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segunda-feira, 1 de maio de 2023

*** MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 030

 🔎 Memórias do Policiário – 030 🔍

 

O Gráfico

 

 

O Gráfico

 

…Chegámos às 30 edições das Memórias do Policiário – O Gráfico e quase nada recordei do meu vasto currículo no POLICIÁRIO, sendo eu, apenas, um mero e simples dinamizador desta extraordinária actividade lúdica... e não só (!), de exercício mental, -referindo-me à decifração e produção de problemas policiários -nada comparado com os “Monstros” que irei homenagear no “2.º Torneio de Entretenimento de Problemística Policiária” do Blogue RO, tais como “Sete de Espadas”, “M. Constantino”, “Detective Misterioso” e “Detective Invisível” aproveitando, também, para escrever mais um pouco sobre mim e evidentemente do confrade “L. P.” (Luís Pessoa) e já ando “nisto” desde 29 de Junho de 2021, lembrado, há dias, pelo dedicado a esta causa “Daniel Falcão” no seu admirável, muito útil e excêntrico Site (Sítio) CLUBE DE DETECTIVES.

VAMOS FALAR DE L. P.” e depois dos outros referidos Policiaristas no citado Torneio é, portanto, uma espécie de ANTELÓQUIO sobre os Problemas Policiários que serão divulgados no dia seguinte no Blogue do “Repórter de Ocasião” vulgarmente conhecido por “Blogue RO”.

SAUDAÇÕES POLICIÁRIAS.

O Gráfico

 



REPÓRTER X (Reinaldo Ferreira), SETE DE ESPADAS e M. CONSTANTINO e talvez INSP. VARATOJO estarão, certamente, na linha da frente dos titânicos Cultores do POLICIARISMO PORTUGUÊS em várias vertentes e, depois destes, muitas outras figuras outrossim se evidenciaram quer em Estudos ou na sua Dinamização, incluindo energicamente a Produção e Decifração de Problemas Policiários e, entre estes últimos, diz-nos a história -vincando, sempre, eu, que os relatos do Policiário em Portugal são um “poço sem fundo”! - “L. P.” ocupa um lugar de destaque pelo que produziu e juntou nas Secções Policiárias que orientou nomeadamente na Revista CRUZADEX, no Jornal PÚBICO e na Revista SÁBADO, especialmente numa época (quase) morta do Policiário, desde o início dos anos 90, do século passado, até muito recentemente... princípios dos anos 20 deste século. É a minha opinião... é a minha história... são as minhas memórias! Cada um... evidentemente... terá as suas!

O Gráfico

 


 


Momentos...

UMA VEZ... nos tempos dourados do “Mistério... Policiário” do eterno “Sete de Espadas”, com a realização dos Convívios Policiários... um grupo de Policiaristas juntou-se ao “L. P.” para viajarmos, no seu carro, direitinhos a Viseu, lembro-me dele, eu, “Alva”, “Primo 2” e creio que, se a memória não me falha, mais o “The Punk”. Todos, à excepção do Luís Pessoa (LP) éramos elementos da “Tertúlia Policiária de Almada”... muito jovens, sei lá, talvez nos finais dos anos 70... 1977 ou 1978! Façam contas.

Malta fixe. Grandes tempos. Uma cumplicidade espectacular. Alegres, divertidos, doidos, com alguma malícia, quando brincávamos uns com os outros! Quando entrámos no veículo do LP ele disse-nos, muito sério: “Meus amigos, se acontecer algo de nefasto nesta viagem não fiquem preocupados... porque os vossos familiares... ficarão todos bem!!” Lembro-me, como se fosse... hoje, 45 anos depois! O Luís Pessoa queria dizer-nos -e disse! -que tinha um óptimo seguro de vida a favor de todos os ocupantes da sua “máquina”... caso perdêssemos a vida nalgum acidente! Com a juventude irreverente que irradiávamos todos rimos, mas na verdade a viagem foi bastante atormentada porque fomos comendo e bebendo pelo caminho... não havia os cuidados que há actualmente... e num momento, numa travagem brusca, ficámos perante um precipício...! Nada de anormal... pensámos... voltámos a sorrir, uns para os outros!!

