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segunda-feira, 7 de julho de 2025

📖 Um CONTO com 43 Anos! (1982 - 2025) - OLIDINO

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 💖 UMA bela Recordação... do XYZ Magazine! 💭

 

 13 - Tropeções... Policiários!💣

📚🔎✌🌞📑🙃📸👀 ...TREZE costuma ser o número de azar para uns, mas, também, há quem diga... o número da sorte... para muitos! Um TROPEÇÃO... será, sempre, uma queda, uma aflição... mas estes "Tropeções Policiários!"... OS NOSSOS... têm sido deveras gratificantes!! E, desta vez, "tropeçámos"... e de que maneira (!)... num CONTO escrito em 1982, nas páginas do saudoso "XYZ-Magazine"... há precisamente... 43 anos! O mais curioso é que foi escrito por um jovem que hoje, já mais "velhote" - um grande Craque da Amizade, através do Policiário...e do Charadismo! - não se cansa de comentar, sempre com bastantes encómios, os CONTOS, de gente iniciada a escrever, que vão aparecendo por aí... mais concretamente no Blogue "MOMENTO DO POLICIÁRIO"... que lançou, recentemente, a rubrica "HORA DO CONTO"! Trata-se, pois, do Confrade "OLIDINO" ("O PEGADAS" do entretenimento Policiário!). Um MESTRE em CHARADAS e a caminhar, a passos largos, sem tropeções (!) para granjear fama no POLICIÁRIO!
ORA... como estamos em ano de CINQUENTENÁRIO... lembrando "Sete de Espadas"... todos os "assuntos" são importantíssimos para recordá-lo e a sua OBRA... onde está, talvez no 1.º lugar, a Revista "XYZ-MAGAZINE" (!) merece toda a nossa consideração e... divulgação! Portanto, este "tropeção"... tinha de ter prioridade... para ser divulgado à Nação Policiária, mas... será que o Confrade "OLIDINO" se lembrava... de ter escrito tal prosa!? O "SETE" chamou-lhe de "Tentativas Literárias..." - ...Mas publicou! Deu-lhe montra!  E esta era, igualmente, outra das grandezas do "SETE"... oportunidades... PARA TODOS!!

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Conto por OLIDINO

 

RECORDANDO...

 


Aquela noite estava fria e negra; uma mansidão enorme pairava sobre as casas da aldeia, separadas e alongadas em torno da igreja.

No lar, crepitava uma fogueira, que mantinha uma temperatura amena. Um caldeirão velho, balançava monotonamente numa cadência rítmica, ao lado de um outro quieto e imóvel.

Junto à lareira, num tapete velho, sem cor, jazia modorramente um gato preto. 

Na rua, um silêncio de morte; noite pesada. No lar o crepitar da fogueira e o movimento lento do cadeirão...

«Lembras-te!... Lembras-te daquela noite de Inverno, em que me arrancaram da cama?... E com que violência... Estavas para ter o nosso segundo filho... E eles... Levaram--me... Levaram-me por três anos... Quando voltei... Estavas pobre e na miséria, mas continuavas bela e doce... Lembras-te?... Amámo-nos nessa noite... Pôde haver alegria em nossa casa...»

«Lembras-te daquela noite triste, quando cheguei furioso a casa?!... Nem sequer te beijei nesse dia... Tinha sido despedido... Andei dois anos para arranjar outro emprego... mas consegui-o... Nessa altura os nossos quatro filhos morriam de fome e de frio...»

O cadeirão balançava ritmicamente, o outro mantinha-se parado e silencioso, no lar continuava apenas a ressoar, a voz rouquenta e lenta:

 «Lembras-te... quando parti... Tu não querias... mas que remédio tinha eu... Bem me arrependi... Ainda te mandei algum dinheiro... mas diziam que roubavam o dinheiro aos emigrantes... Quando voltei... Lembras-te!?... Vê se te recordas... Houve festa em nossa casa... Festa pobre... Mas havia alegria... com que força me abraçaste...»

O gato com uma modorra desmedida abrira os olhos, e olhou, incomodado, para os dois cadeirões à sua frente... A voz rouca e lenta continuava:

«Agora estamos gastos... Vivemos muitas amarguras... juntos... para os podermos criar... Hoje estão uns homens... já cuidam da sua vida... Desgraçados... nem puderam ir à escola... Tu bem querias que fossem... Já nada fazemos neste mundo... Não estás a dormir, não, Marta?!... Lembras-te... Quando nos casámos... Oh! Que saudades Deus meu...»

0 cadeirão deixara de se mover, e ficara quedo, mergulhado num silêncio terrível... No ar ecoavam ainda as últimas palavras proferidas.

 Uma voz baixa e melindrosa ouviu-se pela primeira vez naquela noite, um corpo retorceu-se no cadeirão velho e quieto...

«Agora, esperamos... esperamos que a morte nos bata à porta... Desta vez... deixamo-la entrar.»

 

XYZ MAGAZINE N.º 19 – JANEIRO 1982

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O Gráfico RO 🕵️

Repórter de Ocasião

 Luís Rodrigues 🖊

A rubrica/secção TROPEÇÕES POLICIÁRIOS mereceu a atenção do Blogue “A Página dos Enigmas”!

 

Tropeções Policiários é o nome de uma recente rubrica que o Blogue “Repórter de Ocasião” começou a publicar, relembrando alguns episódios do Policiarismo Português e dos seus intervenientes.

In Blogue “A Página dos Enigmas” nº 103 - NOTÍCIAS

- segunda-feira, 30 de junho de 2025 -

4 comentários:

  1. Estimado Luis Rodrigues. Que enorme surpresa me fez com esta recolha do XYZ Magazine. Fico-lhe muito grato. Como os anos passam. Estou muito emocionado. Na minha foto do conto com 21 aninhos tinha cabelo para dar e vender... Hi! Hi!!!

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  2. São estes ditos "tropeções" que fazem a diferença , entre caminhando mas não caindo ... ! É salutar estas memórias vivas , porque se não houver memória não vai haver certamente história . E é neste "enredo" que O Gráfico resiste e insiste . Bem Haja meu amigo pela dedicação !
    Aquele abraço
    Virmancaroli

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    1. tens que comentar o meu tropeção do meu primeiro problema policial, publicado no "publicopoliciário" orientado por L.P., o senhor Luis Pessoa ou outros heterónimos, foi uma asneirada, mas sim foi o primeiro, e cometi um erro grave, mesmo assim o Luis publicou

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  3. o meu grande e excelente amigo , de guimarães, mas que hoje está em braga, aquele abraço, porque alguns XYZ, só que não sei por onde andam

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Os seus comentários são bem-vindos. Só em casos extremos de grande maldade e difamação é que me verei obrigado a apagar.