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segunda-feira, 7 de agosto de 2023

*** MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 049 📝 Às Concorrentes Femininas -- Crónica de: O Gráfico

 🔎 Memórias do Policiário – 049 🔍

 

🕵️ O Gráfico

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/


📖 Crónica Policiária

Às Concorrentes Femininas👩

Opinião de: O Gráfico

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49 EDIÇÕES das Memórias do Policiário – O Gráfico para se recordar uma crónica do autor destas memórias sobre os tempos de ouro do Policiarismo Português, desde que surgiu o “Mistério Policiário” do “Sete de Espadas” (Mundo de Aventuras) em 1975 e as concorrentes femininas, a princípio, com pouca notoriedade, mas depois, nos finais dos anos 80, já ocupavam um lugar de destaque na Problemística Policiária quando as Secções Policiárias e as Tertúlias abundavam no nosso País.

SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.

O Gráfico


 

 

ÀS CONCORRENTES FEMININAS

Escreveu: O Gráfico

 

 

Eis, portanto, a grande realidade actual: - Há uma nova vaga de concorrentes femininas que têm dado uma nova alma ao passatempo policiário, sendo algumas delas, num misto de veterania e juventude, exímias, igualmente, a produzir e a contar histórias!!!   

 

 

Q

UANDO me iniciei em 1976 na temática policiária, verificava, geralmente, que os orientadores das secções elaboravam classificações especiais para as concorrentes femininas, como estímulo, pois estas ficavam normalmente em lugares secundários nos torneios disputados, em relação aos homens!!!

Isto é verdade. Lembro-me que Milena, PAL, Miss X e Milau, entre outras, ainda remavam conta a maré e ombreavam, por vezes, com os chamados “mais fortes” - os homens!! De todas elas, só, segundo creio, a Milena e a PAL continuam a responder aos concursos policiários ferverosamente. 


Hoje em dia, porém, tal já não acontece e reparamos frequentemente, em qualquer classificativa de um certame policiário, que as senhoras -as tais, antes apelidadas de “coitadinhas” e de sexo fraco (!?!) - ocupam com muita satisfação e orgulho posições de destaque, incluindo primeiros lugares e também, essas mesmas concorrentes, arrecadam habitualmente prémios correspondentes a soluções distinguidas como as “Melhores” e as “Mais Originais”, nas várias secções policiárias existentes no País!!


Eis, portanto, a grande realidade actual: - Há uma nova vaga de concorrentes femininas que têm dado uma nova alma ao passatempo policiário, sendo algumas delas, num misto de veterania e juventude, exímias, igualmente, a produzir e a contar histórias!!! 


A crónica de hoje, é, portanto, inteiramente dedicada às FEMININAS do Policiário! Para elas vai a minha singela homenagem e, se me permitem, gostaria de colocar no Quadro de Honra, por tudo aquilo que têm feito em prol do Policiário, as seguintes: MALI, PAL, Severina, Natércia Leite, Milena, Agente Dacom, Roma, Liz, Med Vet, Amy, MASC, Joaninha, A Lampadinha, Mikas Spillane, Beribica, Schneen Jr., Velda, Clave de Sol, Landa, Nuance, Maga Patalógika, Modesty Blaise, Figo Torrado, Dadá, Margareth, Edomar, Xeque-Mate, Dumari e Contraditória.


Presentemente, existem muitas mais a participar em vários concursos policiários e é bem natural que me possa ter esquecido de referenciar alguma com qualidades, no entanto, apraz-me registar estas, pelas diversas particularidades que têm patenteado na Problemística Policiária.

EM FRENTE AMIGAS!


In “O DETECTIVE” Secção n.º 39 (Bimensal)

Jornal de Almada de: 1988/01/01

 


 

Natal de 1986

QUADRAS – Porque é Natal!

“O DETECTIVE” n.º 14 (Quinzenal/4.ª Fase) - (19/12/86)

Por: MILENA (Lisboa)

 

I

Ao “Detective” e seu guia,

“Detectives” em geral,

Desejo, com simpatia,

Um Santo e Feliz Natal!

 

II

Pão, Amor, Paz e Saúde

Traga o ano que vier,

Assim Deus nos dê virtude

Tudo pode acontecer...

 

III 

Que unidos pela “Cruzada”

De lutar pela “verdade”

Façamos, cada jornada,

Uma festa de amizade.

 

IV

Porque ela é “raridade”,

Que devemos preservar,

Do egoísmo ou maldade

Que a possam ameaçar.

 

V

Que haja sã ambição,

Mas sempre com lealdade,

Que em boa competição

Não pode haver falsidade...

 

VI

“Policial” é o “tema”

Mas a melhor qualidade,

Que deve ser “emblema”,

É fomentar... UNIDADE!

Milena (Lisboa)

 



A literatura policial é um dos mais preciosos estimulantes da vida do espírito, porque, quando cultivada por bons autores, constitui para a inteligência a disciplina na surpresa, a prática no exercício do critério, e a confiança que resulta do êxito na pesquisa de certezas.