Numa das paragens, para degustar uns petiscos, e beber mais umas “imperiais”... já bem “aviados” (e aqui é a parte hilariante desta história!), quando estávamos, os cinco, sentados numa mesa, lembrámo-nos de provocar o “Primo 2”... afirmando que ele, de todos nós, era o único que tinha cara de bêbado! E para provar, isso mesmo, iríamos chamar o empregado e perguntar-lhe, exigindo que respondesse à pergunta olhando para todos nós... e dissesse quem tinha, de facto, a tal “cara de bêbado” -facto que o “Primo 2” não queria admitir que fosse ele! Chamou-se, então, o empregado de mesa e antes de lhe propormos a questão, já não me lembro... se fui eu ou o “L.P.”... que nas costas do “Primo 2” apontou com o dedo indicador, fazendo sinal, para a sua pessoa e... depois veio a pergunta: “Quem tinha cara de bêbado”!? Ora, o empregado, apercebendo-se da maldade, após a pergunta e perante o gesto subtil... não hesitou e disse que “quem tinha cara de bêbado”... era o “Primo 2”!!! (Ah, ah, ah!) Fartámo-nos de rir... às gargalhadas e o “Primo2”, da Cova da Piedade, nunca chegou a saber que o tínhamos tramado!

Éramos terríveis. (Final da história)

 


A Secção em Portugal com mais longevidade!

(De 1 de Julho de 1992 até 30 de Dezembro de 2018)

SECÇÃO: “POLICIÁRIO”

Jornal PÚBLICO

 

 

A

NOTÁVEL Secção de Problemística Policiária denominada “POLICIÁRIO” com coordenação de Luís Pessoa, foi publicada no Jornal Público, entre os dias 1 de Julho de 1992 até 30 de Dezembro de 2018, ininterruptamente ao longo de mais de um quarto de século, registando-se na História do Policiário como a Secção mais duradoira na Decifração e Produção de Problemas Policiários. Primeiramente, todos os dias, entre 1 de Julho e 31 de Agosto de 1992, deliciando os praticantes desta nobre temática. A partir de Setembro, desde o dia 6, a Secção passou a ser divulgada aos Domingos.

 

LP – Iniciou-se como Orientador e Coordenador de uma Secção Policiária, na Revista de Passatempos “CRUZADEX”.

 


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Luís Pessoa - "Inspector Fidalgo" -

 L. P. - Lumago Ampe

Marinhais, Santarém, Portugal

Policiário, Literatura, Política, Ambiente e Ecologia

 

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PROBLEMA POLICIÁRIO # 47

“O INSPECTOR FIDALGO VAI A UM CONVÍVIO POLICIÁRIO”

Original de: Luís Pessoa

Publicado na Secção POLICIÁRIO

23 de AGOSTO de 1992

 


C

OMO acontecia todos os meses num passado mais ou menos recente, os convívios policiários faziam parte da vida de qualquer policiarista. E o Inspector Fidalgo, sempre que podia, lá ia, estrada fora, para o Porto, Famalicão, Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Viseu, Torres Vedras, Santarém, Lisboa, Almada, Évora, Portimão, etc… E em todos revia amigos e conhecidos novos.

O Inspector Fidalgo interrogava-se como tinha sido possível perder o rumo de todos esses convívios, tendo muitos desaparecido e outros… lá iam subsistindo à custa de muita carolice.

- Não será verdade que o PÚBLICO Policiário pode dar uma boa ajuda, promovendo esses mesmos convívios?

O Inspector Fidalgo imaginava-se no centro de um convívio, algures neste país, promovido e publicitado pelo PÚBLICO Policiário, onde compareciam dezenas de confrades, da velha e nova guarda, em são convívio, antes, durante e depois de um bom almoço. Falava-se de policiário, de projectos, de torneios, desta ou daquela questão que levantou dúvidas, todos falavam com todos…

E chegava o momento dos digestivos, testes e problemas policiários para todos em conjunto, mas cada um por si, claro está, resolverem. E o problema policiário rezava assim:

“Um qualquer tipo estava sentado a uma secretária, com as costas voltadas para a porta, quando ouviu um ruído atrás de si. A princípio não ligou, tal a atenção com que estava no seu trabalho, mas, perante a insistência, voltou a cabeça, dando de caras com um índio, impecavelmente vestido, a que não faltava sequer uma fita na cabeça onde se prendiam duas penas…

