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sexta-feira, 29 de março de 2024

*** MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 064 🔎 MANUEL BARATA DINIS 🕵️ BIG BEN - Faz 89 Anos! 🎂

 🔎 Memórias do Policiário – 064 🔍

 

  🧐 O Gráfico 🕵️

 

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 


 Memórias do Policiário – 064

🧐 BIG BEN - Figaleira

🕐 89 Anos! 🎂

👨 MêBêdê – M. B. D.

Manuel Barata Dinis

29 de Março de 1935 – 2024

 

🎓 POLICIARISTA 🔖

📜 Charadista 🖊

 

 

 

64 EDIÇÕES das Memórias do Policiário – O Gráfico para se festejar, aplaudir, comemorar e bater muitas palmas aos oitenta e nove anos do consagrado e CULTOR POLICIARISTA “BIG BEN” – MANUEL BARATA DINIS. (Figaleira – MêBêDê – M. B. D.)

Bem-haja. UM DIA BASTANTE FELIZ!

SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.

O Gráfico

 

 


»»» FAZ HOJE 89 ANOS o GRANDIOSO BIG BEN! «««

 

H

OJE FAZ ANOS O “GRANDE BIG BEN”, Manuel Barata Dinis, o distinto Policiarista que nasceu na Freguesia de Alvares, Góis, Distrito de Coimbra que nunca se cansou de explicar aos mais novos que a sua querida e amada terra não leva acento no “A”, mas lê-se como “Álvares”... tal e qual como se profere... Almada! BIG BEN sempre foi o seu nome de “guerra”... o “terror” dos restantes Policiaristas, jovens e menos jovens, quando se “batiam” com ele em Produção e Decifração em Problemística Policiária. Ao longo da sua carreira Policiária usou outros pseudónimos tais como “Figaleira” (em homenagem aos seus netos!), M. B. D., MêBêDê, entre outros e brilhou nas Palavras Cruzadas, Charadismo e afins sob o pseudónimo de MR. KING ou não fosse ele um MESTRE na utilização de palavras pouco usuais na Língua Portuguesa, o Manuel Barata Dinis é um excelente Escritor empregando nas suas inolvidáveis narrações múltiplos adjectivos que encantam quem os lê! Bastante minucioso na explanação das suas deduções e só quem orientou secções Policiárias pode testemunhar, na verdade, que se trata de um enérgico e expressivo narrador! Eu, habitualmente, utilizo nos meus escritos palavras que aprendi com o BIG BEN, não tenham dúvidas! Cresci no Policiário admirando este Confrade, à semelhança de outros que se notabilizavam e eram as imagens de referência quando comecei as dar os meus primeiros passos nesta interessante actividade lúdica e foi no Torneio “Primeiro Passo Dedutivo”, em 1976/1977, no “Mistério... Policiário”, “Mundo de Aventuras”, do “Sete de Espadas”, tendo como PATRONO o BIG BEN que eu comecei outrossim a evidenciar-me na Problemística Policiária, tinha 18/19 anos, levando o MESTRE DINIS a vaticinar... “para todos terem bastante atenção a este (àquele) “O Gráfico” que iria ser um caso muito sério no Policiário...” e foram estes primeiros considerandos que funcionaram como elixir milagroso na minha dinamização e cultura granjeada em prol do POLICIÁRIO!

É uma enorme honra poder, ainda, contar com a Amizade e préstimos do BIG BEN que tal como o JARTUR e o INSPECTOR ARANHA são os decanos do POLICIÁRIO e todos eles, os três, são por mim HOMENAGEADOS no Torneio de Entretenimento que está em curso no Blogue do “Repórter de Ocasião” e também este magnífico trio já foi enaltecido, incluindo esta edição, nas “Memórias do Policiário – O Gráfico”... ou não fossem estes “DINOSSAUROS”... OS CULTORES DO POLICIÁRIO!

UM GRANDE ABRAÇO, meu insigne Amigo MANUEL BARATA DINIS, “BIG BEN”, “Figaleira”... MUITOS ANOS DE VIDA!

