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domingo, 22 de setembro de 2024

🔎 *MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 067 DANIEL FALCÃO - Parabéns a Você! - 22 SET 1963-2024

 🔎 Memórias do Policiário – 067 🔍

 

  🧐 O Gráfico 🕵️

 

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 


 Memórias do Policiário – 067 🧐

🔖Daniel Falcão - Mac Jr.

PARABÉNS A VOCÊ!🎂

🎓👨📜👨🎓

 22 de Setembro de 1963

22 de Setembro de 2024

 

Memórias do Policiário – 067

Daniel Falcão - Mac Jr.

PARABÉNS A VOCÊ!

O Tsunami do Norte

22 de Setembro 1963 - 2024

 

 


67 EDIÇÕES das Memórias do Policiário – O Gráfico para cantar os “parabéns a você!”, desta vez, a um dos mais notáveis POLICIARISTAS, daquele LOTE DOURADO que “nasceu” a partir de 1975 na secção de Problemística Policiária e... não só (!), “Mistério... Policiário”, na revista “Mundo de Aventuras”, sob a batuta do saudoso e inigualável “SETE DE ESPADAS”, neste caso, “aparecido” desde 1980 e se a princípio andou às “apalpadelas”, sem saber onde “estava metido”... o que é certo é que a sua história está meritoriamente bem “à vista de todos”... tornando-se, ao longo dos anos, vincadamente a obter êxitos, atrás de proezas, na Decifração e Produção de Problemas Policiários! Começou a despontar, pela conquista dos seus títulos, um bocadinho antes do início deste novo século especialmente, nestes últimos vinte e cinco anos num autêntico e digno exemplo de um “self-made man” do POLICIÁRIO! De permeio criou o “CLUBE DE DETECTIVES” – que desfrutou de outros nomes nos primórdios da sua actividade de dinamização do Policiário! – sendo, actualmente, um baluarte de TUDO o que diz respeito a Problemística Policiária, passado e presente! É UMA GRANDIOSA OBRA, ESTE “CLUBE DE DETECTIVES”, SEM PARALELO NO “MUNDO DO POLICIÁRIO”!

Escrevo sobre “Jomasacuma”, pseudónimo que não foi mais além... não mereceu continuidade... porque o “Sete de Espadas” aconselhou o José Manuel Sá Cunha Machado a escolher outro “nome de guerra” porque não apreciava o mesmo..., mas eu confesso que adorava, tal como gosto de “Virmancaroli”, “Arjacasa”, “Lumafero”, “Lumago Ampe”, entre muitos outros, escolhidos pelos seus “pais-responsáveis” através das primeiras letras dos próprios nomes (!)... e assim surgiu o “Mac Jr.”, depois “O Falcão” e seguidamente “Daniel Falcão”... e porventura outros... pois é peculiar na Problemística Policiária, de quando em vez, para se criar surpresa (!) participar nos concursos com outro pseudónimo – que não o mais conhecido e usual – e estou a lembrar-me, por exemplo, ao longo os tempos, de “Durandal/Angélica”, “O Gráfico/Gutenberg”, “Tio Patinhas/O Preto”, “Duo Misterioso/Inspector Pevides e O Gráfico”, “Investigadores R. & R./Detective Misterioso e O Gráfico”, entre outros e... mais recentemente... “Inspector Aranha/Duarte Cordeiro” e aqui vai uma confidência que espero não desagradar ao aniversariante, mas foi tornado público no último Convívio Policiário do Blogue “LOCAL DO CRIME”... “Mac Jr./Da Vinci” e, claro, como quase sempre, salvo raras excepções..., estes novos pseudónimos saíam Vencedores dos Torneios Policiários!

José Manuel Sá Cunha Machado (Daniel Falcão), 22 de Setembro de 1963, 22 de Setembro de 2024, 61 Anos, MUITOS PARABÉNS, UM DIA BASTANTE FELIZ E DESEJOS DE MUITOS ANOS DE VIDA!!

Em sessenta e sete edições destas minhas memórias, desta vez temi que seria muito “complicado” escrever sobre o “Daniel Falcão” pois a sua OBRA, as suas façanhas Policiárias, são inequivocamente estrondosas, sublimes, magistrais e... por muito que escrevesse... NADA DIRIA! E no preciso momento em que redijo estas linhas ainda estou com o mesmo sentimento pelo que remeto os meus Leitores e Caros Policiaristas para o vasto e bem arquitectado e superiormente documentado CURRÍCULO POLICIÁRIO do José Manuel Sá Cunha Machado inserto no “CLUBE DE DETECTIVES”... clicando em http://clubededetectives.pt/ e depois em DANIEL FALCÃO NO POLICIÁRIO onde terão acesso visual aos seus êxitos retumbantes nas Actividades Policiárias! O MELHOR DECIFRADOR E INSIGNE PRODUTOR, PARA MIM, ENTRE OS MELHORES!

http://clubededetectives.pt/cd_danielfalcao.html

...No entanto, desde há alguns meses que tenho reunido, após frutíferas “escavações” – como costuma referir o Confrade e Mestre “Jartur” (João Artur Mamede – outro CULTOR DO POLICIÁRIO!) – muitos extractos sobre o “Daniel Falcão” pelo que vou utilizá-los, alguns, nestas memórias, todavia, utilizei como subtítulo, em cabeçalho, destes escritos, um astuto título onde dou conta... se repararam e foram perspicazes... de “O Tsunami do Norte”, pois foi, para mim, uma descoberta interessante... porquanto o “Daniel Falcão” seria apelidado pelos seus companheiros da “Tertúlia Policiária do Norte” (TPN) com aquela designação provavelmente pelas suas conquistas na Problemística Policiária! Bem visto! Gostei. Desconhecia. “Do Norte nem só Nortada” era uma rubrica/secção que aparecia esporadicamente no “XYZ – MAGAZINE”, de variados Autores, mas esta de “O Tsunami do Norte”... “encheu-me as medidas” e... foi uma “escavação”... por acaso... como se diz na gíria... “um tiro no escuro”!

UM GRANDE ABRAÇO, JOSÉ!

SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.

O Gráfico

 

* O POLICIÁRIO seria bastante diferente... sem a participação de DANIEL FALCÃO – MAC JR!

 

 


»»» Teria sido neste Semanário Juvenil de “Banda Desenhada” que o “Jomasacuma” se inspirou para adoptar o pseudónimo de “O Falcão” e mais tarde “Daniel Falcão”!? O que é verdade é que esta revista continha Secção de Problemística Policiária... “GRANDE CONCURSO POLICIAL” – ACEITE O DESAFIO. A escolha do nome “DANIEL”... é que ninguém sabe!?! Eu, pelo menos, não sei!!

 



O Policiário, mais concretamente na sua vertente de Problemística Policiária, é uma arte cultural e um desporto mental que gera o desenvolvimento das “células cinzentas” e tem proporcionado ao longo dos anos, montanhas de camaradagem, entretenimento e convívio entre os seus praticantes! - O Gráfico

 

 



 

 

 👏🔎🎓📑 Nada é eterno, inalterável, constante, tudo muda..., mas a resiliência do Policiário em Portugal, nascida em 1927 e eternizada por “SETE DE ESPADAS” (JOSÉ MANUEL PIEDADE THARUGA LATTAS”) em 1975, no meio de outros (descendentes) cultores -e são bastantes! -deste interessante, sublime e inquestionável desporto mental revelador de capacidades distintas intelectuais, é de todo mágica, fantástica e inolvidável e ainda estará longe o dia... em que cessará inequivocamente todo o seu dinamismo conversor, acima de tudo, deveras e de sobremaneira, de amizades longas e duradouras de vidas com paixão aliadas ao conhecimento, cultura e fraternidade!

