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segunda-feira, 24 de julho de 2023

*** MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 045 📝 PAULO (Viseu) Ilustre Desconhecido! -Por: O Gráfico

 🔎 Memórias do Policiário – 045 🔍

 

🕵️ O Gráfico

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 


 

📜= PAULO =👤

  🔦Ilustre Desconhecido!🔍

☝Pesquisa de: O Gráfico

 

 

"Quando nos dirigimos a alguém usando o adjetivo ilustre, queremos com isto distinguir a pessoa por ser «célebre, notável, famosa, nobre, distinta» ou então para exprimirmos consideração pela pessoa a quem nos dirigimos ou de quem falamos.

 

in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa [consultado em 24-07-2023]

 

1 - Ninguém o conhecia na Problemística Policiária. Era um ilustre desconhecido, quando pela 1.ª vez respondeu a um problema policiário na secção “Mistério Policiário”, Revista “Mundo de Aventuras” de 4 de Agosto de 1977.

 

2 - Quando (re)começou a solucionar, após breve ausência, outros e mais problemas policiários na secção “Público Policiário” do Jornal “PÚBLICO”, no início dos anos 90, PAULO (Viseu) ainda era um ilustre desconhecido no meio Policiário.

 

3 - Continuou como um ilustre desconhecido, mas depressa se afirmou e tornou-se um craque, distinto, na Problemística Policiária, quer na modalidade de Decifração como na Produção de problemas policiários.

 

 

 

45 EDIÇÕES das Memórias do Policiário – O Gráfico para distinguir e elevar um ilustre desconhecido no meio do Policiarismo Português, PAULO, Viseu, nos finais dos anos 70, do século passado e que, depois de breve interregno, regressou às lides para se afirmar como um dos melhores e mais notáveis Policiaristas, de sempre, quer em Decifração como em Produção onde escreveu inúmeros desafios ao leitor empregando um cunho pessoal, muito técnico, de processos dedutivos escorreitos e cristalinos, merecendo o destaque e os encómios dos veteranos deste interessante e para muitos também misterioso desporto mental... a Problemística Policiária!

PAULO, Professor de Física e Química, em Viseu, para onde se mudou ainda jovem sendo natural de Lisboa, nascido em 1964, depois de êxitos retumbantes na Problemística Policiária, decidiu-se já neste século, há uma quinzena de anos a enviar os seus escritos que tinha armazenados em computador para diversos concursos literários e aí... as conquistas em vários primeiros lugares notabilizaram-no! “OS CAMINHOS DE IDALÉCIO” (Romance) em 2022 garantiram-lhe o 1.º Lugar do prémio Literário Germano Silva (Rotary Club de Penafiel). Publicado na Editorial Novembro.

SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.

O Gráfico

 


 

O “PAULO” e “O GRÁFICO”

Escreveu: O Gráfico

 

 

I

NICIEI-ME na decifração de problemas policiários ou melhor entrei no Policiarismo nos primeiros meses do ano de 1976, na secção do “Sete de Espadas”, “Mistério Policiário”, made in “Mundo de Aventuras” e em 1977 já escrevia problemas policiários e um deles, “Ligeira Distracção” (o primeiro que produzi foi “Abençoada Sardinha” que foi publicado na Revista “Quebra-Tolas”, secção “Mistério e Aventura”, também do “Sete de Espadas”) publicado no “Mistério Policiário” no Torneio “Tertúlia Policiária do Palladium” (Prova n.º 1), “Mundo de Aventuras” de 4 de Agosto de 1977 cativou um novo elemento para o Policiarismo, o confrade PAULO que pela primeira vez respondeu a um problema policiário! Mais tarde, no “XYZ-Magazine” também do “Sete de Espadas” o solucionista PAULO conseguiu o seu primeiro brilharete na Problemística Policiária... obteve UMA MELHOR SOLUÇÃO!


 

 


As missivas de “PAULO” para “O GRÁFICO” (ano 2023)

Tive conhecimento, através do site do Daniel Falcão, deste torneio, e tendo em conta os homenageados, que me remetem para o velhinho Mundo de Aventuras, onde me iniciei em 1977, não podia faltar...

 

Acontece ainda que o primeiro problema policiário para o qual eu enviei uma solução, era seu: Ligeira Distração, do Torneio Tertúlia Policiária do Palladium.

 

Só mais uma curiosidade. Já lhe tinha escrito, referindo que comecei no policiário com o problema “Ligeira Distração”, mas o último problema a que respondi, antes de interromper durante mais de uma dúzia de anos, e voltar posteriormente no Público, foi no XYZ, nas “Velharias Policiárias” que O Gráfico orientava com o Detective Misterioso. Foi aí que consegui o mais relevante resultado dessa minha primeira vida policiária: uma melhor solução.