O Gráfico

 


 

CÉLULA CINZENTA 28 Agosto 91

ases policiários

 

BIG-BEN

Usa dos tais prestigiados nomes da problemística policiária nacional é conhecido pelo consagrado pseudónimo de BIG-BEN, chama-se efectivamente, MANUEL BARATA DINIS, e pertence à geração de ouro da problemística.

Não é um produtor de grande vulto, ainda que integre um grupo dos muito aceitáveis, não obstante, estamos em crer, se as suas actividades lho concedessem — um pouco de mais tempo — já que não lhe falta o engenho, a arte e a experiência, seria certamente o melhor solucionista português, já que, em regra, actua isoladamente e valendo-se, tão só dos méritos próprios.

Tem um "curriculum" invejável no domínio da decifração. Foi patrono de vários torneios, inclusivamente dirigiu uma secção policiária com acerto invulgar de 1959 a 1961, a Secção "Enigma Policiário" de o jornal do Ribatejo, onde foi disputado um torneio de homenagem a Marvel que reuniu a fina flor dos detectives amadores nacionais.

Foi membro influente do Clube de Literatura Policiária, o último a abandonar o posto de direcção após a desunião.

Mereceu a todos os títulos a homenagem que lhe foi atribuída, a I Volta a Portugal em Problemas Policiários, primeiro no Jornal do Ribatejo - e não concluída em virtude da mobilização militar do seu orientador (1963), depois na secção do "Passatempo" (1976).

Para nós, BIG BEN, apesar das mil virtudes que em simples resenha é impossível expressar, tem a virtude máxima da simplicidade... e, se o acima exposto define o policiário, esta última define,

O HOMEM.

M. C.

 


 

Para nós, BIG BEN, apesar das mil virtudes que em simples resenha é impossível expressar, tem a virtude máxima da simplicidade... e, se o acima exposto define o policiário, esta última define,

O HOMEM.

Manuel Botas Constantino – Agosto de 1991

 


 

POLICIÁRIO Luís Pessoa

Jornal Público, entre os dias 1 de Julho de 1992 e 30 de Dezembro de 2018

 

“Dobradinha” de Figaleira

 

Ao vencer a Taça de Portugal e garantir o primeiro lugar no Campeonato Nacional, o “Detective” Figaleira, da Amadora, foi o grande vencedor desta época competitiva.

 

O “detective" da Amadora Figaleira - que adoptou este pseudónimo em honra dos netos, de cujos nomes respigou algumas sílabas, em detrimento da designação por que é conhecido no Mundo Policiário, Big Ben – foi o grande vencedor desta época competitiva.

Finalista da Taça de Portugal, derrotou Mister H, de Torres Vedras. A imensa experiência do "velho" Big Ben, vencedor de tantos e tantos torneios ao longo de décadas de policiário, não deu hipóteses a um jovem cheio de qualidades, nascido na nossa secção.

No Campeonato Nacional conseguiu o título na última prova, isolando-se dos concorrentes mais directos e sagrando-se campeão nacional de 2001/2002.

Tendo como pano de fundo um problema do Inspector Fidalgo, considerado muito complicado por quase todos, evidenciaram-se três “detectives”, se bem que não tenha havido ninguém com os 10 pontos em disputa. Além de Figaleira, foram eles Paulo (Viseu) e Zé dos Anzóis (Azambuja). Qualquer dos três esteve perto dos 10 pontos.

Destaque também para o confrade Nove, de Alfragide, que com a sua solução logrou ficar em 2.º lugar no Campeonato Nacional, sendo o 3.º lugar partilhado por Inspector CM Bond, Mister H e Paulo.

Pela negativa, destaca-se o elevado número. de "detectives” que apontaram o suicídio do conde como solução para o problema, demonstrativo de muita falta de atenção, pois as provas objectivas impossibilidade eram abundantes, sendo as mais flagrantes as ausências do cheiro a pólvora e da cápsula disparada pela pistola.

 


 

Não virá longe o dia em que será feito um cuidadoso inquérito sobre a acção intelectual da literatura de mistério.

