibur) apresentou um relatório/solução “à antiga”! Bastante técnico e simplesmente realista nos pormenores… da vistoria ao local do assalto, etc, etc! Um texto só possível para quem tem muita experiência em matéria Policial!! Muito bem escrito, também, absolutamente delineado e de muita leitura, extraordinariamente perfeito… acabando, porém, as suas deduções a “arrasar” Teresa Silva, a Proprietária da sua bela casinha à beira-mar tanto adorada por ela!! Azar enorme… para o Nuno Ki culpar de uma maneira tão abrupta a generosa Teresa Silva que considerava aquele seu “cantinho” tão harmonioso perfeitamente a condizer consigo própria! Nada nos diz no texto que a Teresa Silva necessitava de dinheiro… que vivia mal e estaria aflita com qualquer necessidade, porquanto o móbil do crime… não se justificava para ela!! O Detective Excalibur – Nuno Ki escolheu “caminhos errados”… para as suas conclusões embora tenha admitido, em certo momento, a cumplicidade do casal amigo… dizendo depois que não se justificava tal ideia porque eram 2 e… algum podia vacilar!! Nuno Ki fixou-se na “coitada” da Proprietária e foi atrás do “engodo” do Seguro… talvez motivado por “problemas policiários” de outrora, mas… aí… havia sempre um motivo ou móbil que se justificasse receber o dinheiro do Seguro… o que não se coaduna com a vida desafogada de Teresa Silva, neste caso… porque jamais quis vender as suas preciosidades!! Foi pena! A estar correcto e certo… Nuno Ki podia contar… COM A MELHOR SOLUÇÃO! Acontece. Um grande abraço e agradecido pela dedicação e disponibilidade e nada de desanimar!

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