 

Natal de 1986

LÁ VEIO DE NOVO O PETIZ ! Porque é Natal!

“O DETECTIVE” n.º 14 (Quinzenal/4.ª Fase) - (19/12/86)

Por: Agente Dacom

 

Natal

época de amor e carinho

em que, mesmo quem está sozinho,

dá um sorriso feliz,

porque nasceu Deus-menino.

 

Lá veio de novo o petiz!

Veio para nos trazer a paz

E encher-nos o coração

Com amor, com alegria,

Com amizade até mais não.

E trouxe com ele também

Uma linda e grande esperança:

De unirmos nossas forças

Com amor e amizade

Para que o mundo venha a ser

Uma bela realidade.

Agente Dacom

 


 

 

Problema Policiário

1.ª Supertaça Policiária - Cidade de Almada

Problema nº 4 – MATARAM O GENERAL

“DETECTIVE” – JORNAL DE ALMADA - (18/7/86)

Por: PAL (Algés)

 

Há duas semanas que nevava, forte e ininterruptamente e os caminhos, as árvores e as casas, pareciam ter sido cobertos com panejamentos brancos como é hábito fazer às mobílias quando se parte para férias. De repente, e sem que nada o fizesse prever, a neve deixou de cair e a temperatura que se conservava mais ou menos amena, baixou de positivos para uma dezena de graus negativos, ao mesmo tempo que começava a chover. Dos troncos das árvores pendiam «estalactites» de chuva e neve que se congelavam devido ao rápido abaixamento da temperatura. Foi precisamente nesta altura que, acompanhado de minha irmã fomos, a seu convite, passar o fim de semana com o General. Ele fora muito amigo do meu pai, com quem estivera na guerra e sempre mostrara um grande carinho por nós dois, já que, nunca tendo casado, talvez por causa do seu feitio, não tinha filhos. Era um homem irascível que não perdoava o mais pequeno deslize àqueles que estavam debaixo das suas ordens, chegando mesmo a ser ríspido sem razão aparente. Contrariamente, carinhoso e benevolente para os outros e, muito especialmente para nós dois.

Vivia num pequeno solar na província, de rés-do-chão e primeiro andar tendo apenas ao seu serviço urna cozinheira e o mordomo. Este fora seu impedido durante a guerra e bastante lhe aturara, mas quando fora desmobilizado sentindo-se velho e cansado e sem saber que rumo dar à sua vida, aceitou o lugar que o General lhe ofereceu, mesmo sabendo que não iria ter uma vida de rosas, mas a certeza de ter casa e emprego fez com que o aceitasse.

Pois foi neste fim de semana que o drama aconteceu: Eu e minha irmã tínhamos ido tornar chá a casa de uns vizinhos e o General não nos acompanhou porque se sentia um pouco engripado. Ficou no seu gabinete sentado num confortável cadeirão. Junto deste havia uma pequena mesa, ao lado direito, onde o mordomo colocava o tabuleiro com o serviço para o chá. Em frente ficava a secretária com uma cadeira giratória e do lado direito do cadeirão onde o General se sentava, havia uma enorme janela que dava para o jardim, com mais árvores e arbustos do que flores. As árvores, em tão grande quantidade e tão perto da casa, que os ramos, com o soprar do vento, batiam fortemente nos vidros da janela e com esta aberta, bastava esticar um pouco o braço, para agarrar um ramo.

Quando chegámos a casa, por volta das 20 horas, reparámos que a neve do caminho, que dava acesso à entrada, estava imaculada e nela ficaram apenas impressos os nossos passos. Ao nosso toque, a porta foi-nos aberta pelo mordomo e subimos aos nossos quartos para trocar as roupas molhadas; nessa altura vi luz no gabinete do General que ficava mesmo ao lado do meu quarto e entrei para lhe dar os cumprimentos, dos nossos vizinhos e saber como se sentia.

Estava sentado no mesmo cadeirão onde o tínhamos deixado, bem vivo; só que agora estava morto! Ao primeiro relance, e pela ferida que apresentava no lado esquerdo do peito, calculei que deveria ter sido apunhalado, mas a certeza deveria ser dada por um perito. Estranhei que a janela se encontrasse aberta, com tão mau tempo, mas poderia ter sido um descuido do mordomo ou uma bizarria do General. Telefonei ao médico do General e à polícia.

Dentro de pouco tempo chegou o Dr. e um Detective. O médico confirmou que realmente o General fora apunhalado há cerca de três horas, mais ou menos, com um objecto afiado e duro, como um estilete. Da ferida, não muito larga, mas um pouco profunda escorrera sangue de um tom ligeiramente pálido como se tivesse água misturada e a camisa e o roupão estavam também molhados de água. O médico ficara absorto sem encontrar explicação para esta água que molhara as roupas do General. Do lado direito, junto à mesa do chá, o detective encontrou alguns pequeninos bocados de porcelana e o chão molhado com o que verificou ser chá. Foi passada uma busca à casa e não foi encontrada a arma que ferira o General. Chamaram-se a cozinheira e o mordomo para interrogatório e ambos negaram ter alguma coisa a ver com o crime.