 

Ora, PAULO e O GRÁFICO estiveram desencontrados, até 2023, no Policiarismo... pois quando o confrade de Viseu regressou às actividades Policiárias nos princípios dos anos 90... até ao presente... eu vi-me afastado de meados dos anos 90 até aos princípios dos anos 20 deste século! E se obtive algum protagonismo vincando o meu dinamismo nos anos, entre 77 e 97 (na ausência do PAULO), ele granjeou magnificamente as atenções, através das suas qualidades... neste meu interregno!

 


O

CONTACTO, mais fraterno e amistoso entre PAULO e O GRÁFICO aconteceu, agora, com o início do “2.º Torneio de Entretenimento de Problemística Policiária” no Blogue do “Repórter de Ocasião”. No entanto devo esclarecer que PAULO, para mim, continuava a ser um “ilustre desconhecido” e bem me recordava de outros pseudónimos que foram surgindo... FARIA, MOLÉCULA, LUGRAMA, ALI KATT, CLÓVIS, DONANFER II, ARJACASA, OLIDINO, INSPECTOR PEVIDES e RIBEIRO DE CARVALHO (estes, sempre estiveram no meu pensamento!), entre outros... se bem que sobre o PAULO, BÚFALOS ASSOCIADOS e DETECTIVE JEREMIAS... (do DANIEL FALCÃO, nem vale a pena mencionar... AMIGO E CONFRADE de longa data, de créditos firmados no Policiarismo, UM CAMPEÃO!) já tinha observado que se tratavam de excelentes Policiaristas, através da secção “O Desafio dos Enigmas”, Blogue “LOCALDOCRIME” do Confrade e Amigo Salvador Santos.

 


A HUMILDADE DE UM DISTINTO CAMPEÃO

Quero frisar, no entanto e para que conste, que o Campeão PAULO, extraordinário Escritor, também, notável Policiarista, nunca me confessou sobre as suas proezas Policiárias e em relação aos seus prémios Literários em Romance, Ensaios e outros! Jamais me deu a entender sobre tais assuntos o que revela um gigantesco altruísmo e uma personalidade repleta de um firme e gentil carácter de enaltecer! Fui eu, para tentar me identificar, afinal, com a história do PAULO (Viseu) no Policiarismo que realizei buscas e pesquisas no Site “Clube de Detectives” e Blogues “LOCALDOCRIME”, “CRIME PÚBLICO”, “SÁBADO POLICIÁRIO”, entre outros na NET... e, sinceramente, fiquei surpreso com aquilo que encontrei... UMA OBRA ENORME... que não cabe, totalmente, aqui, neste pequenino espaço das minhas memórias! Fiz alguns extractos, sobre o PAULO, que abordarei nesta edição aproveitando para tirar o meu chapéu e executar uma brilhante e indelével vénia a tão genial Policiarista que bastante engrandece o Policiarismo Português! Mais... o Confrade PAULO é um estudioso e analista competente, que recolhe e cataloga variada documentação sobre os Policiaristas e os seus pseudónimos -no meu caso são mais de uma dúzia! -especialmente relativos a conquistas de Torneios, Melhores Soluções, Mais Originais, Combatividade, Combinados, etc... e teve a graça e a generosidade de me remeter uma longa lista... sobre os meus feitos no Policiário, tanto em Decifração, como na Produção, Melhores Soluções e Originais e outrossim extractos de títulos de publicações de Palavras Cruzadas, Testes de Cultura Geral, Banda Desenhada e outros! Uma listagem algo incompleta, mas que muito me irá ajudar na elaboração do meu Historial Policiário... que não há meio de o concretizar devido a bastante material espalhado por muitos “sítios”! Parabéns, PAULO e estou muito grato e agradecido por o conhecer! ABRAÇO.

O Gráfico

 


 

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Domingo, 26 de Fevereiro de 2012

POLICIÁRIO 1073 – Luís Pessoa (LP)

 

PAULO É O CAMPEÃO NACIONAL DE PRODUÇÃO - 2011

É hoje conhecido o primeiro Campeão da Época 2011!

 

Trata-se de PAULO, um dos Melhores Produtores de Problemas Policiários e sagra-se Campeão Nacional, precisamente na modalidade de Produção, com um Desafio que foi considerado pela maioria dos votantes, de excelente qualidade.

 

Praticamente desde o início deste nosso espaço, há quase 20 anos, o “Detective” Viseense PAULO revelou especial apetência para a Produção de Enigmas de grande valia, escrevendo histórias bem conseguidas, que foram recebendo rasgados elogios dos Decifradores. Por outro lado, também no campo da Decifração obtinha bons resultados, quase sempre muito perto dos lugares cimeiros, notando-se que muito pouco lhe faltaria para chegar ao topo.