 O Gráfico (2023)

 


 

MUNDO DOS PASSATEMPOS – JORNAL ALMEIRINENSE

TORNEIO JARTUR MAMEDE

 

PROVA N.º 5 – Problema Policiário

“ESTÁ TUDO LÁ” – Original, de: Daniel Falcão

 

Quando julgamos que nada mais nos pode surpreender, eis que aparece mais um desafio estimulante. Como sei que este é um dos teus passatempos favoritos, sem esquecer a Banda Desenhada, não resisto em pôr à prova as tuas celulazinhas cinzentas.

Esta manhã, pouco depois das nove horas, fomos chamados a uma moradia por um advogado da nossa praça, suspeitando ele que algo errado tinha acontecido a um dos seus clientes. Assim que lá chegámos, além de nos indicar a razão da sua suspeita, explicou os seus movimentos, quando inquirido, desde que chegou à moradia.

Chegou por volta das nove horas, hora previamente combinada, para preparar a reunião que iriam ter no final da manhã com uns investidores. Poucos segundos depois de tocar à campainha, a porta foi aberta pelo sobrinho do cliente. Trocaram algumas palavras, enquanto se dirigiam para o escritório, localizado no andar superior da moradia. A porta, como era habitual, estava fechada. O advogado, sempre acompanhado, bateu; primeiro levemente, depois uma segunda vez e, por fim, uma última vez com um pouco mais de força. Estranhando não haver qualquer resposta, questionou o sobrinho do cliente se já tinha estado com o tio durante a manhã. Recebeu como resposta uma negativa.

Foi então que decidiram ligar para o telemóvel. Quando a ligação foi estabelecida, escutaram o som de uma campainha dentro do escritório. No final do quarto toque, o advogado interrompeu a ligação e, simultaneamente, o outro telefone calou-se. Não havia qualquer dúvida – o telefone e, provavelmente, o seu portador habitual estavam do outro lado da porta.

O sobrinho teve a brilhante ideia de espreitar pelo buraco da fechadura e assim se apercebeu de que o tio estava recostado na cadeira da secretária numa posição estranha. Algo de grave teria sucedido. A decisão fora unânime: ligar para as autoridades.

Chegados ao local, confirmámos a observação que fora anteriormente feita e, depois de um pequeno empurrão, não necessariamente muito forte, pois aquela porta tinha uma chave única e essa estava sempre na posse da vítima, lá entrámos no escritório.

Rapidamente nos apercebemos de que, não fosse o corpo estar sentado à secretária numa posição muito estranha, a visão de sangue já coagulado espalhado pelo corpo e lugares mais próximos e uma arma próxima da mão, tudo estaria no seu devido lugar. Uma observação pouco minuciosa levar-nos-ia a pensar tratar-se de um suicídio. O género de ferimento que apresentava no temporal direito era claro quanto à distância a que o disparo fora efectuado: poucos centímetros. A arma, de onde saíra a bala fatal estava caída no chão, do lado direito e próxima da vítima.

A porta, que estava fechada à chave, era o único acesso ao escritório, já que as janelas existentes ficavam demasiado altas. Estas, como tive oportunidade de confirmar, estavam bem fechadas. Havias de ver a maravilhosa vista de que se pode usufruir por aquelas janelas: um jardim muito bem cuidado, com um imenso lago de águas cristalinas a uma escassa dezena de metros da casa e uma montanha verdejante ao fundo.

Depois de o médico legista ter estabelecido o período no qual teria ocorrido o óbito, algures entre as 22 e as 23 horas do dia anterior, avancei para a recolha dos depoimentos das duas personagens já referidas.

O advogado estivera em casa, desde que chegara às 20h30, na companhia da esposa. Reside a cerca de vinte quilómetros da moradia, demorando aproximadamente uns vinte minutos a lá chegar. Saiu de casa, já passava das 22 horas, respondendo a uma inesperada solicitação da vítima. Recebera um telefonema, pedindo-lhe que passasse na moradia para adiantar uns assuntos relacionados com a reunião do dia seguinte. Já ia a caminho, quando recebeu um SMS indicando que já não era necessária a sua presença e que falariam depois. Já que se tinha preparado para sair, aproveitou e foi até um bar tomar uma bebida. Regressou a casa pouco antes das 23 horas.

Passei, então, para o sobrinho da vítima. Na noite passada, como era a primeira quarta-feira do mês, dia de reunião do seu grupo de amigos, saiu pouco depois das 21 horas e dirigiu-se a casa do amigo que os devia acolher naquela noite. O amigo vivia a pouca distância da moradia; diria mesmo, ali ao lado. Contudo, surgiu um contratempo, a companheira desse tal amigo não estava com disposição suficiente para os acolher naquela noite, pelo que tiveram de se deslocar para a casa de outro amigo (como vivia sozinho, não teria o mesmo problema), bem mais distante – a uns bons trinta quilómetros.

Já passava das 22 horas quando o sobrinho da vítima recebeu uma chamada identificada como sendo proveniente do telemóvel do tio. Este pedia-lhe que se encontrasse com ele, em determinado lugar, para tratar de assunto do seu interesse. Como o local apontado até era muito próximo daquele onde estava, acedeu imediatamente. Dizendo aos amigos que ia tratar de um assunto rápido, saiu. Chegou ao local do encontro, estacionou o automóvel e por lá ficou uns quinze minutos. Como ninguém aparecia, foi até um bar que ficava próximo, de onde podia observar o local. Por fim, aborrecido, decidiu voltar para junto dos amigos. Tinha acabado de colocar as chaves na ignição, quando foi surpreendido por dois indivíduos que o puxaram para fora do automóvel e, apontando-lhe uma faca assustadora, o assaltaram, levando-lhe o casaco de couro, com a carteira, o telemóvel e o que mais lá havia. Por sorte, como tinha a chave na ignição, pôs-se imediatamente dali para fora. Quando chegou junto dos amigos, contou-lhes o que acontecera. Estes decidiram ir imediatamente atrás dos meliantes. Contudo, o assaltado demoveu-os e resolveu voltar para a moradia onde vivia com o tio. Após entrar em casa, ainda foi bater à porta do escritório, mas, como ninguém respondeu, decidiu falar com o tio no dia seguinte.

Enquanto recolhia os depoimentos, os meus homens trataram de passar a moradia a pente fino: escritório, quartos, tudo. E ainda bem que o fizeram, porque foram encontrar, no fundo da gaveta da roupa interior do sobrinho da vítima, a chave da porta do escritório e umas luvas. Encontraram ainda, no guarda-fatos dentro de uma caixa de sapatos, alguns volumes de notas, totalizando 50 mil euros.

