🔎 Memórias do Policiário – 078 🔍
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Gráfico 🕵️
Memórias do Policiário – 078
O Detective/Zona A-Team
“O ROSTO DOS MESTRES”
= 📜 Secção Histórica =
19 de Abril de 1996
Lima Rodrigues
19 de Abril de 1934
♱ 12 de Agosto de 2025 ♱
78 EDIÇÕES das Memórias do Policiário – O Gráfico SETENTA E OITO (7+8) que se completam com esta edição e, como sempre, com os indispensáveis anexos de “PEGADAS” que as acompanham e contemplam, vamos recordar, através da secção Policiária “O DETECTIVE/ZONA A-TEAM”, inserida no JORNAL DE ALMADA de 19 de Janeiro de 1990 até 2 de Maio de 1997, uma HOMENAGEM prestada ao consagrado LIMA RODRIGUES, por alturas do seu 62.º Aniversário... estávamos a 19 de Abril de 1996.
SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.
* O POLICIÁRIO também se fez notado e se emancipou, tornou-se fraterno, bastante sério, familiar, único (!) e exemplar, valorizando-se, magistralmente e inequivocamente, repleto de entusiasmo, criatividade, perseverança e talento, graças à generosa participação, amizade e dedicação do ícone e consagrado Policiarista LIMA RODRIGUES!
LIMA RODRIGUES
FAZ HOJE 62 ANOS
Ao António Ernestino de LIMA RODRIGUES, os nossos sinceros PARABÉNS!
Apelidado de «Homem-Short-Story» pelos seus escritos ao longo de uma carreira com 50 anos de actividades Literário-Policiais, natural de Torres Vedras, nascido a 19 de Abril de 1934, Lima Rodrigues publicou o seu 1.º conto, com apenas 12 anos de idade no Jornal da Mocidade Portuguesa intitulando-o de «A Sorte do Assassino». Entre a vasta obra que produziu e dinamizou o "Detective/Zona A-Team", escolheu para publicar, hoje, nesta sua página de aniversário um conto, considerado, ainda pelo próprio Autor, de longe o seu melhor... trata-se de «Ao Luar, na Lezíria» como poderão apreciar.
Luís Rodrigues & Carlos Neves
“O Policiário, mais concretamente na sua vertente de Problemística Policiária, é uma arte cultural e um desporto mental que gera o desenvolvimento das “células cinzentas” e tem proporcionado ao longo dos anos, montanhas de camaradagem, entretenimento e convívio entre os seus praticantes! - O Gráfico
O ano fora mau. Já o outro o tinha sido. E houvera cheia.
Tem o trigo na eira. No bolso uma apólice, se o trigo ardesse…
Ninguém descobrirá. Ele é pessoa séria. Conhecida, importante. Quem pensará sequer em desconfiar? Ninguém desconfiará de ninguém. São coisas que acontecem. Coisas do destino: umas vezes ponta de cigarro outras, faúlhas das máquinas. São coisas que acontecem…
Consulta a sua consciência: consciência sem actos. Sem acções: só com necessidades…
E luta: faz… não faz; vai… não vai; a hipoteca, as letras… vai… faz; não vai… não faz; a hipoteca, as letras… vai!
E foi…
Arame farpado ladeando caminhos, separando negras feras, as feras dos homens. Chocalhos, soando, avisam incautos.
E chega…
A noite é serena. Há vida no ar: no som harmónio; na voz do fandango; do virado rodado. E o pó e a palha, a palha e o pó, ainda andam suspensos, bailando ao luar…
Chegou junto às medas. Tem os fósforos no bolso. Mete a mão e tira-os. Abre a caixa. Segura um. Vai riscá-lo… É contrabandista atravessando a fronteira: ao arder do fósforo, estará do outro lado. Do outro lado, no crime. As mãos tremem. Todo ele treme. Curva-se. Vai acender o fósforo…
Ouve uma restolhada. Assusta-se. Levanta-se. Volta-se. Numa mão, a caixa. Na outra, o fósforo. Horroriza-se. Treme mais. Fica sem forças. Sem fala. Reage. Corre. Foge…
Um arranque veloz. Uma corrida ligeira. E um negro vulto vai-se aproximando.
O homem reage. Reage outra vez. Pára e volta-se, enfrentando o monstro.
– Eh, touro! Eh, touro… Eh touro dum raio!…
Espera a pé firme, como em outros tempos. Que valentes touradas! Que rijíssimas pegas! Tudo águas passadas…
Ao luar, na lezíria, há beleza no drama. O homem e a fera, a fera e o homem. E a luta principia…
Cabeça com hastes em riste, com olhos luzindo, um corpo que a envolve; umas mãos que a agarram. Luta desigual; energias perdidas nos anos; pujança selvagem. Um corpo volteando no ar… queda desastrosa. Uma nova investida: mais outra marrada. E o homem no espaço, com o pó e a palha, a palha e o pó, parece dançar… e o sangue que se escoa é vida a fugir…
E surgem cavalos. Há pampilhos ao alto; barretes no ar. Há cintas vermelhas; jaquetas ao vento.
Os cascos martelam o árido solo. Chocalhos badalam mais perto em compacto desfile. A tarefa começa, prolonga-se, termina: cavalos cansados; chocas a arfar; rostos suando, que brilham na noite; e o touro assassino, com os chifres vermelhos, distribui marradas às guias: vingança do bruto!
– O Fidalgo morreu! – disse um maioral. – O «Bonito» matou-o!
– Uma morte feliz – outro acrescentou.
– Que há de melhor que a gente morrer nos cornos de um boi?…
Uma caixa caída. Um fósforo perdido. Manchas de sangue que secam no chão.
