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Intróito
“EDIÇÕES FORA DA LEI – que opera(ra)m na clandestinidade” continuam a ser notícia no “Blogue Repórter de Ocasião” e consequentemente no “Clube de Detectives” que nos honra com as suas inolvidáveis características, na arte de publicar e divulgar, outrossim, estes documentos esplendorosos de uma ERA que de um modo nostálgico, igualmente, marcou e enriqueceu a história do famigerado POLICIÁRIO!
Vamos divulgar em DEZASSEIS capítulos, incluindo um número ZERO, entre outros considerandos que fazem parte deste registo, um notável “romance de ficção policial que prima por um rigor histérico e que conta com protagonistas sublimes.”: Zé; Arnes; A. Raposo; Onaírda; Nove; Detective Jeremias; Inspector Boavida e Búfalos Associados.
“Os autores foram consagrados com diversos galardões e várias vezes vencedores de prémios nacionais e internacionais. Nos EUA, colunistas de jornais como o New York Times, Washington Post e USA Today são unânimes em considerá-los, um conjunto precioso e raro, de verdadeiros talentos literários.”
“MARY LOU, MARY LOU Onde estavas tu?” é talvez a primeira obra conjunta (Outubro, 2010) produzida pelas EFL, com a sublime e hilariante narração de sempre a fazer-se notar, modelo peculiar dos artífices da Tertúlia Policiária da Liberdade (TPL) e de todos aqueles (seleccionados) que os acompanhavam nestes “delitos”!
Esta obra, porém, este romance, usufruiu de um pequeno prelúdio, digamos um antelóquio que serviu de tema para um exercício de problemística policiária realizado aquando do “VI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade”, do qual faz parte desta documentação histórica, uma “Carta do Tempicos” que resulta num problema policiário para os convivas presentes naquele Evento.
A resolução do caso é simples… deveras conhecido, o pormenor, na problemística policiária!
*****
DEPOIS das (re)publicações dos “Bordas” de 2018, 2019, 2020 e 2025 e de “O CASO (sério) DA RUA das TRINAS” esta é a divulgação que se segue, a partir de hoje, todos os Domingos, no “Blogue RO”, “MARY LOU, MARY LOU Onde estavas tu?” tudo graças à generosa disponibilidade da Policiarista Detective Jeremias a quem estamos agradecidos.
E mesmo sem sabermos se, um dia, divulgaremos todas as “malandrices” e “tropelias” narrativas destes benquistos “FORA DA LEI”… por enquanto, desejamos aos nossos leitores, admiradores e seguidores, fervorosos praticantes ou simples fãs do POLICIÁRIO, Boas Festas e um óptimo 2026.
O Gráfico (RO)
Luís Rodrigues
MARY LOU, MARY LOU
Onde estavas tu?
«bem-vinda mamã, bem-vinda titi» são as últimas palavras deste romance de ficção policial que prima por um rigor histérico e que conta com protagonistas sublimes.
Os autores foram consagrados com diversos galardões e várias vezes vencedores de prémios nacionais e internacionais. Nos EUA, colunistas de jornais como o New York Times, Washington Post e USA Today são unânimes em considerá-los, um conjunto precioso e raro, de verdadeiros talentos literários.
NOTA DO EDITOR
Mary Lou nasceu e morreu no mesmo dia, durante VI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade. Surgiu num problema lançado aos participantes no encontro e morreu logo de seguida de morte macaca.
Na sequência deste enigma obscuro, um novo desafio é sugerido a alguns policiaristas. Um exercício de escrita criativa, com a finalidade de lançar um projecto editorial, um romance original, único, inédito e singular: MARY LOU, MARY LOU – Onde estavas tu?
Nasceu assim este grande romance de cordel blogosférico policiário que foi publicado no blog BANCADA DIRECTA http://bancadadirecta.blogspot.com e que agora apresentamos numa edição limitada e exclusiva.
Os títulos dos capítulos são da inteira irresponsabilidade do editor
FICHA TÉCNICA
Título: MARY LOU, MARY LOU – Onde estavas tu?
Autores: A. Raposo, Arnes, Búfalos Associados, Detective Jeremias, Inspector Boavida, Nove, Onaírda, Zé
Copyright © 2011 TPL
Capa e Contracapa: Composição sobre desenho de Stuart Carvalhais
Depósito ilegal nº1 /000/11
1ª Edição, Lisboa, Outubro, 2010
Reservados todos os direitos
Para Portugal e Europa à
TERTÚLIA POLICIÁRIA DA LIBERDADE
No VI Convívio da Tertúlia Policiária da Liberdade
Caros confrades,
Não é do meu temperamento andar a tratar dos assuntos com paninhos quentes. Vocês levam a vida a tentar descobrir os criminosos coisa que sempre persegui, mas agora, voltou-se o feitiço contra o feiticeiro. Sou eu o criminoso e vocês vão descobrir como é que eu armadilhei este “crime ao vivo”. Ao contrário dos escritores policiais todos os dados estão disponíveis e ao vosso alcance. Que acertem são os meus melhores votos. Há prémios para os acertantes. Não poderei regressar ao Convívio visto ter que ir dar a assistência técnica a uma viúva amiga – adivinhem onde – na praia do MECO.