Tive oportunidade de consultar o PDA da vítima (não tinha mais nenhum telemóvel e na moradia não havia telefone fixo) e verificar que as comunicações mais recentes foram: recepção de uma chamada não atendida às 9:06:49; no dia anterior, enviara um SMS às 22:20:27 – “Mudança de plano. Falamos amanhã.”; e, antes, fizera um telefonema, às 22:14:02. Sendo a origem e o destino destas comunicações o telemóvel do advogado, pude confirmar as comunicações recíprocas.

Acresce que não foram encontradas quaisquer impressões digitais na chave e apenas as da vítima na arma do crime. Quanto ao dinheiro, confirmei que tinha sido levantado pela vítima, numa agência bancária, no dia anterior.

Os amigos do sobrinho da vítima confirmaram os movimentos por ele descritos, assim como o atendimento do telefonema por volta das dez e um quarto, embora ninguém tenha ouvido qualquer toque de telemóvel, e a sua chegada antes das onze horas. Os empregados dos bares confirmaram a passagem dos dois homens pelos respectivos bares, mas não conseguiram precisar a hora, para além de “entre as dez e as onze”. Na moradia, habitavam apenas o tio e o sobrinho, embora, entre as 8 e as 20 horas, contassem com os préstimos de um casal que tratava do seu interior e exterior. É sabido que os negócios da vítima estavam em queda nos últimos meses e que a relação entre tio e sobrinho não era a melhor, devido aos gastos excessivos do herdeiro único, actualmente desempregado.

– Não precisas de acrescentar mais nada! – exclamou Jartur Mamede, depois de escutar atentamente e sorrindo na direcção de Marcos Dias.

– Ah, é? Expõe lá, então, tintim por tintim, o teu raciocínio…

 

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SOLUÇÃO, de: Inspector Boavida

O Daniel de Braga, que já foi apenas Falcão, depois de ter sido Mac Jr. e Jomasacuma, e que agora é conhecido entre os seus amigos nortenhos da “tribo” policiária como o “tsunami do norte”, quis colocar à prova as reconhecidas capacidades dedutivas dos veteraníssimos Jartur Mamede e Marcos Dias. Inventou, para isso, uma estranha história policial que envolve um morto, um advogado e um jovem sobrinho da vítima. Juntou àqueles três protagonistas diversos personagens secundários, todos sem nome e muitos deles quase sem acção directa nos acontecimentos, e conduziu a narrativa de molde a fazer recair as suspeitas sobre o sobrinho da vítima. Foi de tal forma óbvia a tentativa de inculpar este protagonista que Jartur e Marcos “torceram o nariz”. Era tudo tão fácil, que eles ficaram logo “à coca”. Mas, vejamos como foi construída a história.

Tudo começou com um telefonema do advogado para a Polícia Judiciária. Ele tinha chegado à moradia da vítima à hora que haviam combinado, por volta das nove da manhã, tendo sido surpreendido por um rotundo silêncio quando bateu à porta do compartimento onde funcionava o seu escritório. Ia acompanhado pelo sobrinho da vítima, que lhe abriu a porta da moradia à chegada e com ele subiu até ao piso onde estaria o tio. O advogado bateu à porta do escritório por duas ou três vezes, mas sempre sem sucesso, tendo então resolvido ligar-lhe para o telemóvel. O toque da chamada ouviu-se do outro lado, mas o seu destinatário não atendeu. Tendo espreitado pelo buraco da fechadura, o sobrinho viu o tio recostado na cadeira da secretária numa posição pouco ortodoxa. Ambos concluíram que algo de grave teria acontecido.

Quando a polícia chegou, a porta do escritório continuava fechada. A chave estava habitualmente na posse do dono da casa e não havia conhecimento da existência de duplicados da dita. Não foi difícil deitar a porta abaixo. Os homens da PJ estranharam o facto do advogado e do sobrinho não terem arrombado a porta para melhor observarem a vítima, porque supostamente não tinham consciência da gravidade da situação. De facto, era incompreensível que eles não tenham forçado a porta, uma vez que não sabiam o que tinha realmente acontecido. Esta omissão poderia até ser utilizada contra eles, se um qualquer bom jurista quisesse acusá-los de crime por falta de prestação de auxílio a um cidadão em risco de vida. Na verdade, quando eles bateram à porta, a vítima ainda poderia estar viva e a necessitar de socorro emergente.

Mas, não. A vítima não estava viva quando o advogado e o sobrinho bateram à porta do seu escritório, naquela manhã. O médico legista concluiu que o homem falecera na noite anterior, entre as 22h00 e as 23h00. O cenário com que a brigada da Polícia Judiciária deparou indiciava que se estava perante um caso de suicídio. O ferimento denunciava que o tiro fora desferido a poucos centímetros do alvo: o temporal direito. A arma que havia disparado a bala fatal encontrava-se caída no chão, perto da vítima e do seu lado direito. Aparentemente, não havia nenhuma desarrumação no local. A porta, que fora encontrada fechada à chave, era o único acesso ao escritório. As janelas existentes situavam-se a uma grande distância do chão, no exterior. Delas avistavam-se um jardim e um lago de águas límpidas, a escassos metros dos muros da moradia.

Enquanto um dos homens da PJ se preparava para recolher os depoimentos do advogado e do sobrinho, os outros membros da brigada efectuaram uma busca por toda a casa. Nos aposentos do sobrinho foram encontrados a chave do escritório da vítima, um par de luvas e 50 mil euros. Estes achados suscitavam alguma perplexidade. Se o sobrinho fosse o criminoso, a presença do dinheiro justificar-se-ia, uma vez que o roubo poderia ter sido o móbil do crime. Mas, por que raio havia ele de esconder a chave (juntamente com as luvas!...)? A esta pergunta acrescentava-se uma outra: se tivesse sido ele o autor do crime, por que razão deixaria o escritório arrumado e a porta fechada? O mais natural seria que ele deixasse tudo desarrumado e as portas abertas (tanto a do escritório como a da rua), para fazer crer que o tio teria sido vítima de um assalto.

A primeira pessoa a depor foi o advogado. Ele morava perto, a pouco mais de vinte quilómetros, demorando cerca de vinte minutos a vencer aquela distância com o seu automóvel. Na noite anterior recebera um telefonema da vítima, convocando-o para uma reunião inesperada. Já passava das 22h00 quando saiu de casa. Ia a meio do caminho quando recebeu uma mensagem escrita, onde se lia que já não era necessária a sua presença em casa da vítima naquela noite, mantendo-se a reunião agendada para o dia seguinte. O advogado diz que aproveitou o facto de já estar na rua para tomar um copo num bar vizinho. Ainda não eram 23h00 quando regressou a casa, facto que a sua mulher obviamente confirmaria. O funcionário do bar, porém, confirmou a presença do advogado no estabelecimento, mas não conseguiu precisar a hora.

Apesar de o advogado não ter um álibi consistente para uma boa parte do período de tempo em que, segundo o médico legista, acontecera o crime, eram várias as circunstâncias que faziam crer que o causídico estava inocente. Impunham-se várias perguntas e esta seria a primeira: se ele tivesse de facto assassinado o seu cliente, por que raio não levara o dinheiro? Seria crível que ele deixasse as luvas e a chave do escritório nos aposentos do sobrinho da vítima, para o incriminar, mas não fazia qualquer sentido que deixasse por lá o dinheiro. Até porque, sendo ele o autor do homicídio, aparentemente não havia outro móbil que não fosse o roubo. Se não fosse o dinheiro a razão do crime, o que teria motivado tal acto? O que ganharia o advogado com a morte do seu cliente? Nada. Pelo contrário, perderia um cliente (para sempre!...).