 

A experiência entretanto acumulada, tornou PAULO num “Detective” praticamente perfeito, quer como Produtor, quer como Solucionista, tendo aqui a sua primeira grande consagração, como Campeão Nacional de Produção.

 

Nos lugares seguintes do pódio, dois Produtores consagrados, A. Raposo & Lena e Daniel Falcão, à cabeça de um grupo de bons Produtores, em que se incluem dois Campeões Nacionais de Produção, Búfalos Associados e M. Constantino, sendo que este último é o, até agora, Campeão em título.

 

Eis a classificação final:

1.º - Crónica do Meu Suicídio – Paulo

2.º - Tempicos e a Viúva Alegre – A. Raposo & Lena

3.º - Azul Celestial – Daniel Falcão

4.ºs - Crime em Tempo de Guerra – Búfalos Associados

      - Massacre na Quinta da Alegria – Rip Kirby

6.º - Smaluco e o Perigoso Bombista – Inspetor Boavida

7.º - Os Enigmas da Tribo Desaparecida – M. Constantino

8.º - Aprendiz de Feiticeiro – Felizardo Lopes

9.º - Gato Farrusco Morre ao Lusco-Fusco – Onaírda

10.º - Mistério no Paraíso – Al-Hain.

 

 

 Problema Policiário

 CRÓNICA DO MEU SUICÍDIO

Um Original de: PAULO (VISEU)

 

 

E

U estou morto. Suicidei-me.

 

Foi muito o tempo que levei a determinar a forma como deixaria a vida. Apaixonado pela literatura policial tinha decidido envolver a minha morte em mistério. Os crimes em quarto fechado sempre me fascinaram. Escolhi uma morte difícil, mas que valeu a pena pela confusão que lançou.

 

Agora que estou morto e enquanto toda esta gente circula em torno do meu corpo, tentando resolver o mistério, observo a estante onde repousam as obras de John Dickson Carr, O Mistério de Bow, de Zangwill, o francês Leroux com o maravilhoso O Mistério do Quarto Amarelo, Agatha Christie e O Natal de Poirot, Ellery Queen e muitos outros.

 

Lá andam os polícias e outros técnicos de volta do meu corpo, mirando o quarto, observando as pistas: as falsas e as verdadeiras.

 

O que sentem? O que vêem? O que dizem?

 

Sentem o desespero de não compreender. Sentem uma temperatura de 32 graus Celsius. Vêm um quarto com um corpo sem vida, uma cadeira, muito sangue, dois aquecedores eléctricos de barras de resistências ligados, uma janela fechada por dentro, com barras na janela, impedindo que alguém por lá pudesse passar, uma única porta que encontraram fechada à chave, a chave da porta pelo lado de dentro, uma estante com livros policiais, com a prateleira do fundo vazia, que decerto ignoram serem todos sobre crimes em quarto fechado, uma cadeira de madeira encostada a uma das paredes, um estojo metálico para um punhal, com uma tira de borracha em volta da concavidade de resguardo, que o fecha hermeticamente, uma mesa, um copo vazio na mesa, as paredes nuas sem quadros, um candeeiro de três lâmpadas pendente do tecto, luvas de cabedal preto calçadas, uma pequena arca congeladora desligada, uma maçã verde e uma outra vermelha em cima da mesa, a vermelha com uma dentada, uma beata num cinzeiro ao lado do copo, um isqueiro amarelo junto ao cinzeiro e sangue, muito sangue espalhado pela sala, que a carótida perfurada esguicha que se farta, embora só alguns segundos, até o coração parar.

 

“Que calor que aqui está! Mesmo com o aquecedor desligado a temperatura continua alta.”

 

“Foram muitas horas ligado. Recebemos hoje a carta a dizer que encontraríamos aqui um corpo, mas não temos ainda a certeza quando é que ocorreu a morte.”

 

“Que calor insuportável!”

 

Sim, eu tinha comunicado a minha morte à polícia. Tinha escrito uma carta comunicando que encontrariam um corpo naquele lugar. Eu sabia que quando chegassem eu teria morrido há mais de 24 horas, o que lhes dificultaria a tarefa de deslindarem a minha morte.

 

Quarto fechado. Ferida perfurante. Inexistência de arma.

 

“Será que o mataram? Mas como? A carta não dá para perceber se foi enviada pela vítima, e temos um suicídio, ou pelo assassino.”

 

“Só pode ser assassínio. Reparem que não há aqui nenhuma arma que pudesse ser utilizada para cortar a carótida. Nem ele se poderia desfazer dela depois de fazer o corte se tivesse sido suicídio. Não teria tempo.”

 

“É só sangue. Enquanto ainda bateu o coração ele fartou de sangrar.”