Foi um choque terrível… Seria possível que aquela personagem tivesse saído da história que estava a escrever? Foi então que se ouviu um grito… a que se seguiu um imenso silêncio…

Só no dia seguinte se descobriu o corpo do pobre escritor, com uma faca espetada em pleno peito… Havia pegadas no chão, (porque lá fora chovia) até à porta… Sim, eram sapatos índios, vulgo “mocassins”. A certeza da sua pontaria não determinou que tivesse de se ir certificar da morte da sua vítima… Não havia dúvidas, atirara a faca com pontaria certeira…”

O “Sete de Espadas”, o “Jartur”, “O Gráfico”, o “Detective Invisível” e o “Detective Misterioso” (infelizmente já falecido, quando se preparava para se deslocar para um convívio – a nossa homenagem!) riram-se de imediato, perante a perplexidade de alguns, sendo acompanhados por muitos outros, “Mycroft Holmes”, “Mota Curto”, “Henry”, “Ric Hochet”, “Donald Lam”, “Livau”, “Becas”, “Ubro Hmet”, “Delgas”, “Pal”, “M. Lima”, “Xek-Brit” e tantos outros que a memória atraiçoa… É que havia um erro terrível no problema.

 

A – Um índio nunca podia aparecer assim, nem que se tratasse de um sonho.

B – Nenhum índio atira a sua faca, antes a iria espetar directamente no corpo da vítima.

C – Os sapatos de um índio nunca deixariam marcas no chão, porque os índios têm truques para nunca deixar pegadas, mesmo que passem por cima de lama ou chuva.

D – Uma faca atirada daquela maneira nunca poderia provocar a morte da forma que o fez.

 

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Este problema constitui uma singela homenagem a uma instituição que teremos de reconstruir e pôr em marcha, desta vez sob os auspícios do PÚBLICO: os Convívios Policiários! Vamos estudar o assunto.

 

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A Solução do Autor:

Publicada na secção POLICIÁRIO

 29 de Agosto de 1992

 

 

D

- UMA FACA ATIRADA daquela maneira nunca poderia provocar a morte da forma que o fez.

A vítima apenas voltou a cabeça, como se diz claramente no texto, portanto não podia ser atingido em pleno peito por uma faca atirada pelo índio. Repare-se que nos é dito que não houve aproximação ao corpo…

 



LUÍS PESSOA – LP é Autor do Livro

 “O Inspector Fidalgo - Contos e Casos” e

Co-Autor do Livro “QUINTOBAIRRISMO”, lançados recentemente!

 

Blogue RO – 01 de MAIO de 2023

https://reporterdeocasiao.blogspot.com/

 







 



3 comentários:

  1. É só maldades! O que conseguimos ser!!!

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    1. Ora, Viva, Caríssimo confrade, "L. P."!!
      Éramos jovens e irreverentes, embora humildes, mas o mais importante é aquilo que nos tornámos... Homens sérios, trabalhadores, honestos e amigos do seu amigo! E, sem dúvida, o POLICIÁRIO ajudou a construir e a fortificar HOMENS BONS e, entre muitos, Estamos (EU ESTOU!) imensamente agradecido ao "Sete de Espadas", "Detective Misterioso", "Detective Invisível", "Manuel Constantino", "Inspector Aranha", "Big Ben", "Zé (Viseu)", "Jartur", "M. Lima", "Vítor Hugo", "Marvel", "Detective said", "PAL", "Severina", "Natércia Leite", "Milena", "Lycar", "A. Raposo", "Inspector Moisés", "D. Chicote", "Arnemar", "Madivaz", "Mindogues", entre tantos e tantos... somente para lembrar os de mais idade, porque entre os "Príncipes de 1977"... os "alunos" do eterno "SETE"... ui... uma elite inigualável!! ABRAÇO. -O GRÁFICO (RO)

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  2. MTR
    O Luís Pessoa já o conheço melhor porque já conheço contos dele 🌺

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Os seus comentários são bem-vindos. Só em casos extremos de grande maldade e difamação é que me verei obrigado a apagar.