No seu depoimento, o sobrinho da vítima também declarara a sua inocência. Na véspera estivera reunido com um grupo de amigos na casa um deles. Aquela reunião acontecia habitualmente na primeira quarta-feira de cada mês, por volta das 21h00, e estivera marcada para uma casa das proximidades. Naquela quarta-feira, porém, a companheira do amigo que havia de os receber estava de mau humor, pelo que tiveram que improvisar a reunião à última da hora, numa casa localizada a mais de trinta quilómetros. Já passava das 22h00 quando o sobrinho da vítima recebeu uma chamada telefónica. Nenhum dos amigos ouviu o telemóvel tocar. Apenas o ouviram falar ao telefone. Este facto podia ser facilmente explicado se o rapaz tivesse o telemóvel em silêncio e encostado ao corpo, de forma a poder sentir a vibração do aparelho.

No telefonema, o tio pediu-lhe que se encontrasse com ele, a fim tratar de um assunto de seu interesse. Como o local indicado era próximo da casa onde decorria a reunião, acedeu de imediato. Disse aos amigos que ia tratar de um assunto rápido e saiu. Segundo estes, seriam 22h15. Quando chegou ao sítio combinado, estacionou o carro e ficou à espera. Havia um bar por perto e resolveu entrar. Sentou-se num sítio de onde podia observar o local do encontro. Cansado de esperar, resolveu voltar para junto dos amigos. Quando já estava dentro do carro, com as chaves na ignição, foi surpreendido por dois estranhos que o puxaram para fora da viatura. Sob a ameaça de uma faca, foi despojado do casaco, onde tinha a carteira, o telemóvel e outros pertences. Felizmente, a chave havia ficado no carro, que, estranhamente, os meliantes não levaram.

O empregado do bar confirmou que o rapaz havia estado por lá naquela noite, mas não se lembra que horas eram quando ele chegou e quando saiu. Os amigos afirmam que ele regressou à casa onde decorria a reunião antes das 23h00. No espaço horário que medeia entre as 22h15 (quando saiu da casa dos amigos) e as 23h00 (quando regressou) seria quase impossível que o sobrinho da vítima tivesse tempo de ir tomar um copo a um bar, de se deslocar à moradia onde vivia, assassinar o tio, esconder o dinheiro, as chaves e as luvas no seu quarto e voltar para junto dos amigos. As duas casas ficam a uma distância de “uns bons trinta quilómetros” (leia-se: a mais de 30 kms…), o que significa que o rapaz teria feito uma viagem de 60 quilómetros em menos de quarenta e cinco minutos, de noite, e ainda tivera tempo suficiente para “visitar” um bar.

Como diria o nosso ex-“primeiro” Guterres, bastaria fazer as contas para afastar o sobrinho de todas as suspeitas. Mesmo não se conhecendo as estradas que ligam as duas casas (da vítima e do amigo do sobrinho), poder-se-ia admitir que uma distância de 60 quilómetros se consegue vencer a uma média horária de 90 km (o que já é uma velocidade considerável para uma viagem nocturna numa via não-rápida), o que equivale a 40 minutos de tempo gasto. Se a este tempo se somar cerca de (apenas) 5 minutos para cometer o crime e mais outros tantos 5 minutos para tomar o copo no bar, chegar-se-á à conclusão de que o rapaz teria gasto 50 minutos em toda esta “operação”. Ou seja, ele nunca poderia ter chegado a casa do amigo onde decorria a reunião antes das 23h00 como se confirmou ter acontecido através dos depoimentos recolhidos.

Sublinhe-se, entretanto, que estes cálculos pressupõem que as estradas percorridas pelo sobrinho da vítima permitiriam a circulação de viaturas automóveis a uma média bastante mais elevada do que aquela que o advogado consegue atingir para vencer os 20 quilómetros que separam a sua casa da moradia do seu cliente. No caso do advogado, recorde-se que ele demorava cerca de 20 minutos a percorrer 20 quilómetros, o que significa que teria de circular com o seu automóvel a uma velocidade média de 60 km/hora. Ou seja, partindo do princípio de que os caminhos são idênticos (uma vez que a acção decorre basicamente no mesmo espaço territorial), o sobrinho da vítima teria demorado cerca de uma hora a percorrer por duas vezes (ida e volta) a distância que separa a casa onde decorria a reunião e a moradia onde ele vivia com o tio.

Faz algum sentido que o sobrinho da vítima tenha desencorajado os amigos no impulso de partir no encalço dos meliantes que o atacaram, uma vez que muito dificilmente seriam bem sucedidos nessa empresa e, por outro lado, se os alcançassem, decerto que a noite acabaria da pior maneira, uma vez que a violência gera violência. O que não faz qualquer sentido é que os assaltantes se tenham limitado a roubar o casaco de couro, a carteira e o telemóvel do rapaz, uma vez que o carro estava por lá à sua mercê… com a chave na ignição. O facto dos meliantes não terem levado o automóvel parecia indiciar que eles queriam que o rapaz não tivesse provas de que o assalto acontecera. Algo parecia indicar que o móbil daquele estranho assalto não tinha sido verdadeiramente a extorsão de bens. Qualquer coisa de bizarro se escondia por detrás daquele assalto.

Havia elementos mais do que suficientes para se poder ilibar o sobrinho de quaisquer suspeitas. O mesmo se pode dizer relativamente ao advogado. Recorde-se que, através dos registos dos telemóveis deste e da vítima, se confirmou que o advogado recebera uma chamada daquele às 22h14m02s e que às 22h20m27s recebera da mesma proveniência uma mensagem onde se dizia: “Mudança de plano. Falamos amanhã”. Sublinhe-se que também se confirmou que o advogado ligou para a vítima às 09h06m49s (chamada não atendida), que coincide com a hora a que ele diz ter telefonado para o seu cliente quando este não respondeu à sua chamada. No telemóvel foi com certeza encontrado o registo de um telefonema para a PJ, uma vez que não havia telefone fixo na moradia e o sobrinho havia sido despojado do seu telemóvel.

Ainda no que respeita à consulta feita ao telemóvel da vítima, convinha atentar na falta de registo relativo à chamada que aquele supostamente fizera para o sobrinho. Jartur e Marcos olharam um para o outro e sorriram, dando claramente a entender que tinham uma explicação para o facto. Eles estavam agora absolutamente seguros de que não se tratara de um crime de homicídio. A tese por eles defendida assentava em suicídio planeado com encenação de assassinato, visando claramente a culpabilização de uma pessoa. Entre a vítima e o seu sobrinho não havia uma relação que se recomendasse, e, por outro lado, os negócios do primeiro atravessavam um período complicado. Estas pareciam ser as razões que levaram a vítima (a partir de agora, suicida) a pôr termo à vida na noite da véspera, criando todas as condições para inculpar o seu sobrinho.