Se as fontes de informação forem bem escolhidas, ficar-se-á sabendo como este género literário tem contribuído para o robustecimento da inteligência de grande número de pessoas. É que o verdadeiro desenvolvimento intelectual pressupõe a distinção, tão necessária nos nossos dias, entre a imaginação inferior, ou seja, a fantasia vã e estéril, e a imaginação superior, ou seja a preciosa, faculdade de criar imagens precisas, e associar ideias e sua representação, o que é fundamental na vida do espírito, que é eternamente vivo e investigador.

 


O POLICIÁRIO (CONTINUA) ESTÁ VIVO!

Decifre Problemas Policiários Desfrute e Seja Feliz!!

Policiário

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...TRINTA E CINCO ANOS DEPOIS... O DISTINTO POLICIARISTA "BIG BEN" -um dos Homenageados no "Torneio Cultores do Policiário" -AINDA ELABORA "PROPOSTAS DE SOLUÇÕES" POLICIÁRIAS... DACTILOGRAFANDO NA SUA VELHINHA MÁQUINA DE ESCREVER! ESTA É A MAGIA DA DINAMIZAÇÃO DESTE LÚDICO ESPAÇO!

 


Ora, viva!

Faltam apenas 2 dias... para expirar o prazo de envio de resposta à prova n.º 1 do "Torneio Cultores do Policiário"! Afinal quem surripiou a garrafa de Aliança Velha?

Gostaria de contar com a sua presença como Solucionista! “MALI” (Lisboa) já enviou a sua “Originalidade” do “costume” e o GRANDE “BIG BEN” voltou às lides! O número de concorrentes certamente será menor em relação ao último torneio, mas há outros regressos (O Pegadas) e um registo valoroso de Policiaristas consagrados a responder! Vamos esperar pelo “Tsunami” “habitual” do último dia do prazo... para ver o que acontece!...

Cumprimentos.

RO - O Gráfico

 

 https://reporterdeocasiao.blogspot.com/2024/01/o-misterioso-desaparecimento-de-uma.html

 

JANEIRO de 2024, missiva de “BIG BEN” ...

...Ainda com a “velhinha” máquina de escrever!

Ao iniciar esta “proposta de solução”, interrogo-me qual o pseudónimo que colocarei no fim da mesma. Terei duas alternativas, isto olvidando outros de mais fraca “sintonia” (alguns até já esqueci): Big Ben e Figaleira. O primeiro por ter sido a minha “rampa de Lançamento", o qual usei anos a fio; o Segundo, que substituiu aquele, em homenagem aos meus netos (aqui para nós, o “sol que me ilumina”), adaptando as primeiras Letras dos seus nomes, em ordem crescente de idade: Filipa, Gabriel, Leonor, Inês e Rafael (os dois primeiros, informáticos, a do meio neurocientista em Nova Iorque, os dois últimos, médicos, ela pediatra no hospital do Barreiro, ele medicina geral e familiar no Santa Maria e Torres Vedras).

Enfim, quando lá chegar, terei de optar, pela inviabilidade de utilizar os dois, isto é, Big Ben / Figaleira...

 

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JANEIRO de 2024, missiva de “BIG BEN” ...

...A opção pelo pseudónimo de Solucionista!

 

“PS (1) = Afinal, acabei por optar pelo Big Ben, em desvalia da homenagem aos netos com o Figaleira. Pesou a antiguidade...

 

PS (2) = Como se constata, a minha máquina de escrever carece de reforma. De há muito. “Se bem me lembro” (como dizia o Nemésio) desde 2.000, ano em que fui reformado, com 55 de “tarimba” (dos 10 aos 65) e 48 de “descontos” (agora carreira contributiva). Mas, voltando á máquina de escrever e seu deficiente funcionamento, também os muitos anos de hibernação, sei de antemão que terá a indulgência de “decifrar” algumas das palavras, o que antecipadamente agradeço. Bem-haja, Amigo!

Figaleira

Forte abraço do BIG BEN / FIGALEIRA

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DEZEMBRO de 1990, carta de “BIG BEN” ...

...Com a mesma máquina de escrever!

Presumo que virá a propósito, amigo Luís, endereçar-lhe as mais efusivas felicitações pela rapidez e eficiência como a secção "O Detective / Zona A-Team" fez jus à memória de tão insigne confrade.