 

“Tem que ser suicídio. Janela fechada por dentro. Chave na porta. Porta fechada pelo interior… esta porta não fecha com a chave por dentro. Por baixo da porta não há espaço que permita passar um objecto que fizesse de alavanca para rodar a chave e depois fosse puxado.”

 

“Esta chave nem tem orifício onde se introduzisse um objecto para a rodar. Definitivamente concordamos que esta porta jamais poderia ter sido fechada à chave por alguém do lado de fora.”

 

“Nada disso interessa. Aqui não existe arma e por isso alguém a retirou. Quem? O assassino!”

 

“Já dá para perceber como é que a carótida foi cortada?”

 

“Houve um corte com perfuração. Com uma lâmina que foi alargando. Parece um punhal.”

 

“Devia ser o punhal que estava nesta caixa aberta. Mas para onde foi?”

 

Que divertido vê-los na confusão. Levantarem o corpo. A autópsia. Os exames toxicológicos. Múltiplas análises.

 

“Já estava morto entre 24 e 28 horas quando lá chegámos.”

 

“Os relatórios são claros. O ferimento adequa-se a uma lâmina semelhante à do punhal que estaria no estojo.”

 

“Havia maçã no estômago.”

 

“O cigarro foi fumado por ele e no isqueiro e no copo só existem as suas impressões digitais.”

 

“Mas para onde foi o punhal? Como é que o assassino saiu da sala? Vimos que era impossível fechar a porta pelo lado de fora com a chave dentro. Era impossível! Foi suicídio!”

 

“Não pode ser. O punhal não estava na sala e ele não poderia nunca cortar a carótida, atirá-lo pela janela, e fechá-la novamente. Não tinha tempo para isso. O punhal saiu, levado pelo assassino.”

 

Que deleite. Que gozo. Os génios da polícia reunidos num gabinete, na maior da confusão.

 

A porta abriu-se e um rosto conhecido surgiu.

 

“Dr. Fell, welcome!”

 

Pesadelo! Não pode ser! Terror! Incrível! Ele vai descobrir!

 

Olho no tecto. Afinal não morri. Foi apenas um sonho.

 

À medida que o ritmo cardíaco normalizava olhei o velhinho livro da colecção Xis do mestre John Dickson Carr em cima da mesa-de-cabeceira. Fora ali, naquela que é considerada a obra-prima do quarto fechado, que eu me inspirara para o meu pesadelo.

 

Caros detectives, não é preciso ler o livro de John Dickson Carr para saber como é que eu me suicidei. Mas ler, faz sempre bem, em especial bons livros policiais.

 

Com base nas informações do meu pesadelo, pede-se ao leitor que ajude os polícias, que sem a intervenção do Dr. Fell decerto ficariam na ignorância, a descobrirem como é que a minha morte terá ocorrido e a arma desaparecido.

 


 

Solução do Autor:

CRÓNICA DO MEU SUICÍDIO

Um Original de: PAULO (VISEU)

 

Não é crime. Quer porque “o morto” refere que se trata de suicídio, quer porque não seria possível sair da sala e fechá-la por dentro, de acordo com os testes feitos pela polícia e as conclusões a que chegou.

 

Como é que foi cometido o suicídio?

 

Com um punhal de gelo.

 

O estojo era estanque, em volta da forma do punhal, o que permitiu enchê-lo de água, colocá-lo no congelador, e obter um punhal de gelo com a forma da arma de lâmina metálica que ocuparia o estojo.

 

Depois, com o punhal, a carótida foi cortada.

 

O punhal terá caído para o chão, pois a vítima perderia rapidamente muito sangue e o cérebro deixaria de ser oxigenado.

 

Com o calor dos aquecedores, o punhal fundiu e água foi-se evaporando, não deixando vestígios.

 

O tempo de espera até chegar a polícia permitiu a evaporação da água que por causa do aquecedor terá sido bastante rápida.

 

As luvas facilitaram o acto de segurar o punhal.

 

Para terminar, refira-se que o uso de uma arma letal de gelo é um dos processos apontados por John Dickson Carr, pela voz do Dr. Gideon Fell, na obra Os Três Ataúdes, para cometer um crime num quarto fechado. O autor enuncia nesse livro um conjunto de situações em que os crimes parecem impossíveis.

 

Há quem considere que Os Três Ataúdes é a melhor obra do género “crime em quarto fechado”.

