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domingo, 23 de novembro de 2025

🕵 Uma Reflexão Sobre o Entretenimento Policiário! 🕵️

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POLICIÁRIO – Problemística Policiária – Orientadores de Secções

Policiaristas – Decifradores – Melhores Soluções – Originalidade

Reflexão por O Gráfico

 

E

STAMOS a dois passos de se comemorar os 100 anos do nascimento da problemística policiária que acontecerá, precisamente, em 2027, porque foi em 1927, documentam os primórdios que apareceu, pela primeira vez, no jornal “O Primeiro de Janeiro” uma espécie de desafio ao leitor, intelectual, designado como “Mataram o Jacob”, da autoria do “Repórter X”, de seu nome verdadeiro Reinaldo Ferreira, em 29 de Janeiro. Este texto apelidado de “Conto Misterioso” seria um exemplo de como se iriam apresentar aos possíveis decifradores e concorrentes os famigerados “50 Contos Misteriosos”, todos escritos pela imaginação de Reinaldo Ferreira – “Repórter X” cuja publicação se iniciou três dias depois a 1 de Fevereiro de 1927, de forma sequencial, como já se referenciou no jornal «O Primeiro de Janeiro», do Porto, e desta maneira se marcou o surgimento da problemística policiária em Portugal, com uma enorme diversidade de prémios para os solucionistas.

 

PROBLEMÍSTICA POLICIÁRIA

Muitos já escreveram sobre a génese do vocábulo “policiário” e todos estaremos de acordo que foi Fernando Pessoa o criador do neologismo para o diferenciar do verdadeiro “policial” interpretando-se e associando-se este termo às actividades reais da polícia ou ao estritamente dito livro de romances policiais ficando a palavra “policiário” para o tal entretenimento, lúdico, de escrita, produção e de leitura, decifração.

Todavia, poucos se debruçaram, nas minhas modestas investigações e parcos conhecimentos sobre este “assunto”, sobre o porquê de se utilizar a palavra “problemística” na resolução dos afamados “problemas policiários”! É que este vocábulo também não existe e jamais foi assumido por qualquer léxico nacional, o termo correcto seria “problemática”, “Conjunto dos problemas relacionados com o mesmo assunto ou com a mesma acção”, conforme se pode verificar no “Dicionário Priberam da Língua Portuguesa”, como exemplo. Então sou forçado a concluir que um dia… alguém empregou “problemística” – para o sentido e efeito lúdico – para a diferenciar de “problemática” – casos reais. 

Não deixa de ser curioso que o POLICIÁRIO enraizou-se somente para predestinados… pois quando se tenta divulgar e/ou dinamizar a temática a novas gentes… a primeira pergunta que nos fazem, mostrando-se surpreendidos, é: “Problemística Policiária… o que é isso!?”

 

ORIENTADORES DE SECÇÕES

Além dos produtores (aqueles que escrevem os problemas policiários) e os decifradores (os que os solucionam ou tentam desvendá-los com as suas propostas de solução) são essenciais os orientadores das secções que coordenam toda a essência do entretenimento. Sem produtores não podia existir a problemística policiária e sem decifradores o vazio da dinamização, da intenção, seria catastrófico, apagar-se-ia o exercício deste igualmente designado como desporto mental, o raciocinar das eternas “células cinzentas”, mas também é verdade que sem os orientadores das secções, outrora apadrinhadas por jornais e revistas, presentemente nas redes sociais, também o policiário jamais se proliferava.   

 

POLICIARISTAS 

Entendeu-se com alguma lógica atribuir o epíteto de “policiarista” ao praticante, ao fã, que gostasse de decifrar problemas policiários, numa primeira fase e depois se iniciasse na produção dos próprios desafios ou enigmas policiários. Não me recordo de nenhum caso em que um ser humano começasse, primeiramente, por produzir e posteriormente se tenha tornado decifrador porquanto as actividades policiárias necessitam de uma certa aprendizagem, primeiro… ver como é… depois começar a decifrar e finalmente produzir.

Em 1975, no “renascer”, mais uma vez, do policiário – que se manteve, desde sempre, resiliente e… resistente! – e logo a seguir em 1976, “Sete de Espadas”, na secção “Mistério… Policiário”, revista “Mundo de Aventuras”, primeiro e “Inspector Aranha”, na secção “Enigma Policiário”, revista “Passatempo” depois, organizaram torneios, desafios de problemística policiária, onde escalonaram os concorrentes/decifradores nas categorias de “iniciados” (aqueles que pela primeira vez respondiam a problemas policiários), “veteranos”, os mais antigos (os policiaristas que já tinham participado no policiário antes do interregno… até 1975) e… depois, os “novos” (os concorrentes que iam adquirindo alguma experiência nas chamadas lides policiárias).