Durante o dia, o suicida levantou cinquenta mil euros da sua depauperada conta bancária, mandou fazer um duplicado da chave do seu escritório e… voltou para casa, onde pôs em prática toda a encenação do seu “homicídio”. Ele tinha conhecimento dos hábitos do sobrinho, pelo que sabia que naquela noite o rapaz estaria numa reunião de amigos, numa casa situada nas proximidades da sua moradia. Por outro lado, sabia que o sobrinho naquelas ocasiões usava normalmente o seu telemóvel no “modo” de silêncio, colocando-o num dos bolsos, junto ao corpo, de forma a sentir as suas vibrações caso alguém lhe telefonasse. Este facto servia perfeita e duplamente o macabro e maquiavélico plano do suicida: por um lado, ele podia telefonar para o sobrinho e, por outro, ninguém podia testemunhar que o telefone tocara.

O suicida ligou então para o sobrinho e pediu que se encontrasse com ele num lugar distante, curiosamente perto da casa onde acabara por se realizar a reunião de amigos naquela noite. Facto que o suicida desconhecia!... Entretanto, o suicida já havia telefonado para o seu advogado, convocando-o para um encontro de emergência. Breves instantes depois de ter ligado para o sobrinho, o suicida enviou, então, uma mensagem escrita para o advogado, cancelando a reunião. Perguntar-se-ia quais seriam as razões que determinaram que esta comunicação não fosse feita de forma oral, como a primeira. E a resposta parecia muito simples: o suicida queria deixar no ar a dúvida quanto ao verdadeiro emissor daquela mensagem, uma vez que uma qualquer pessoa que tenha acesso a um telemóvel activado pode enviar uma mensagem em “nome de outrem”.

Depois de enviada a mensagem para o advogado, o suicida “escondeu” o dinheiro, as luvas e a chave do escritório no quarto do sobrinho. “Trancou-se” depois no escritório, utilizando para o efeito a chave que havia mandado fazer. Atirou a chave para o lago existente no exterior, que se encontrava a poucos metros da moradia, e sentou-se à secretária. Antes de disparar a arma sobre si, o suicida ter-se-á questionado se os dois malfeitores que havia contrato para assaltar o sobrinho cumpririam exactamente o que estava aprazado. Ou seja, eles não podiam deixar marcas do assalto e teriam que ficar com o telemóvel do sobrinho. Era absolutamente necessário que ninguém tivesse acesso ao registo da sua chamada feita para o sobrinho. Por sua vez, ele apagaria o registo daquela mesma chamada do seu próprio telemóvel. E lá partiu ele para o outro mundo.

O suicida acreditou que a polícia interpretaria o dinheiro “escondido” nos aposentos do sobrinho como o móbil do “homicídio”; que consideraria as luvas como “ferramenta” de trabalho para impedir que as impressões digitais do rapaz ficassem inscritas na arma assassina; e que entenderia a chave como meio facilitador de acesso ao local crime. Segundo o suicida, a polícia não teria dúvidas em considerar a história do assalto uma grande mentira e chegaria facilmente à conclusão que o rapaz teria abandonado a reunião com os amigos para o eliminar, com a desculpa de um compromisso de última hora imposto pelo tio através de uma chamada telefónica que ninguém ouvira. O suicida havia pensado tudo ao mínimo pormenor, mas esqueceu-se de que não há crimes perfeitos. Sobretudo quando eles são muito óbvios e os imprevistos acontecem…

Estava tudo muito limpo e arrumadinho, portas fechadas, luzes apagadas (não havia referência a luzes acesas e o caso verificou-se durante a noite…) e aconteceu um imprevisto: a mulher do amigo que havia de ser o anfitrião da noite não estava para aturar a rapaziada e a reunião acabou por ter lugar a 30 quilómetros de distância. E foi curiosamente para esses lados que o suicida mandou o sobrinho e os “assaltantes” contratados. Ele havia “enviado” o sobrinho para um sítio longe para que ele se ausentasse da reunião durante um bom período de tempo e não tivesse álibi para a hora da sua morte. Os meliantes chegaram atrasados porque o sobrinho estava mais perto do que se julgava. Mas fizeram tudo como o mandante havia determinado… e deixaram o carro e as chaves para que o rapaz pudesse voltar para casa onde decorria a reunião.

Mas o mais importante era que o sobrinho ficasse sem o seu telemóvel, que levou sumiço. E este pormenor não escapou ao “faro” policial de Jartur e Marcos Dias. Para eles, o assunto ficaria definitivamente esclarecido com uma consulta à “operadora” do telemóvel do suicida, onde decerto se confirmaria a chamada feita por este para o telemóvel do sobrinho. Perante o ar estupefacto de Daniel Falcão, eles atiraram-se a um bloco de apontamentos que os acompanha permanentemente e rabiscaram a solução devida ao problema engendrado pelo “miúdo” de Braga. O “relatório” reproduzia tudo o que atrás foi dito, com uma exclamação final: ”SUICÍDO, dizemos nós!” O “tsunami do norte” estava pasmado a ler as várias folhas escritas pelos seus veteranos amigos. Meio incrédulo com tanta mestria, só conseguiu balbuciar: “É pá, está tudo… cá”.

 

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SOLUÇÃO, de: Daniel Falcão (AUTOR)

À primeira vista, parece não haver dúvidas sobre a culpabilidade do sobrinho da vítima. Nenhum dos amigos escutou o toque do telemóvel, apenas se aperceberam que ele teria estado a falar com alguém. Ele poderia ter saído de casa do amigo, ter-se dirigido à moradia do tio, ter entrado (possui a chave, naturalmente), ter-se dirigido ao escritório (calçando previamente as luvas) e ter assassinado o tio. Em seguida, poderia ter ido buscar os maços de notas, ter saído do escritório, ter fechado a porta à chave, ter escondido as notas na caixa de sapatos, ter escondido a chave e as luvas na gaveta e ter saído. Por fim, poderia ter regressado à casa do amigo, passando pelo bar onde tomara uma bebida, poderia ter contado a história do assalto e, porque este não acontecera, demovera-os de ir atrás dos meliantes.

Talvez as coisas pudessem ter acontecido como acabei de descrever. Todavia, há nesta versão dos acontecimentos algumas coisas estranhas. Se possa ser, de certo modo, compreensível que ele tenha escondido as notas no seu quarto, já não se compreende por que foi ele lá guardar a chave do escritório e as luvas. Ademais, se pretendia roubar o tio, porque foi ele fechar a porta do escritório, quando, em vez disso, a podia ter deixado aberta, bem como a porta de entrada da moradia, para dar a ideia de que o tio tinha sido vítima de um assaltante (e porque não desarrumou um pouco o escritório)?

Se bem que não apenas pelas razões apontadas, imediatamente afastei o sobrinho da minha lista de suspeitos. Das personagens conhecidas, aparece-nos outro candidato a homicida – o advogado. Este também teve oportunidade e não tem álibi para uma parte do período apontado pelo médico legista. Mas, se assassinou o cliente e colocou a chave e as luvas no quarto do sobrinho da vítima para o incriminar, por que razão não levou com ele o dinheiro? É caso para perguntar: o que ganhou ele? Parece-me que nada e, pelo contrário, perdeu um cliente.