 

Além do mais porque, se não tenho dúvidas de que isso foi resultante da grande Amizade que vos unia, da estima fraterna do vosso relacionamento, do apreço do “aluno" por aquele que procurou transmitir-lhe o (muito) que sabia, outrossim, sei quanta força de vontade “O Gráfico" teve de mobilizar, quanto esforço se lhe tornou necessário despender (talvez, inclusive, uma noite sem ir à cama) para, em cima da hora, como soe dizer-se, alcançar o seu objectivo de apresentar uma página dedicada ao “Detective Misterioso”.

E, em meu entender, todos esses factores, merecem os mais rasgados encómios, pelas qualidades e capacidades que atestam, também por acrisolado "amor à camisola" (leia-se "à nossa causa").

 


TORNEIO BIG BEN - 18 de Dezembro de 1987

Secção: O Detective N.º 38

(Orientação de: O Gráfico) - Jornal de Almada

 

Problema Policiário

NATAL! Por: BIG BEN

Silenciosa e rapidamente, o vulto avançava na obscuridade do corredor. O seu objectivo estava perto!... Na sala onde se encontrava colocada a árvore simbólica da época natalícia, relampejavam, a espaços regulares, as luzes que enfeitavam o pinheiro. Aquele «acende-apaga» era o seu guia…

O vulto parou à entrada do compartimento, perscrutando o interior… As lâmpadas cintilaram e, embora fugidiamente, viu aquilo que pretendia: lá estava, junto ao pinheiro, a prenda tão desejada!

O vulto pulou. De contentamento… Mas, nessa altura, foi infeliz; o seu incontível salto fê-lo esbarrar contra a mesinha atrás de si, no corredor, e onde se encontravam o telefone e uma grande jarra.

No silêncio da noite, ouviu-se um estardalhaço medonho, que teve como epílogo a jarra a desfazer-se em estilhas no pavimento de tacos. Célere, o vulto correu para o seu quarto…

Pai Dinis acordou com o barulho. É certo que ainda há pouco se deitara, pois estivera à espera que os filhos adormecessem para ir buscar à mala do carro as prendas que lá estavam escondidas. Mas, a verdade, é que «ferrara» logo no sono; no entanto, em flagrante contraste com sua esposa, despertava com facilidade.

Acendeu o candeeiro da mesinha-de-cabeceira e olhou o relógio despertador: duas e picos da manhã! «Que diacho seria aquela barulheira toda?», interrogou-se. Mirou a esposa, que continuava a dormir, sem dar por nada. De imediato, saiu da cama e foi investigar…

Começou pelo quarto dos filhos, não fosse dar-se o caso de algum deles ter caído da cama. Não seria a primeira vez… Acendeu a luz do «hall», para onde abriam as portas dos quartos – do seu e dos seus filhos. Assim, teria claridade e não os despertaria…

Dirigiu-se, primeiramente, ao quarto da Zezinha, cinco anos lindos e rabinos. Quedou-se à entrada, olhando, amorosamente, a cena que se lhe deparava: de faces rosadas, quase da cor da sua camisinha de noite em tafetá, agarrada à boneca favorita, a filha dormia a sono solto. Pelo menos, assim parecia…

Foi, depois, ao quarto do Nandinho, dez anos bastante desenvolvidos em idade e inteligência. Como já esperava, encontrou-o enrodilhado na roupa, quase totalmente destapado, frio. Que mau dormir tinha aquele rapaz! E o costume que ele apanhara de não querer dormir com o pijama vestido. Cuidadosamente, consertou-lhe a posição do corpo e aconchegou-lhe a roupa, entalando-a bem no fundo da cama, enquanto o filho resmungava um «hum-hum» sonolento. Pelo menos, assim parecia…

Pai Dinis prosseguiu nas suas «investigações» e só voltou à cama depois de descobrir a origem da barulheira que o acordara. Aliás, não foi difícil…

Manhã cedo ainda, os gritos de contentamento da Zezinha acordaram a casa toda. Como um furacão, entrou no quarto dos pais, abraçando-os e beijando-os, agradecendo-lhes a grande boneca e o respectivo carrinho para a passear. Aquilo era, o seu sonho!