 


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Domingo, 15 de Fevereiro de 2015

POLICIÁRIO 1228 – Luís Pessoa (LP)

 

CAMPEONATO NACIONAL DE PRODUÇÃO

1.º E CAMPEÃO NACIONAL – 2014:

PAULO (Crime no Centro Comercial)

2.º - M. Constantino (O Assassinato de Mamã D. Floripes)

3.º - A. Raposo & Lena (Hoje há Passarinhos…)

4.º - Búfalos Associados (A Milionésima Segunda Noite)

5.º - Verbatim (O Cúmulo da Velocidade)

6.º - Rip Kirby (Afinal Ele Nem Estava Lá…)

7.º - Bernie Leceiro (Ingrediente Secreto)

8.º - Beirão (Um Morto no Ribatejo)

9.º - Flo & Tânia (Os Quatro Amigos)

10.º - Ponto PT (As Árvores das Patacas)

 

TAÇA DE PORTUGAL

Vencedor: DANIEL FALCÃO

Finalista vencido: PAULO

Semifinalistas, eliminados: Detective Jeremias e Mister H

Quartos-de-Final, eliminados: Búfalos Associados, Flo & Tânia, Karl Marques e Zappa.

 

POLICIARISTA DO ANO - TROFÉU SETE DE ESPADAS

1.º - PAULO – 458 pontos

2.º - Mister H – 438

3.º - Daniel Falcão – 436

4.º - Detective Jeremias – 405, 5.º - Búfalos Associados – 403, 6.º - Karl Marques – 398, 7.º - Verbatim – 393, 8.º - Inspetor Boavida – 374, 9.º - A. Raposo & Lena – 373, 10.º -  Inspector Aranha – 370, 11.º - Zé – 369, 12.º s - Agente Guima e Ego -351, 14.º - Inspector Sonntag – 338, 15.º -  Zappa – 309, 16.ºs - B Gates e Da Ki – 305, 18.º - Pacheco A.- 298, 19.º - DC24 – 293 e 20.º - Rigor Mortis – 289.

 

RANKING – TROFÉU DETECTIVE MISTERIOSO

1.º - PAULO – 549 pontos

2.º - Mister H – 531

3.º - Daniel Falcão – 523

4.º - Detective Jeremias – 499, 5.ºs - Búfalos Associados e Karl Marques – 490, 7.º - Verbatim – 481, 8.º - Inspector Boavida – 473, 9.º - Zé – 466, 10.º - Inspector Aranha – 460, 11.º - A. Raposo & Lena – 459, 12.º - Agente Guima – 434, 13.º - Ego – 433, 14.º - Vorsicht 25 – 368, 15.º - Da Ki – 360, 16.º - DC24 – 353, 17.º - Flo & Tânia – 348, 18.º - Jo.com – 346, 19.º - Ribeiro de Carvalho – 345 e 20.º - Carolina Pimpão – 343.

 


 Problema Policiário

 CRIME NO CENTRO COMERCIAL

Um Original de: PAULO (VISEU)

 

 

P

ASSAVAM poucos minutos das nove horas quando a polícia foi chamada. Quarenta minutos depois já toda a equipa responsável pela investigação da cena do crime se encontrava no gabinete da vítima, no mais recente e moderno Centro Comercial da Cidade.

 

A zona de gabinetes onde ocorrera o assassinato ficava logo no piso de entrada, ao qual havia que somar dois pisos subterrâneos, dedicados a estacionamento e a áreas técnicas, e dois pisos acima do nível do solo.

 

Narciso Morais, o veterano Inspector, entrou na área reservada aos gabinetes ocupados pelos elementos responsáveis por aquele espaço de comércio. Uma porta dava acesso a esse pequeno átrio, onde à esquerda ficava o gabinete em que fora encontrado o morto, Director-Geral do Centro Comercial. À direita ficava o gabinete do Director de Segurança, Francisco Azevedo. Ao fundo, em frente, havia duas portas. À esquerda a do gabinete do Director de Marketing e Publicidade, José Camões, e à direita a que dava acesso ao Gabinete do Director Financeiro, Rui Balboa.

 

Antes de entrar no gabinete da vítima, Narciso Morais foi informado de que havia uma câmara que filmava a entrada para aquele espaço reservado às quatro salas, e que se estava a fazer o necessário para obter as gravações.

 

No local do crime havia uma secretária com alguns documentos em cima, uma confortável cadeira atrás, e mais duas em frente, que se destinariam a pessoas com quem a vítima pretendesse falar. Havia ainda um armário com dossiês. Um computador e uma impressora estavam sobre a mesa.

 

Adérito Pinto jazia no chão com um ferimento na cabeça, que aparentava, e mais tarde se viria a confirmar, ter sido feito por uma arma de fogo, que as análises balísticas determinariam ser de calibre 9 mm. Num bengaleiro estava o casaco de Adérito, onde foram encontrados o seu telemóvel e a chave do gabinete.

 

O cadáver não sangrara muito, provavelmente porque a morte fora imediata. Uma análise feita no local do crime, nas zonas visíveis do corpo, logo a pós a chegada da polícia, não mostrava sinais de movimento post-mortem do cadáver. A rigidez cadavérica já tomara conta de todo o corpo. A temperatura do aposento rondava os 20 graus e durante a noite não teria descido muito abaixo desse valor.