Não sendo expectável o envolvimento de qualquer outra personagem, restava-me uma última hipótese: a vítima ter-se suicidado e incriminado o sobrinho. Não existindo uma boa relação entre os dois e estando os seus negócios em iminente ruína, decidiu deixar-lhe em herança… a cadeia. E talvez o estivesse a ajudar, pois já não precisaria de procurar emprego…

A vítima teria decidido, com antecedência, suicidar-se naquela noite. Sendo conhecedor dos hábitos do sobrinho, sabia que ele ia estar em casa do amigo que morava mesmo ali ao lado e sabia que, nas reuniões em que participava, ele desligava sempre o som do telemóvel, embora o colocasse no bolso da camisa onde sentiria as suas vibrações.

Possivelmente durante a tarde daquele dia, a vítima fora levantar os 50 mil euros ao banco, fora buscar o duplicado da chave do escritório que mandara fazer e contactara dois marginais para estarem em determinado lugar e em determinada hora, onde iria aparecer o sobrinho e a quem deveriam roubar o telemóvel e o mais que quisessem, excepto as chaves e o automóvel, para que ele pudesse regressar. Deve ter-lhes adiantado uma pequena quantia e pagar-lhes-ia a parte mais avultada depois do serviço concluído, garantindo assim que os meliantes cumpririam o contratado e ficariam à espera do pagamento.

Naquela noite, já sozinho, com o sobrinho e os empregados fora de casa, entrou no quarto do sobrinho, colocou os 50 mil euros na caixa de sapatos dentro do guarda-fatos, enfiou a chave do escritório (a original) e as luvas no fundo da gaveta da roupa interior e regressou ao escritório. Fechou a porta com a cópia da chave, abriu uma das janelas e lançou a chave pela janela garantindo que cairia dentro do lago (ali a uma escassa dezena de metros). Claro que também poderia ter realizado estas acções já depois dos telefonemas.

Chegara o momento dos telefonemas: às 22h14, ligou para o advogado, convocando-o; logo a seguir, ligou para o sobrinho, combinando o encontro; às 22h20, enviou a SMS ao advogado, cancelando a convocatória. Talvez tivesse aguardado alguns minutos, imaginando o sobrinho a caminho do local do encontro e, após lá chegar, a ser assaltado. Chegou a hora! Apagou a luz (tudo aconteceu num período nocturno e não há qualquer referência a luzes acesas) e desferiu o tiro fatal.

Mas o imprevisível aconteceu! A companheira do amigo que devia receber a reunião daquela noite obrigou-os a transferirem-se para uma outra casa, a trinta quilómetros de distância e, curiosamente, perto do local para onde fora chamado o sobrinho da vítima. A intenção da vítima era enviar o sobrinho para longe, de modo que ele não tivesse qualquer álibi para a hora da morte e, com o roubo do telemóvel, ele não teria forma de provar que o tio lhe tinha ligado. Além do mais, ele próprio teria eliminado do seu PDA o registo do telefonema que fizera ao sobrinho; daí esse registo não ter sido encontrado. Aquelas dezenas de minutos que demoraria a ida e a volta iriam mostrar à polícia que provavelmente ele tinha encenado aquela história e, em vez disso, fora assassinar o tio. Até o envio do SMS ao advogado não foi inocente: repare-se que a convocatória foi feita com uma chamada de voz, claramente identificada, enquanto o cancelamento foi feito por SMS, logo, por qualquer pessoa, ou seja, poderia ter sido enviado por alguém que descobrira que o advogado vinha a caminho.

Afinal, o sobrinho da vítima não estava ali ao lado, mas bastante próximo do local do encontro. Foi por essa razão que os assaltantes demoraram, já que o período de tempo que devia demorar a viagem tinha sido largamente encurtado ou praticamente anulado.

Poderia o sobrinho ter assassinado o tio? Para responder a esta questão, irei fazer alguns cálculos: se os trinta quilómetros entre as duas casas fossem percorridos a uma velocidade média de cem quilómetros horários seriam necessários 18 minutos. É verdade que desconheço as características das vias de ligação, mas parece-me que a velocidade estimada já é muito elevada. Nesta situação, a ida e a volta demorariam 36 minutos. Se a isto somarmos o tempo para o homicídio e a passagem pelo bar (confirmado pelo empregado) ficaríamos, na melhor das hipóteses, em cima das onze horas. Possível, mas pouco provável.

Uma consulta, mais tarde, ao operador do serviço de telemóvel confirmaria a chamada desaparecida e ilibaria o sobrinho.

 

 

Luís Rodrigues – RO - 29 Fevereiro, 2024 - 17:13h

***** DANIEL FALCÃO, sorridente, não era caso para menos, recebe das mãos do INSPECTOR FIDALGO, mais um sumptuoso TROFÉU, das suas brilhantes e inolvidáveis conquistas no "POLICIÁRIO" do Jornal PÚBLICO!! Desde os finais dos anos 90, século passado e durante a primeira vintena de anos deste novo século (1999/2017) DANIEL FALCÃO esteve imparável e bastante vitorioso em variadas frentes... triunfar em Campeonatos Nacionais, Taças de Portugal, Policiarista do Ano, ser o N.º 1 em Rankings do Público-Policiário, Melhores Soluções, tudo isto no "POLICIÁRIO" do Jornal "PÚBLICO" sob a batuta mestral do "Inspector Fidalgo", entre conquistas noutros Torneios Policiários em outras Secções... era "o pão de cada dia" de um excepcional CULTOR DO POLICIÁRIO! Certamente que "amassar o pão com o suor do rosto" foi o seu lema POLICIÁRIO e estes registos são certezas que ninguém pode olvidar!!

DANIEL FALCÃO (José Machado) e INSPECTOR FIDALGO (Luís Pessoa) são os CULTORES DO POLICIÁRIO... justamente HOMENAGEADOS em Problemística Policiária no Blogue do "Repórter de Ocasião" durante este ano de 2024!!

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/2024/01/o-misterioso-desaparecimento-de-uma.html

Saudações Policiárias.

O Gráfico

 


 

O DESAFIO DOS ENIGMAS

16 de Agosto de 2017

Campeão Nacional é o Autor do novo Problema Policiário

O problema que constitui a Prova nº. 7 do Torneio Policiário 2017 é da autoria de um dos nossos mais distintos policiaristas, com um currículo verdadeiramente invejável, de seu nome Daniel Falcão. Foi, no entanto, como Jomasacuma que este nosso confrade apareceu pela primeira vez no Policiário, em 1980, através da secção “Mistério… Policiário” da revista Mundo de Aventuras, orientada pelo saudoso Sete de Espadas. E foi este, aliás, que o dissuadiu de usar nome “tão complicado”, tendo passado então a ser, a partir de 1983, Mac Jr., pseudónimo que acabaria por dar lugar a O Falcão entre 1992 e 1995, com o aparecimento do PÚBLICO-Policiário. Mas eis que, após um breve interregno, O Falcão findou e nasceu DANIEL FALCÃO, atual Campeão Nacional, vencedor da Taça de Portugal, líder das Melhores Soluções, primeiro classificado na tabela de Policiarista do Ano e n.º 1 do Ranking, competições na vertente de decifração realizadas pela secção Policiário do jornal PÚBLICO. A estes galardões de 2016, juntam-se os mais variados troféus conquistados ao longo de 37 anos de atividade quase ininterrupta, onde se incluem também diversos prémios relativos à produção de enigmas, vertente que tem experimentado com menos regularidade mas sempre com um enorme sucesso.