Seguiu-se-lhe o irmão. Também ele entrou de rompante e, «louco» de alegria, rivalizava com a mana na gratidão pela prenda recebida: uma bicicleta. «Aquilo» era o seu sonho!

E toda a família Dinis se uniu num forte abraço. De felicidade!...

*

… No entanto, algo estava por esclarecer… Qual o «elemento» causador de a jarra ter caído?

 

Querem os leitores-solucionistas d’ «O Detective» dar uma ajuda ao pai Dinis? Julgo que só eles o poderão fazer…

 

Desenvolva o seu raciocínio numa óptima solução, apontando todos os pormenores necessários para dissecar o “caso” e marcará 20 pontos. 

BIG BEN 


 

Solução Oficial da Secção:

O DETECTIVE  N.º 44, de: 18/03/88

Começaremos a solução com as palavras que terminavam o problema. Recordemo-las: «Querem os leitores solucionistas d' «0 Detective” dar uma ajuda ao pai Dinis? Julgo que só eles o poderão fazer...” Reparem bem: “Julgo que só eles o poderão fazer...”, isto é, só eles (leitores-solucionistas) poderão dar uma ajuda ao pai Dinis, na descoberta de quem seria o causador da jarra ter caído. Mas porquê só os leitores-solucionistas? A resposta é obvia: só eles têm conhecimento de algo que os restantes mortais (inclusive o pai Dinis) desconhecem. Ou sejam as deambulações do vulto que, embora involuntariamente, derrubou a jarra. E é precisamente nessas deambulações que está a “chave” (ou, melhor, as “chaves”) do “caso”...

(Abrimos parêntesis para aduzir que a família Dinis é composta por quatro pessoas: pai, mãe e dois filhos: a Maria José (Zezinha) e o Fernando Manuel (Nandinho). Alias, é fácil chegar a essa conclusão se atentarmos convenientemente no texto: «...Os gritos de contentamento da Zezinha... entrou no quarto dos pais... seguiu-se-lhe o irmão... e toda a família Dinis se uniu...».

Como não há mais ninguém, os dois irmãos poderão ser apontados como possíveis derrubadores da jarra, porquanto «pai Dinis acordou com o barulho...”, estando, pois, a dormir quando aquela caiu, e a mãe Dinis idem-idem, aspas-aspas – “mirou a esposa, que continuava a dormir, sem dar por nada”.

Posto isto, fechemos a parêntesis...).

 

*

As deambulações do vulto foram feitas sobre chão não alcatifado (“...a jarra a desfazer-se em estilhas no pavimento de tacos...”). Logo, o frio que normalmente se depara nas noites da época natalícia, forçosamente, atingiria a personagem que com tanta ansiedade desejava saber se os pais lhe davam a prenda desejada...

...Ora, sabe-se que a Zezinha tinha as faces rosadas, sinal de que estava quentinha; em contrapartida, o irmão estava frio. Indício assaz revelador, não é verdade?!...

...Além disso, o Nandinho foi encontrado “...quase totalmente destapado...», o que não sendo de admirar («Como já esperava, encontrou-o enrodilhado na roupa...») poderá, no entanto, de igual modo, deixar antever a rapidez com que se deitou... ...Outrossim, será aspecto de considerar as prendas natalinas. A boneca e o respectivo carrinho (não obstante aquela ser grande e, obviamente, o último ter tamanho condizente) não possibilitariam a rápida visão que estará implícita no texto («0 vulto parou à entrada do compartimento, perscrutando o interior... As lâmpadas cintilaram...»). Já no que concerne à bicicleta - por se tratar de algo mais volumoso, com... «visual específico» -, essa, seria detectável assim que se verificasse um «flash»...

...Porém, a chamada «prova-provada» está no princípio do texto, principalmente na primeira palavra: “silencioso e rapidamente...». Pois se o  vulto conseguia avançar em silêncio, apesar da pressa com que o fazia, é evidente que não poderia ser a Zezinha, porquanto ela trazia vestida uma «...camisinha de noite em tafetá...», tecido que produz um “fru-fru” contínuo

quando roça uma parte na outra. A rapidez, logicamente, acentuaria o ruído...