Ninguém desconfia. Ninguém descobrirá. Foi tudo o destino. Desastres que se dão. Coisas que acontecem…
E o pó e a palha, a palha e o pó, continuam suspensos, bailando ao luar…
✌👏🔎🎓📑 “Nada é eterno, inalterável, constante, tudo muda..., mas a resiliência do Policiário em Portugal, nascida em 1927 e eternizada por “SETE DE ESPADAS” (JOSÉ MANUEL PIEDADE THARUGA LATTAS”) em 1975, no meio de outros (descendentes) cultores -e são bastantes! -deste interessante, sublime e inquestionável desporto mental revelador de capacidades distintas intelectuais, é de todo mágica, fantástica e inolvidável e ainda estará longe o dia... em que cessará inequivocamente todo o seu dinamismo conversor, acima de tudo, deveras e de sobremaneira, de amizades longas e duradouras de vidas com paixão aliadas ao conhecimento, cultura e fraternidade! – O Gráfico (2023)
Natural de TORRES VEDRAS
- 19 de Abril de 1934 -
Estudou em Torres Vedras, onde praticou hóquei em patins (guarda-redes), futebol e atletismo. Foi guarda-redes da selecção de Santarém durante 13 anos. Exerceu ainda cargos directivos e de treinador. Foi ainda presidente da Federação Espírita Portuguesa.
Fundou em 61, com Domingos Cabral (Inspector Aranha), Celestino Santos (Inspector Kapa) e sua esposa (Mané), entre outros, a Tertúlia Policial Ribatejana que nos anos 60 teve uma actividade destacada na divulgação do policial.
Já em Lisboa, em Julho de 65, funda com Fernando Saldanha, sua mulher (Mané), Vítor Dimas, Luís Campos (Frank Gold), António Correia de Pinto (Capim) e Carlos Serra uma outra tertúlia com vista à publicação de uma Revista denominada “MAGAZINE POLICIAL E DE F.C.” cujo número 1 não chegou a ser publicado, mas que “Célula Cinzenta” apresentará em edição especial.
Este seu sonho só se concretizaria em Junho de 81 com o lançamento de "SELECÇÕES MISTÉRIO", revista de que saíram 8 números, acarretando-lhe um prejuízo de alguns milhares de contos, com todos os inconvenientes daí advindos.
Tem vasta obra publicada em jornais, revistas, antologias e livro ("HISTÓRIAS QUE EU NÃO CONTEI", com a 2.ª edição esgotada; antologia "TERRESTRES E ESTRANHOS”, colecção D.H. – n.º 2 e 3, "ABC POLICIAL" n.º 6, "MISTÉRIO MAGAZINE" – Ross Pynn, "UM HOMEM DO TEXAS" - com Ross Pynn e Jack Shane (Fernando Saldanha) -, etc).
Venceu vários concursos literários: V.º PROGRAMA (Rádio-Dr. Varatojo), por 3 vezes; contos de Natal (Rádio Ribatejo, 61) e alguns em Jogos Florais, destacando-se em 65 nos jogos Florais da Comissão de Turismo da Região de Leiria, etc.
Tem no prelo um novo livro de contos policiais inéditos, ainda sem título (possivelmente "HISTÓRIAS QUE EU CONTEI"). Foi ainda fundador da Editora “GALERIA PANORAMA” que divulgou grandes nomes da Literatura Policial e de Ficção Científica, até então desconhecidos no nosso país. Deu
particular atenção aos autores nacionais, tendo editado a 1.ª antologia de F.C. com 7 autores portugueses ("TERRESTRES E ESTRANHOS”. Realizou ainda o primeiro CONCURSO NACIONAL DE FICÇÃO CIENTÍFICA e editou edições especiais, só para membros inscritos, através da “Tertúlia do Livro”, estas duas iniciativas de colaboração com Natália Correia.
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Organizou recentemente dois convívios Policiários em Sobral de Monte Agraço, concretizados em duas jornadas gloriosas de Confraternização Policiária! Deu o total e máximo apoio, com a colaboração da Natércia Leite ao 1.º «Torneio dos Convívios», certame de mérito que englobou todas as Tertúlias Policiárias Nacionais.
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Com a devida vénia, este texto foi extraído, parcialmente da "Célula Cinzenta" n.º 34 (DEZ/92) da A.P.P.
https://inspectorfidalgo.blogspot.com/2024/01/monstros-sagrados-do-policiario.html#comment-form
Luís Rodrigues - RO (04 janeiro, 2024 15:09)
***** GRANDES! GRANDES!! M. Constantino, orgulhava-se de um dia, ter trabalhado em Almada, nas Finanças... no POLICIÁRIO deixou OBRA! Muito maior do que um "Monstro"! Um fenómeno, inigualável na Arte de recolha de documentação Policial! Lima Rodrigues, enorme Escritor especialista em "Short Story"... extraordinário Contista!
- O Gráfico
Lima Rodrigues lança
"A Casa Queimada"
na Póvoa de Santarém.
CORREIO DO RIBATEJO
Publicado a 11/05/2019
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| Com a devida vénia - Correio do Ribatejo - 11 de Maio de 2019 |
»»» O Confrade Domingos Cabral (Inspector Aranha) foi, sempre, um gentil e nobre AMIGO de Lima Rodrigues... apoiando-o, inclusive, na produção e divulgação das suas OBRAS!
O Gráfico (RO)
Blogue RO – 15 de AGOSTO de 2025
https://reporterdeocasiao.blogspot.com/
Sem dúvida um grande escritor e policiarista! Um homem bom e amigo✝️
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