 

Narciso Morais ocupou o gabinete de José Camões, semelhante ao de Adérito, para os primeiros interrogatórios, que lhe permitissem conhecer melhor o ambiente local e os intervenientes.

 

José Camões disse que na véspera tinha saído por volta das seis e meia. Estivera quase sempre fora do gabinete e não se lembrava de, durante a tarde, se ter cruzado com Adérito. Tinha uma mensagem enviada às seis da manhã a comunicar que ele precisava de lhe falar, de manhã, às nove e meia.

 

Rui Balboa afirmou que no dia anterior passara pouco tempo no gabinete. Saíra na véspera às cinco horas e tinha entrado nesse dia cerca das nove menos um quarto, uma vez que Adérito lhe mandara um sms, de noite, dizendo-lhe que queria falar com ele às nove horas. A essa hora foi ao gabinete dele. Bateu à porta, como ninguém respondeu, rodou o puxador, a porta abriu e ele viu Adérito no chão. Depois chamou a polícia.

 

Francisco Azevedo disse que por norma o segurança nocturno não entrava naquela área dos gabinetes. Ele saíra, no dia anterior, eram quase sete horas. Precisara de, um pouco antes de sair, falar com Adérito, mas não o encontrara e a porta do gabinete estava fechada à chave. Também recebera um sms, de madrugada, a marcar um encontro para as dez horas.

 

Narciso Morais pediu para ver todos os telemóveis, incluindo o da vítima, e o envio e recepção de mensagens estavam de acordo com as declarações. Após o visionamento das imagens da câmara de vigilância foi possível determinar que a vítima entrara na zona dos gabinetes no dia anterior às duas horas e treze minutos e não saíra mais. Rui Balboa saíra na véspera às 17:43 e entrara no dia do crime às 8:47. Francisco Azevedo saíra às 18:55 e José Camões às 18:28. Os dois tinham chegado nessa manhã já após a polícia se encontrar no local. As gravações não mostravam mais ninguém a entrar ou sair daquele espaço.

 

Narciso Morais circulou pelo Centro Comercial, conseguindo obter mais algumas informações. Adérito ia ser transferido para outro Centro Comercial e iria dar uma sugestão para o seu substituto à administração do grupo económico proprietário do espaço. Rui Balboa e os outros dois Directores estavam em conflito. Tinha sido aberto um inquérito interno pois o Director Financeiro acusara-os de má gestão com consequências graves nas receitas. Francisco e José também estavam incompatibilizados, havendo uma mulher na origem do conflito.

 

Antes de sair, cerca de treze horas, Narciso Morais ainda passou pelo local do crime. O cadáver preparava-se para ser retirado. Da arma continuava a não existir notícia e ninguém ouvira o disparo.

 

Deixemos Narciso Morais ir almoçar e pergunte-se: quem acha que poderá ter cometido o crime e porque faz essa afirmação?

 


Solução do Autor:

CRIME NO CENTRO COMERCIAL

Um Original de: PAULO (VISEU)

 

Para se tentar chegar à conclusão de quem terá cometido o crime, há que analisar a questão forense.

 

Entre as 9 e meia e as 13 horas o cadáver atingiu a rigidez cadavérica total.

 

Existem várias condicionantes para o estabelecimento da rigidez, entre as quais a temperatura. Sobre o gabinete da vítima existe a informação de que a temperatura era de 20º e que durante a noite não terá descido muito. Ou seja, não existem condições climáticas extremas que condicionassem o estabelecimento da rigidez.

 

Em termos médios a rigidez total nunca se estabelece antes de 12 horas. Como pouco depois das nove e meia da manhã o rigor mortis estava totalmente estabelecido, então:

 

A - A morte teve que ocorrer no final da tarde do dia anterior ou no início da noite.

 

Esta hora para o crime coloca a situação dos sms terem sido escritos quando Adérito estava morto, logo:

 

B - Os sms não foram escritos por Adérito.

 

Perante a conclusão B, apenas resta a hipótese, uma vez que o telemóvel de Adérito foi encontrado junto ao corpo, de que:

 

C - Os sms foram escritos pelo assassino.

 

Também considerando que após a entrada de Adérito no gabinete, ninguém mais entrou naquela zona reservada a não ser os 3 Directores então:

 

D - Só um dos três Directores pode ser o assassino.

 

Outra conclusão importante a retirar das informações recolhidas por Narciso Morais, após verificar os conflitos existentes entre os suspeitos, é a de que:

 

E - Não existe cumplicidade entre os suspeitos e o assassino agiu sozinho.