...Já o mesmo não aconteceria com o Nandinho que esse — sim! — poderia andar silenciosamente, dado apenas vestir roupas interiores (“...o costume que ele apanhara de não querer dormir com o pijama vestido...”).

Suponho, pois, não restarem dúvidas de ter sido o Nandinho quem derrubou a jarra, ao saltar de contentamento, por ter verificado que, junto ao pinheiro, se encontrava a tão desejada bicicleta!...

(Nota final: a hipótese da Zezinha ter despido a camisa de noite para proceder às deambulações - não provocando, portanto, o tal «fru-fru» e podendo, consequentemente, andar em silêncio - além de ilógica, não é viável, dado que pai Dinis «de imediato, saiu da cama e foi investigar...» e «dirigiu-se, primeiramente, ao quarto da Zezinha...», o que não lhe daria tempo a vesti-la e muito menos a apresentar o belo aspecto («faces rosadas») que tinha).

BIG BEN

- * -

 

Problema publicado no “MA” n.° 117, de 25/12/75.

Solução do autor publicada no “MA” n.° 128, de 11/3/76.

Solução premiada e lista de solucionistas no “MA” n.° 130, de 25/3/76.

 

 - * -

 


 

Claro!, como sou um eterno insatisfeito (principalmente com aquilo que faço!), agora, ao bater o problema e a solução, julguei conveniente efectuar diversos «reajustamentos» - ligeiros no primeiro, mais acentuados na segunda.

Isto porque supus os mesmos justificados (se assim não fosse, não os teria feito, obviamente), a fim de ficarem mais bem definidos determinados quesitos - os quais, penso, são indispensáveis, para conjuntamente com os demais similares, formarem um «trabalho limpo».

BIG BEN

 

O Gráfico (RO)

Blogue RO – 28 de MARÇO de 2024

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FIGALEIRA - Vice Campeão Nacional - POLICIÁRIO - PÚBLICO - LP

Ateneu de Coimbra - 2002 com INSPECTOR ARANHA e M. LIMA

BIG BEN aplaudindo MILENA - 1.ª Supertaça Policiária Cidade de Almada - Detective Misterioso - O Gráfico - MASC

BIG BEN - A. RAPOSO - LENA


JARTUR & BIG BEN - DECANOS DO POLICIÁRIO







 

VETERANOS - COIMBRA - 1976

SANTARÉM 1975 - CONVÍVIO MA/MP

Portas do Sol - Santarém - Junho 1960

4 comentários:

  1. Um grande abraço ao grande, .grande Policiarista BARATA DINIS ("Big-"Ben"/ Figaleira).. PARABENS, AMIGO.
    Domingos Cabral

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  2. Parabéns também ao "GRÁFICO" por este excelente trabalho.
    Inspector Aranha

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  3. Parabéns ao Big Ben, pois foi nesse pseudónimo que eu o li pela primeira vez, no Enigma Policiário, orientado pelo Inspector Aranha, quando foi publicado o seu problema Férias na Aldeia, de que eu, na época, não percebi nada, e talvez tivesse feito que eu não iniciasse naquele momento a minha atividade policiária, na então Volta a Portugal em Problemas Policiários. Mas o “bichinho” já cá estava, tinha entrado um mês antes, na mesma secção, quando li um problema do Leiria Dias, Um tiro no Autocarro.
    Comecei cerca de um ano mais tarde, nessa altura com um problema de O Gráfico.
    Visto à distância, o problema do Big Ben não era difícil, mas para mim, ainda uma criança, que vivia numa aldeia remota, era totalmente incompreensível.
    Tantos anos de policiarismo, sempre em alto nível, merecem um PARABÉNS muito alto e bem sonoro.
    PARABÉNS BIG BEN.

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  4. Mtr
    Feliz aniversário 🎂🎉

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Os seus comentários são bem-vindos. Só em casos extremos de grande maldade e difamação é que me verei obrigado a apagar.