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terça-feira, 2 de setembro de 2025

🌞 Mara - POSTAIS de BURGAU! Agosto-2025 - FÉRIAS!

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Recordando Burgau…
Burgau era, em tempos, uma aldeia cheia de vida. As crianças brincavam nas ruas sem preocupações, regressando a casa apenas quando escurecia. O largo da paragem do autocarro parecia enorme aos olhos dos mais pequenos, e todos os dias se via a fila matinal à espera da carrinha dos CTT ambulante.
Os comerciantes locais davam alma à aldeia: frutas frescas, peixe do dia, tendas com sapatos e roupa, e claro, a icónica banca da D. Almerinda, que trazia cor e movimento ao largo. Hoje, nem o autocarro consegue parar à hora certa sem causar um engarrafamento.
E que dizer das festas da aldeia? Toda a população se envolvia: decorava-se cada canto, recolhiam-se bibelôs e quinquilharias de porta em porta para a quermesse das rifas, e organizavam-se jogos tradicionais como o pau ensebado, as corridas de barco, torneios de setas e jogos populares.
A última grande festa? 1997 Há precisamente 28 anos.
Recordo ainda o centro de saúde, lá em baixo, junto à praia, onde a D. Maria Amélia trabalhava incansavelmente. Apesar do acesso difícil, toda a aldeia lá chegava quando precisava.
Tínhamos também um campo de futebol, onde se jogavam partidas animadas de solteiros contra casados e onde equipas das aldeias vizinhas vinham competir. E claro, não podia faltar a nossa querida Fernanda "de Viseu", com as suas filhoses e biscoitos fritos inesquecíveis, vendidos ali à beira do campo sempre com o seu cestinho.
E claro, o famoso “tribunal” o ponto de encontro na paragem do autocarro, onde os moradores se reuniam para conversar e partilhar as novidades da terra.
Hoje, a aldeia transformou-se: a maioria das casas são agora alojamento local, os vizinhos deram lugar a turistas de passagem, e os contentores transbordam lixo, espalhado pelo chão e pelas ruas da aldeia, um cenário impensável noutros tempos.
Com o passar dos anos, a segurança desapareceu, as vendas deixaram de existir e aquele largo que antes parecia tão grande, agora parece ter encolhido.
Burgau mudou. Mas a memória da aldeia viva, comunitária e cheia de identidade, essa permanece no coração de quem a viveu.

 

 Obrigado, Mara Anastácio, por esta Publicação! (Blogue RO)

 




1 comentário:

  1. Infelizmente acontece em todo o lado e Portugal vai deixando de ser um País á beira- mar plantado belo e poético!

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