 

Da análise das gravações da câmara de filmar, não havendo ninguém nos gabinetes à hora em que as mensagens foram enviadas, também se pode concluir que:

 

F - Quando os sms foram enviados, o telemóvel de Adérito tinha que estar fora do gabinete, na mão do assassino.

 

Após esta conclusão, e sabendo que Rui Balboa foi o primeiro a entrar no gabinete da vítima e logo depois a Polícia:

 

G - O telemóvel só pode ter sido levado para dentro do gabinete por Rui.

 

Logo,

 

H - O crime foi cometido por Rui Balboa.

 

Chegados à conclusão de quem foi o assassino, pode-se tentar estabelecer uma cronologia dos actos do criminoso, que se enquadre nos factos conhecidos.

 

1 - Antes das cinco horas, aproveitando algum momento em que os seus colegas não se encontravam nos gabinetes, Rui Balboa entrou no gabinete de Adérito e matou-o.

 

2 - A arma deveria ter silenciador para prevenir que fosse ouvida e foi levada por Rui quando abandonou o Centro Comercial.

 

3 - Retirou o telemóvel a Adérito e a chave do escritório, fechando a porta, para que ninguém entrasse e descobrisse o cadáver. Assim se justifica que Francisco tenha encontrado a porta fechada. Não se deve esquecer que não existem condições para uma possível cumplicidade entre os dois.

 

4 - Saiu, por volta das cinco e meia.

 

5 - De madrugada enviou do telemóvel de Adérito as mensagens, de modo a assegurar-se que tinha justificação para ser o primeiro a chegar, abrir a porta e colocar as chaves e o telemóvel no casaco de Adérito.

 

6 - De manhã entrou no gabinete de Adérito e colocou a chave e o telemóvel no casaco dele.

 

Para terminar este caso de forma satisfatória para a justiça, competia agora a Narciso Morais, após a análise feita que apontava para Rui Balboa como criminoso, diligenciar as buscas e investigações necessárias que permitissem provar que Rui Balboa disparou e pegou no telemóvel de Adérito. Deveria tentar ainda junto da operadora de telemóveis verificar se seria possível detectar de que área geográfica foram enviadas as mensagens e tentar colocar Rui Balboa nessa zona.

 

Não seria também de excluir a investigação sobre o paradeiro da arma, com buscas à casa de Rui Balboa.

 


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Domingo, 23 de Janeiro de 2011

POLICIÁRIO 1018 – Luís Pessoa (LP)

 

PAULO VENCE NOS PROBLEMAS RÁPIDOS

 

Paralelamente com a votação para encontrarmos o Campeão Nacional, os nossos Confrades foram convidados para votarem os Problemas Policiários de escolha múltipla.

 

Votaram 56 “Detectives” e os resultados foram os que se seguem:

 

1.º Paulo, com o problema “O Meu Primeiro Caso”; 2.º Rip Kirby, com “Um Crime no Alentejo”; 3.º Rodoviário, com “Mortes na Estrada”; 4.º Faraó, com “As Riquezas Desaparecidas”; 5.º Lumago Ampe, com “Um Negócio com Sentido”; 6.º Inspetor Boavida, com “O Caso do Espelho Quebrado”; 7.ºs Kop & Peixte, com “Os Wobbly” e Medvet, com “O Caso de Josita Corli”; 9.º H. Raí, com “Há Cada Queda!”; 10.º Lateiro, com “Que Grande Lata!”.

 

Foi uma boa vitória de um dos Confrades Produtores de Melhores recursos. Desde o início que o Paulo, de Viseu, se destacou pelo cuidado que sempre colocou na feitura dos seus desafios. Com muita lógica, muita clarividência, linguagem cuidada, enfim, uma multiplicidade de méritos que fizeram dele, indiscutivelmente, um dos Melhores Produtores Nacionais.

Do Paulo, esperamos sempre o melhor e aguardamos, com imensa expectativa, o seu momento de glória, aquele em que, finalmente, “deitar cá para fora” o problema de excepção, que está plenamente ao seu alcance.

 


Como sempre vimos referindo, os campeões da Problemística Policiária são apenas aqueles que conseguiram uma melhor participação nas competições, por disporem de melhores condições de tempo ou por eventualmente levarem mais a sério a sua participação, porque quando fazemos do Policiário o nosso prazer principal no fim de cada dia, já somos verdadeiramente campeões. -Luís Pessoa (LP)

 


 

Uma Carta fala por...

PAULO (VISEU)

 

Caro O Gráfico,

 

Cá vá mais uma solução, desta vez em anexo. Era para ser curtinha, mas, depois, mudei de rumo e resolvi fazer diferente.

 

As dúvidas que me surgiram na leitura, devem estar a surgir aos outros concorrentes, e por isso foram tão poucos aqueles que até agora responderam. Suspeito que se deve preparar para ler algumas soluções com várias páginas.