Mais adiante descrevo o caso. Depois só terão que sublinhar, entre as seguintes respostas, aquela que acharem ser a adequada e só essa:
1. A morte da vítima foi causada por
A) Envenenamento por arsénio.
B) Envenenamento por cianeto de potássio.
C) Por ferimento de arma branca.
D) Por estrangulamento.
E) Por morte natural
F) Por AVC
G) Por congestão
Nome do concorrente ou pseudónimo -------------------------------------------------
Tempicos chegou com a Mary Lou[1] à Quinta do Rio por volta das 2 da manhã. Pediu à D. Natália (responsável da Estalagem) um quarto para os dois e sigilo sobre as suas estadias. Mary Lou vinha com uma forte dor de cabeça. Foi tomar um duche e pediu a Tempicos um Aspegic, para tomar depois do banho. Tempicos solicitou à responsável duas taças de morangos para as sete da manhã, pela fresquinha….
Mary Lou tinha trazido para oferecer à sua sobrinha Kátinha um valiosíssimo colar de esmeraldas, o qual desaparecera misteriosamente.
Tempicos, às sete da manhã, já não estava no quarto quando a D. Natália chegou com as taças de morangos. A porta estava entreaberta. Na cama, morta Mary Lou.
Chamada a polícia, tudo foi tratado e resolvido, incluindo a saída do corpo, sem incómodo nem conhecimento dos restantes hóspedes.
A polícia fotografou o teatro do crime e o corpo da vítima, não encontrando neste hematomas nem sinais de luta. Cedeu-nos as fotos juntas. Uma pequena ferida no peito, praticada por arma branca. Pouco sangue. Uma meia de nylon enrolada ao pescoço com um nó, provavelmente para servir de ajuda à asfixia.
No quarto notava-se ainda no ar um cheiro a agri-doce (amêndoas amargas). Na mesa-de-cabeceira um copo com resto de água e uma saqueta de Aspegic vazia.
Fase Preparatória do Futuro Grande Romance
Escrito, concebido e realizado com o maior rigor histórico, graças à prestimosa colaboração dos grandes romancistas envergonhados que nunca deram nada à estampa, apesar de muitas tentativas frustradas, mas nunca abandonadas.
Os autores destes “linguados”, sabendo da vergonha que irão passar, escondem-se em pseudónimos e antónimos e recentemente em alter egos.
São eles, por ordem de entrada em cena, que personalizam o seguinte elenco:
1 Mary Lou Purification´s; 2 Nelinha da Purificação; 3 Kátinha da Purificação; 4 Tempicos; 5 Vox Populi; 6 Vox Deo; 7 Vox Diabolo; 8 Ensaiador/ Critico de Arte.
Estamos a compor o elenco e sabendo das dificuldades económicas e da crise que nos foi imposta (de fora para dentro) temos que o cachet é pago em géneros e será entregue em casa do escritor, sem mais encargos, mas majorado do IVA a 21%.
Ficam convidados (propomos e aguardamos a respectiva anuência) para o elenco e na mesma sequência numérica os seguintes policiaristas, que farão o favor de aceitar as parcas condições propostas, no prazo máximo de 8 dias para o organizador da obra (prima). Quem não quiser ver conspurcado o seu nome em tão inusitada obra, poderá enviar-nos à merda numa singela, mas inegável forma de expressão tão terra a terra, como é habitual costume das nossas gentes, tão frontais e tão naifs.
1 - Smaluco/Boavida (excepto 1º linguado, abaixo apresentado, em nome da Mary Lou) que foi realizado sob coação por A. Raposo e onde se dá o mote, o risco e o tom para que a obra venha a ter alguma homogeneidade, massa critica coesa, não venha a deslaçar e possa ser digerida.
2 - Zé
3 - Arnes
4 - A. Raposo
5 - Onaírda
6 - Nove, Novena
7 - Det. Jeremias
8 - Búfalos Associados
De: A. Raposo
Caros senhores
Do Núcleo Duro[1]
Da TPL
Chegou-me às mãos um desdobrável que me deixou completamente abasilenta.[2] Aconchei as mãos e tentei emitir o meu grito de revolta. O meu Ipiranga. Pensei: isto não passa de um simples aconcritófono.[3]Porém, as coisas não eram assim tão simples, alguém me fez apropinquar[4] tão inusitada pagela.[5]
Estou nos States desde miúda. Consta que tive uma irmã gémea já falecida[6] de nome Nelinha da Purificação. Penso que foi amásia[7] do Tempicos, um salafrário do piorio.
Agora, voltando ao ENIGMA e à foto daquele personagem deitado na cama a imitar um morto, digo-vos que não sou eu. Tem todo o aspecto de ser um travesti[8] brasileiro que ande por aí a ganhar a vida. Se não acreditarem no que digo investiguem junto da Estalagem do Rio, para esclarecerem se algum Tempicos alugou quarto. Investiguem se forem capaz, mas vocês julgam-se muito espertinhos, mas afinal sois uns bimbos. Cambada!
Vossa
Mary Lou
[1] Núcleo duro? Duvido! Amiostenia? Talvez.
[2] Que não tem rei. Nem roque.
[3] Instrumento que soa por influência de outros.
[4] Chegar.
[5] Página.
[6] Mortinha.
[7] Concubina, na China.
[8] Menino enganador.
👌 FELIZ Domingo!
📔BOAS Leituras!
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