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sábado, 10 de abril de 2010

ANIMAIS À SOLTA NO CASSAPO

UM FOGUETÃO DA PANTERA
HAJA ALEGRIA!

        FOI um jogo de feras, o encontro de futebol hoje realizado (10 de Abril de 2010), entre o Charneca de Caparica (ZOO do Cassapo) e o Leão Altivo (Leões Aguerridos e Majestosos!) para o Campeonato de Futebol de Sete em Infantis / A (Fase Complementar). Já tinha escrito na reportagem anterior que este aglomerado e muito bem composto conjunto de animais se preparava para um novo ciclo de vitórias, no entanto, nunca pensei sofrer tanto, por esta vitória dos Infantis/A, por 2/1! Venceram com muito mérito, com imensa garra e enorme sacrifício mas também é verdade que igualmente podiam ter perdido –não fosse o falhanço surpreendente e clamoroso do Leão n.º 38 (A. Salvador) que, com o jogo empatado (1/1), e estando sozinho, frente ao nosso Macaco (António Vicente), falhou o pontapé na bola chutando no ar! Não se salvaram (com o Salvador), neste momento, os Leões Altivos, quando faltavam cinco minutos para a luta terminar. Três minutos depois... o Touro matava o jogo! Foi emocionante. Gritos de contentamento e abraços no final.

AS EQUIPAS
    Os conjuntos apresentaram-se, para este jogo, no Campo do Cassapo, com os seguintes elementos: ZOO (Camisola Amarela, Calções e Meias Azuis) –Francisco Silva (Sapo) N.º 24; João Pedro (Jacaré) N.º 10; Miguel Quaresma (Capitão-Pantera) N.º 28; João Rodrigues (Hipopótamo) N.º 15; Pedro Cardoso (Girafa) N.º 20; André Carvalho (Búfalo) N.º 18; Fábio Veloso (Tigre) N.º 31; Ricardo Francisco (Super-Rato) N.º 11; João Loureiro (Esquilo) N.º 5; Rui Freixo (Touro) N.º 9; Henrique Lopes (Gafanhoto) N.º 7 e António Vicente (Macaco) N.º 30. No banco, a Equipa dos Simbas estava completa, com: Luís Vasques; João Paulo Francisco, Luís Rodrigues e Henrique.
LEÕES: (Camisola Branca, Calções e Meias Negras) –G. Bernardino (N.º 35); Diogo Inácio (N.º 33); G. Martins (N.º 22); G. Pereira (N.º 21); Gerinho (N.º 25); Mousinho (N.º 29); G. Gonçalves (N.º 37); Andrei (N.º 32); Cunha (N.º 31); T. Rafael (N.º 39); Carvalho (N.º 40) e A. Salvador (N.º 38). No banco os três elementos da equipa técnica eram liderados pelo manager Armando.

OS CALCANHARES
    Os primeiros quinze minutos da contenda tiveram um ritmo mole, com os animais (todos –os da casa e os de fora!) a evidenciarem falta de vigor, algo tímidos até, com os livres a favor do ZOO -que costumam dar golos importantes –a serem marcados pelo Touro, muito frouxos, com as bolas brandas a caírem nas mãos do guarda-redes adversário. Nos últimos novecentos segundos da primeira parte, a partida aqueceu com um remate ao poste para o lado Charnequense, duas perdidas flagrantes para os Altivos, mais duas perdidas do Freixo e os toques inocentes e inconsequentes de calcanhar, praticados pela Girafa (hoje, forte e bem acordada a realizar uma partida memorável), Jacaré e Touro que enervaram loucamente o Simba-Mor que gesticulava e gritava para dentro do campo que não queria nada “daquilo”! Chegou o intervalo (zero a zero), com o Macaco, de gatas, à procura da bola, após defesa atabalhoada.