 

Como eu já estou farto de olhar para ao que escrevi, e a dúvida se mantém, resolvi enviar, para não olhar mais para a resposta. O importante é participar, não sendo os resultados finais o mais relevante. O mais importante é tentar encontrar aquilo que o produtor escondeu. Tentar resolver os enigmas.

 

Parabéns pelo sucesso que este pequenino torneio está a ter. O número de respostas surgidas mostra que há vontade de massajar o cérebro.

 

Estou a seguir com muito interesse os posts sobre as recordações dos anos 80, pois foi essa a época em que estive fora do Policiário, e foi para mim uma surpresa a existência da concorrente Mali, e dos resultados que obteve. Desconhecia completamente. Tenho algum levantamento de factos sobre a história do policiário, incluindo algumas secções completas desde a década de 40 do século passado, e outras a que faltam algumas publicações, e nunca tinha ouvido falar da Mali.

 

Vou vendo os muitos elementos publicados pelo Daniel Falcão, a que vou acrescentando outros que vou encontrando na Net. Não se pode esquecer o trabalho do Jartur na AHPPP e do Inspector Aranha.

 

Por falar em história do Policiário, gostaria de confirmar consigo se é o autor de “Um crime no Terreiro do Paço”, prova n.º 1 do I Campeonato Nacional no XYZ. Como o torneio não chegou ao fim, nunca se souberam os autores dos problemas, mas penso que esse problema seja seu.

 

Neste momento, contando com esse, já consegui referenciar 27 problemas seus, com o pseudónimo O Gráfico e O Repórter Sou Eu.

 

Só mais uma curiosidade. Já lhe tinha escrito, referindo que comecei no policiário com o problema “Ligeira Distração”, mas o último problema a que respondi, antes de interromper durante mais de uma dúzia de anos, e voltar posteriormente no Público, foi no XYZ, nas “Velharias Policiárias” que O Gráfico orientava com o Detective Misterioso. Foi aí que consegui o mais relevante resultado dessa minha primeira vida policiária: uma melhor solução.

 

Espero que continue com as suas memórias, pois vou lá buscar muita informação escrita e pictórica.

 

Um abraço

Paulo


https://localdocrime.blogspot.com/search?q=paulo

Quinta-Feira, 19 de Janeiro de 2023

LOCALDOCRIME – Salvador Santos (Insp. Boavida)

 

PAULO VENCE PRÉMIO LITERÁRIO GERMANO SILVA

 

E eis que surge mais uma excelente notícia: Paulo Pereira Viegas (simplesmente Paulo entre nós) foi o vencedor do Prémio Literário Germano Silva / Rotary Clube de Penafiel-2022, com a obra “Os Caminhos de Idalécio”, de onde respigamos a respectiva sinopse:

 

“Desde que nasce, toda a pessoa segue o seu caminho. Este pode ser linear, labiríntico, cheio de curvas, esburacado, largo, estreito, sobre precipícios ou sem saída.

Idalécio vai percorrendo diversos caminhos: os que lhe apontam e os que escolhe. O que outros decidem por ele e as decisões que toma marcam-lhe o futuro, definem a sua vida e a dos que com ele se interceptam.

Nos trilhos por onde passa, ao cruzar-se com os outros, Idalécio mostra o que eles são, o que ele é, e como se organiza a sociedade onde vive.”

 

Mas este é apenas um prémio entre quatro distinções que já conquistou nos últimos dois anos. Em 2021, obteve uma menção honrosa com “A Ingenuidade das Palavras”, no Prémio Cónego Albano Martins, na Modalidade Poesia. Em 2022 venceu, com o Conto “As Dimensões do Medo”, o Prémio Literário Professora Rosinda de Oliveira, assim como o Prémio Literário Dr. João Isabel, na Modalidade Teatro, com a peça “Os Despojos”. Para ele, as nossas felicitações!

 

Agradecimento

Esta edição de “Memórias do Policiário – O Gráfico” só foi possível redigir-se graças às buscas e pesquisas efectuadas no Site “Clube de Detectives” e nos Blogues “Crime Público”, “Sábado Policiário” e “LOCALDOCRIME”, pelo que “O Gráfico” está inteiramente reconhecido ao notável trabalho, em prol do Policiário, que DANIEL FALCÃO, LUÍS PESSOA (LP) e SALVADOR SANTOS têm realizado e dinamizado ao longo dos últimos trinta anos! Agradecido. – O Gráfico

 

Blogue RO – 24 de JULHO de 2023

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 




 




1 comentário:

  1. Muito bom o suicídio com y pinhal de gelo! Dificilmente se descobriria uma vez que a água do punhal derretido tb evaporou!

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