A cozinheira estivera muito ocupada com a confecção de um bolo, que começara pelas dezasseis horas e que tinha de ser constantemente vigiado depois de entrar no forno. Não saíra da cozinha desde essa altura e aproveitou para tomar o seu chá quando o mordomo levou o do General. Daí a pouco tempo voltou trazendo o tabuleiro e a chávena toda feita em cacos. Não lhe fizera perguntas porque o mordomo era de poucas falas e isto acontecia por vezes.

Quando por sua vez foi interrogado, o mordomo explicou que quando levara o chá ao General e ia a colocar o tabuleiro na mesinha, chamou por ele, que estava dormitando. O General ficou irritado por ter sido acordado e com um dos seus repentes deu um safanão no tabuleiro atirando o bule e a chávena ao chão. Depois disto apanhou os cacos e enxugou o chão o melhor possível, voltando para a cozinha onde ficou até que as visitas bateram à porta. É tudo o que pode dizer.

 

Mas nós temos obrigação de dizer mais:

Pergunta-se:

1 – Quem matou o General?

2 – Porquê? Quando? Com que arma? Explique tudo?

 


Solução vista por Zé Maio Jr.

 

1 – O General foi morto pelo mordomo.

2 – O mordomo matou o General porque estava farto de aturar os seus ataques de ira e os vexames a que era submetido, como naquela tarde, em que o General atirou com o serviço de chá quando o mordomo o acordou.

Não foi ninguém de fora porque não havia marcas na neve, o mordomo não abriu a porta a ninguém, ninguém mais tinha a chave da casa – nem os dois irmãos a quem o General era muito dedicado. Se fosse um ladrão com uma gazua levava alguma coisa e nada foi roubado.

Pela janela não entravam porque o General, com gripe, devia ter a janela fechada. Não se encontrou qualquer escada – o gabinete era no 1.º andar – nem marcas de pés vindos da neve no chão do gabinete. Pela árvore não dava porque os ramos junto à janela não aguentavam o peso de uma pessoa.

O mordomo matou o General quando foi levar o chá, aproximadamente às 17 horas, como confirmou o médico.

Matou-o com uma estalactite que arrancou da árvore cujos ramos estavam perto da janela. Arrancou-a depois do General ter atirado com o serviço ao chão; como estava do lado da janela, abriu-a, arrancou a estalactite, cravou-a no General, apanhou os cacos e enxugou o chão. Foi para a cozinha, onde ficou com a cozinheira. A estalactite derreteu-se com o calor do corpo e molhou as roupas cio General; ao derreter-se diluiu o sangue que correu do ferimento.

A janela ficou aberta para simular uma vinda do exterior, mas já vimos que isso era impossível.

Prenda-se o mordomo! (Como é hábito, não havendo sobrinho.)

 

Blogue RO – 07 de AGOSTO de 2023

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 








Milena, O Gráfico e Detective Misterioso num Convívio em Almada/TPA

MASC - O GRÁFICO - MALI - DETECTIVE MISTERIOSO - ALMADA/TPA

MASC - LYCAR - O GRÁFICO - MILENA - ALMADA/TPA

A LAMPADINHA - O GRÁFICO - DETECTIVE SAID - CONVÍVIO EM ALMADA

O GRÁFICO - NATÉRCIA LEITE - MED VET - ALMADA/TPA

O GRÁFICO - AVLIS E SNITRAM - MED VET - CONVÍVIO TPA

 

Gemini, Spirit, Rui Kid, Lindaflor, Cilokas, Alva, Rockman/77, O Gráfico, A Lampadinha, PRMS, MASC e Detective Misterioso - 12 Magníficos da Tertúlia Policiária de Almada (TPA)

PAL E O GRÁFICO NUM CONVÍVIO POLICIÁRIO EM TORRES VEDRAS

O GRÁFICO E SEVERINA - ALMADA

O GRÁFICO COM NATÉRCIA LEITE - ALMADA

MASC, A Lampadinha, Olga Lima, O Gráfico e M. Lima - Convívio Policiário em Almada

MED VET & O GRÁFICO (Chegaram a concorrer juntos formando dupla!)

O Gráfico & MALI

A Lampadinha, O Gráfico, Milena, Lycar e Freddy - Convívio de Almada

Med Vet - Milena - A. Raposo - Almada/TPA

Milena e Lycar em Burgau com Jorrod/GEPB e os Pais de O Gráfico

Milena e O Gráfico discutem um Problema Policiário na Secção "Sábado Policiário" - Diário Popular

SEVERINA E O MARIDO

MALI & PAL

O GRÁFICO & PAL

Big Ben - Detective Misterioso - Milena (Vencedora da 1.ª Supertaça Policiária, Cidade de Almada) e O Gráfico

 

MARIANA - Sábado Policiário - Diário Popular

Lurdes Albano - SábadoPoliciário - Diário Popular

Clave de Sol - SábadoPoliciário - Diário Popular

BERIBICA

Alva - Lebasi - Sete de Espadas - O Gráfico - PAL

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