TRIÂNGULO MÁGICO
    A segunda parte iniciou-se às 10 horas e 17 minutos e... três minutos depois, o Leão Andrei, número 32 nas costas, pega na bola a meio-campo, passa por toda a selva e à vontade faz o 1/0 para os visitantes! Bom golo. Animais do Cassapo de cabeça baixa. No pontapé de saída, o Touro remata de surpresa e a bola bate estrondosamente na barra da baliza adversária! Que pena! Os animais levantaram a cabeça e partiram para a luta. O Jacaré, habilidoso, como sempre, remata por duas vezes e... a bola não entra! O Búfalo, que esteve sempre muito bem, lá na frente, segurando os centrais e ganhando muitas faltas, dá o lugar ao Tigre... E, após um grito do Simba Henrique, o Touro esgotado, sai de cena, dando o lugar ao Esquilo. Sobe a Pantera para o meio do terreno, de garras afiadas! Passaram-se 15 minutos e... nada! Com o Touro no banco a equipa só lutava, lutava, lutava... O Simba-Mor, irrequieto, agitado e muito inquieto, não aguentou mais e proclamou: “-Eu quero ganhar o jogo!” Seguidamente tira o Ganhafoto e lança novamente o Touro que já parecia fresquinho, como uma alface borrifada com àgua benta! Forma-se um triângulo ofensivo de prestígio, com a Pantera, Touro e Jacaré, à procura do empate...
O relógio marcava 10 horas e 36 minutos (estavam jogados 19 minutos da 2.ª parte e faltavam 11 minutos para o jogo terminar) quando os componentes do “Triângulo Mágico” emergiram das profundezas da inércia onde os animais estavam mergulhados, subiram ao Céu e gritaram em uníssono: -“Nós estamos aqui!!!” Desceram à Terra batida do Cassapo e pelo meio dos Leões Altivos estonteados, Touro, Jacaré e Pantera trocaram a redonda entre si... Acabou a Pantera por atirar um foguetão, com o pé esquerdo, ao ângulo superior direito da baliza inimiga!! A bola entrou. O Cassapo explodiu, a Pantera arrebentou de regozijo e gritou-se muitas vezes: Grande Golo! Grande Golo!! Grande Golo!!! As vozes ficaram sem vibração, com o som cavo, roucas. Estava consumado o empate. Mas, os animais queriam mais... queriam ganhar a luta. A dois minutos do apito final do árbitro, o Touro acabou com “aquilo” e com a sua irreverência de sempre, aliada ao encanto que emprega nos jogos, fez alegremente o 2/1, numa jogada soberba! O jogo eclipsou-se naquele momento... o meu bloco de anotações voou, a caneta desapareceu... Já se gritava “está na hora...” quando o juiz da partida deu por encerrada a batalha. Foi lindo. Sensacional. Espectacular.

OS SACRIFICADOS
     Desta vez não entraram na luta o Sapo e o Hipopótamo, simplesmente, não deu para jogarem um minutinho que fosse! Foram os sacrificados do grupo, paciência. Ambos já foram heróis noutras batalhas, o João Rodrigues um tanque na defesa e o Francisco Silva invicto na segunda parte do jogo com o Paio Pires, lembram-se? Nestes Escalões de Formação existem duas opções que os Treinadores têm que tomar nos jogos: A)-Não interessar o resultado, apenas ser intenção de formar e colocarem os miúdos todos a jogar. B)-O querer ganhar e escolherem aqueles com mais aptidão para cada partida. No entanto, GANHAR também é formação e os resultados interessam, sim senhor! Estes Infantis/A que no ano transacto somente obtiveram derrotas (em todos os jogos disputados!) sabe bem, agora, uma meia-dúzia de vitórias! Daí, alguns sacrifícios, cremos, entendidos por todos.

PANEGÍRICO
    Um elogio de vez em quando (não faz falta!) mas sabe bem. Foi o que me aconteceu, hoje, após este jogo, quando o progenitor do André Carvalho me perguntou se eu era Repórter, por Profissão! Respondi-lhe que não, apenas o faço por prazer e com muito gosto. E, de seguida, o mesmo Senhor proferiu: “-Então escreve... e escreve muito bem!”. É óbvio que fiquei contente e agradeci a amabilidade.
Abraços aos meus dedicados leitores.
Repórter de Ocasião.

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