 

Onairda - Zé - Daniel Falcão - Inspetor Boavida - Inspector Aranha

TORNEIO POLICIÁRIO 2017

Prova n.º 7

“Um Enigma…”, de Daniel Falcão

 

As nossas reuniões (quase) quinzenais ocorriam na primeira e terceira sexta-feira de cada mês. Cada reunião, em que imperava sempre a sã camaradagem e a salutar troca de ideias, estava organizada em três partes distintas. Na primeira parte, a nossa atenção concentrava-se em mais um majestoso jantar em que os pratos regionais portugueses, acompanhados por prodigiosos vinhos, são reis. Findo o jantar, era chegada a ocasião dos digestivos. Nesta segunda parte da reunião, a acompanhar os digestivos propriamente ditos, era tempo de centrar a atenção na decifração do mistério que havia sido proposto no final do jantar anterior. Refira-se, de passagem, que este período, em muitas ocasiões, era repleto de verdadeiros momentos “antidigestivos”. Cabia a cada confrade, periodicamente, a preparação de um mistério a apresentar durante a reunião, o qual deveria ser (ou tentar ser) decifrado por todos os restantes elementos. Por fim, na sua última parte, a reunião terminava com a apresentação, ou leitura, do mistério do dia que iria perdurar até à reunião seguinte.

Assim chegamos ao momento da reunião em que, volvido o jantar e o profuso debate em torno do mistério que havia sido posto em cima da mesa na reunião anterior, vos vou contar o mistério que preparei para esta ocasião.

Estava eu na minha visita de rotina a um alfarrabista conhecido, quando reparei que, embora muito discretamente, ele me chamava a atenção.

– Pode chegar aqui ao meu escritório? – perguntou-me, quase sussurrando.

O escritório, ou melhor, o que ele chamava de escritório, era um pequeno cubículo de quatro metros quadrados, com uma cadeira e uma secretária repleta de livros, uns com aspeto se derem bastante antigos, outros bem mais recentes.

– Senta-se nessa cadeira, por favor – disse ele, enquanto abria a gaveta central da secretária com a chave que tinha acabado de tirar do bolso das calças.

Depois de algum tempo, pouco por sinal, a rebuscar na gaveta, espetou-me, literalmente, nas mãos, três manuscritos que pareciam ser muito, mas mesmo muito, antigos.

Numa primeira observação, reparei que, enquanto um deles estava escrito em português, embora num português diferente do que usamos nos dias de hoje, os restantes estavam escritos em francês, um deles, e em inglês, o outro.

Naturalmente, comecei por ler o que estava escrito em português. Em seguida, iniciei a leitura do manuscrito escrito em francês. Muito antes de concluir a leitura, surpreendido, voltei a olhar para o manuscrito em português e, de imediato, comecei a ler o manuscrito escrito em inglês. Estava verdadeiramente espantado! Findas as leituras cheguei, como é óbvio, à conclusão a que havia chegado o alfarrabista. O conteúdo dos manuscritos era rigorosamente o mesmo, com exceção do idioma em que foram escritos e das datas que identificavam o momento e o local em que haviam sido redigidos. Olhei para o alfarrabista, ele olhou para mim e, com curiosidade, questionou:

– Qual é a sua opinião sobre os manuscritos?

Deixem-me acrescentar que as letras dos manuscritos eram muito semelhantes, assim como as assinaturas que os encerravam. A diferença mais notória entre eles marcava presença na primeira linha: o manuscrito redigido em português, começava por “Lisboa – Domingo, 17 de Outubro de 1582”; enquanto o que estava redigido em francês, iniciava-se por “Paris – Domingo, 25 de Novembro de 1582” (em francês, claro); e, por fim, o manuscrito escrito em inglês, apresentava “Londres – Domingo, 30 de Dezembro de 1582” (em inglês).

A curiosidade do alfarrabista, como podem aperceber-se, devia-se ao facto de ele não ter a certeza de estar perante manuscritos, potencialmente, verdadeiros. A curta conversa que tivemos em seguida permitiu dissipar as suas dúvidas.

O que o autor quer que nos diga, atendendo aos elementos conhecidos, é se:… a) Apenas a data do manuscrito redigido em Lisboa está correta; b) Apenas a data do manuscrito redigido em Lisboa está incorreta; c) Ambas as datas dos manuscritos redigidos em Lisboa e em Paris estão corretas; d) Todas as datas dos manuscritos estão corretas.

 

 


Solução de:

UM ENIGMA…

Daniel Falcão

 

Eis chegado o momento de, cada comensal, confirmar ou infirmar a respetiva escolha. Assim, a alínea correta é a:

d) - Todas as datas dos manuscritos estão corretas.

A decifração do mistério resultará do conhecimento de quando foi abandonado, nos Estados a que as cidades em causa pertencem, o Calendário Juliano (com origem na época de Júlio César) e, consequentemente, implementado o Calendário Gregoriano (pelo qual nos regemos na atualidade).

O Papa Gregório XIII com o intuito de corrigir alguns problemas originados pelo calendário em vigor na época sendo o principal a determinação do dia da Páscoa e no seguimento de diversas propostas para o reformar, publicou em 24 de fevereiro de 1582 a Bula Papal Inter Gravissímas que estabelecia a Reforma Gregoriana.

Um dos aspetos da Reforma Gregoriana consistiu em omitir dez dias do calendário, tendo sido decretado que à quinta-feira, 4 de outubro de 1582, se seguiria a sexta-feira, 15 de outubro de 1582 (sexta-feira, 5 de outubro de 1582, segundo o Calendário Juliano). O Calendário Gregoriano foi imediatamente adotado nos Estados católicos de Itália, Portugal, Espanha e Polónia. A França adotou o novo calendário um pouco mais tarde, isto é, apenas ao dia 9 de dezembro de 1582 (domingo, segundo o Calendário Juliano) se seguiu o dia 20 de dezembro de 1582 (segunda-feira). A Inglaterra e os restantes Estados protestantes só viriam a adotar o Calendário Gregoriano muito mais tarde, em pleno século XVIII, em setembro de 1752.

Explicados os factos que sustentam a solução do mistério, facilmente nos apercebemos que o dia 17 de outubro de 1582 (já Gregoriano) em Portugal (Lisboa) caiu a um domingo. Em França (Paris) o dia 25 de novembro de 1582, com o Calendário Juliano ainda em vigor, caiu também a um domingo (neste dia, em Portugal, estava-se já a 5 de dezembro de 1582, no Calendário Gregoriano).

Finalmente, em Inglaterra (Londres) o dia 30 de dezembro de 1582 (no Calendário Juliano) também caiu a um domingo (neste mesmo dia, em Portugal e em França, estava-se já a 9 de janeiro de 1583).

Como era previsível, a larga maioria dos comensais confirmou a respetiva escolha...

 


 

CLUBE DE DETECTIVES

Foi no dia 14 de Dezembro de 2000 que apareceu uma página na internet que se assumiu, desde logo, como um espaço de debate, de divulgação e de amizade, tendo como pano de fundo o Policiário.