Em 2025, quando se escrevem estas linhas, ainda estão activos no policiário alguns policiaristas dos “renascidos” em 1975/1976… pelo que será legítimo designá-los como “veteraníssimos” porque os “iniciados” em 1975/1976, passados 50 anos… já serão “veteranos”!

Um verdadeiro policiarista será aquele que descobriu pelo seu interesse e vontade própria a problemística policiária, independentemente da sua idade e consequentemente se valorizou em decifração e/ou produção, ou não, mas manteve-se sempre presente, mesmo ausente, com admiração e paixão pela arte do POLICIÁRIO! Parece um paradoxo, mas é a realidade, como dizia o nosso saudoso “SETE DE ESPADAS”… "tal como o criminoso volta sempre ao local do crime, um policiarista volta sempre ao Policiário, mais tarde ou mais cedo".  

 

DECIFRADORES – MELHORES SOLUÇÕES – ORIGINALIDADE

Nas “soluções” dos problemas policiários, neste século e muito justamente, diga-se com honestidade, designadas como “propostas de solução” e mais recentemente como “projectos de solução”, os concorrentes começaram a ser diferenciados com “melhores” e “originais” para efeitos de escalonamento classificativo. “Sete de Espadas” começou por distinguir os relatórios mais bem elaborados com “menção honrosa”, as célebres “M. H.” que premiavam os mais audazes decifradores! Ao longo dos anos atribuíram-se, outrossim, outras designações, como: “Mais Engraçadas”, “Criatividade”, “Combatividade”, entre outras, para evidenciar os que mais se distinguiam na decifração, mas numa espécie de “estatuto”, além das pontuações obrigatórias, os atributos de “melhores” e “originais” são os mais genuínos!

Outrora, só a imaginação do concorrente contava e prevalecia para estas “soluções” “especiais” onde os relatórios mais bem-apresentados e minuciosos se evidenciavam e as “originais” se mostravam através de materiais palpáveis… hoje, com a Internet, o Google e agora a IA… já não é bem assim… os concorrentes começaram pelos “desenhos” extraídos, em segundos, na IA, utilizando-os para ilustrar os seus relatórios. E já “evoluíram”, outrossim, com estas novas “ferramentas”… pois conseguem transmitir à IA… os conteúdos de um problema policiário, por exemplo, nomes dos personagens, lugares e tema pretendido e… recebem de volta… um conto, uma história, onde encaixam a resolução do caso!

Cabe aos orientadores das secções, dos blogues, os classificadores dos trabalhos apresentados pelos solucionistas, o discernimento adequado na avaliação para a atribuição dos valores merecidos!

Felizmente que utilizando a IA… ainda não se conseguem decifrar (totalmente e sem equívocos!)… os problemas policiários!

 

O Gráfico – 23 de Novembro de 2025

5 comentários:

  1. Um excelente preâmbulo , muito bem conseguido, ao Policiário.
    Parabéns .
    Aquele abraço .
    Virmancaroli !

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    Respostas
    1. BLOGUE "RO"!23/11/25, 19:46

      - Muito grato, Amigo "Virmancaroli"! Forte abraço e bastante sucesso para o indispensável espaço... MOMENTO DO POLICIÁRIO que está na berra! (O Gráfico)

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    2. Parece-me que existe um deslumbramento tecnológico com a IA, que irá diminuir. De qualquer modo, vai pôr-se um desafio muito grande na presença de problemas policiários escritos. Possivelmente, terão que ser apresentadas outras formas de publicar problemas: auditivos, com imagens/vídeo ou as duas possibilidades.
      Um jovem não lê um texto, e um vídeo, se tiver mais do que 3 minutos, também não é, maioritariamente, visto.
      Nas próprias soluções, é possível hoje em dia falar e pedir o texto escrito, para depois ser enviado. Por isso há que premiar outras formas, que não a originalidade ou as melhores, pelo menos com os critérios que têm sido utilizados.
      Para, já a IA não resolve de modo satisfatório um problema, mas pode ajudar, se quem quer saber fizer as perguntas certas, e na elaboração da solução, quando esta já existe, é bastante eficaz.

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  2. Muito obrigada! Muito oportuna e útil esta explicação, sobre os primórdios da problemística policiária. Como surgiu, como evoluiu e como se mantêm na atualidade Parabéns.
    Um grande abraço.🦉
    Mali

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  3. Nos anos 90 surgiu uma forma diferente de problemas: os problemas de escolha múltipla. Talvez isso seja responsável por terem surgido novos policiaristas. O Luís Pessoa é a pessoa mais avalizada para abordar o assunto. Acho que terá que haver um qualquer “golpe de asa” na atualidade. Só assim, atingindo mais e diferentes pessoas, será possível alargar o número de policiaristas.

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