Chamava-se, nessa altura, DESAFIOS POLICIÁRIOS e o seu mentor era um “detective” com créditos firmados, pela sua enorme qualidade como decifrador e como produtor de enigmas, bem como de dinamizador de todas as actividades deste passatempo: DANIEL FALCÃO.

Inicialmente perseguia o objectivo de divulgar os enigmas policiários que eram publicados nas diversas secções existentes, criando um excelente arquivo de problemas e respectivas soluções, mas cedo se transformou em algo maior, acompanhando os torneios, os resultados de cada prova, as diversas classificações, ao momento, permitindo que cada “detective” saiba exactamente qual a sua posição.

Os DESAFIOS POLICIÁRIOS deram lugar ao CLUBE DE DETECTIVES, mas mantiveram-se e aprofundaram-se os objectivos e a qualidade.

No próximo dia 14 de Dezembro, milhares de confrades espalhados um pouco por todo o lado, vão cantar os parabéns e fazerem votos de longa vida!

Escreveu: Crime Público: LP


 


Quem somos?

Um sítio na Internet, que data de 14 de Dezembro de 2000, nascido com o objectivo central de divulgar os Desafios Policiários publicados ao longo de mais de meio século, em secções orientadas por diversos policiaristas difundidas em revistas e jornais. O sítio começou por denominar-se DESAFIOS POLICIÁRIOS e estava alojado em http://7mares.terravista.pt/daniel-falcao e depois também em http://danielfalcao.no.sapo.pt.

Por razões de origem diversa, foram publicados apenas 11 problemas. Iniciamos com «O Caso de Ontem à Noite», primeiro original publicado em Portugal (30 de Novembro de 1944), de Repórter Mistério; e continuamos com outros problemas publicados nas secções «Mistério e Aventura» e «Enigma» em «A Vida Mundial Ilustrada». Interrompemos esta actividade a 31 de Março de 2001.

O que quisemos?

Fazer mais e melhor! E, por isso mesmo, atravessamos uma fase (contínua) de amadurecimento deste nosso projecto.

Em primeiro lugar, achamos que seria uma boa ideia aproveitar este espaço para divulgar e acompanhar o Campeonato Nacional 2002/2003 (de Decifração de Problemas Policiários) que estava a ser levado a cabo na secção dominical Policiário, no jornal Público, orientada por Luís Pessoa.

Por esta razão, passamo-nos a considerar, desde o dia 5 de Outubro de 2002, um sítio não oficial da secção Público-Policiário. Decidimos, então, apresentar os problemas que compunham o Campeonato Nacional e as respectivas soluções. Decidimos, também, que não iríamos transcrever o conteúdo integral das secções, nem publicar classificações. Rapidamente, alteramos o sentido desta última decisão e passamos a ser o elo de ligação entre os concorrentes e as respectivas classificações. Como passo seguinte, abandonámos o alojamento emprestado e autonomizámo-nos em

http://danielfalcao.net.

O interesse pelo sítio demonstrado pelos nossos visitantes/detectives levou-nos a acompanhar de muito perto tudo o que se ia publicando sobre policiário. De tal forma que, no dia 2 de Outubro de 2006, quando se aproximava a comemoração do nosso sexto aniversário, dando seguimento à dinâmica que desejamos sempre presente, decidimos renovar o nome do sítio e adoptamos a denominação CLUBE DE DETECTIVES. Inicialmente, continuaram a encontrar-nos em

http://danielfalcao.net,

mas a partir do dia 12 de Novembro de 2007 passaram a poder visitar-nos também em

http://clubededetectives.net.

Uma outra data importante deste sítio foi o dia 12 de Outubro de 2003. Foi a partir desse dia que passamos a abrir com o

Olá, Amigos! Muito bom-dia… boa-tarde… ou boa-noite, segundo o momento do dia que tiverem para nos dedicar

homenageando a pessoa que nos trouxe para o Policiário, há muitos, muitos anos. Desde essa data que SETE DE ESPADAS, decano do Policiário, e a sua conhecida expressão de abertura das secções que superiormente orientou, passou a estar indelevelmente associado a este espaço.

Hoje, dia 15 de Setembro de 2008, renovamos as páginas de entrada do CLUBE DE DETECTIVES, colorindo-as e dando um merecido relevo ao logótipo produzido pelo confrade ONAÍRDA, que nos irá acompanhar nas semanas vindouras.

Continuem connosco, divirtam-se e… boas decifrações!...

15 de Setembro de 2008

Daniel Falcão

 

ESTÁVAMOS EM 2008,

AGORA EM 2015 (no dia 13 de Março)

MUITA COISA MUDA,

MAS O OBJETIVO PRIMORDIAL PERMANECE VIVO!

 


 

Domingo, 24 de Janeiro de 2010

O Torneio 2000 foi um marco, em termos de competitividade e encontrou mais um verdadeiro “campeão” do nosso passatempo: Daniel Falcão.

Este confrade, residente em Braga, “pulverizou” toda a concorrência e fez o pleno: sagrou-se vencedor do Torneio 2000, foi Policiarista do Ano e terminou a época como N.º 1 do Ranking!

POLICIÁRIO – Luís Pessoa

 

FIM ANUNCIADO

“Crime Público – 24 de Janeiro de 2010

Chegou ao fim a aventura dos “3 ZÉS” no Mundo dos Passatempos, como estava previsto e no dia 15 saiu a última secção no jornal regional O Almeirinense.

Escreveu o confrade Daniel Falcão no seu sítio CLUBE DE DETECTIVES que “o término de um torneio é sempre ardentemente desejado pelos concorrentes. Já o término de uma secção é um acontecimento ao qual nunca desejamos assistir. Mas quando o empenho de uns, não cativa o empenho de outros, a vida de uma secção torna-se necessariamente efémera.”

No final do Torneio de Homenagem a A. Raposo, o sabor amargo de uma vitória indiscutível estava patente nas palavras de Daniel Falcão.

Classificação final do Torneio A. Raposo

1.º Daniel Falcão; 2.º Detective Jeremias; 3.º Cloriano Monteiro de Carvalho, todos com a máxima pontuação, sendo desempatados pelo desempenho nas melhores soluções.

4.º Rip Kirby; 5.ºs Búfalos Associados e Inspector Boavida; 7.º Avlis e Snitram, todos com 49 pontos.

8.º Dr. Gismondo; 9.ºs Alce Branco, Danielux, Karl Marques e Mister H, todos com 48 pontos.

13.º Medvet – 46 pontos; 14.º Bernie Leceiro – 42, 15.º Inspector Pi – 41.

Uma boa competição, com vencedor justo, uma homenagem bem merecida, com um travo amargo pela despedida de um espaço onde o Policiário brilhou a grande altura.

Até breve?


O Gráfico (RO)

Blogue RO – 22 de SETEMBRO de 2024

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 

 

TERTÚLIA POLICIÁRIA DO NORTE (TPN)

 

O GRÁFICO e MAC JR. JUNTOS NUM CONVÍVIO EM LISBOA - 1987

MAC JR. NUM CONVÍVIO EM ALMADA

Zé Maio - Ric Hochet II - LP - Mac Jr.

Mac Jr. em Lisboa




1 comentário:

Os seus comentários são bem-vindos. Só em casos extremos de grande maldade e difamação é que me verei obrigado a apagar.