CRÓNICA
OCASIONAL N.º 89
CORPO HUMANO
Por:
Repórter de Ocasião
Dedicatória:
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Com especial apreço para o José Teixeira, treinador dos Juvenis
VITÓR(IA)
COM CABEÇA, TRAVE E MEMBROS
Foi
mesmo assim, com cabeça, trave e membros... que os Juvenis conseguiram mais uma
vitória num terreno difícil como é o Parque Desportivo J. Caetano, campo de
futebol de terra batida do Vale de Milhaços. As vitórias desta geração de
jogadores, naquele terreno, têm sido, ao longo dos anos... sofridas,
históricas... mesmo, e vividas com muita emoção! Luís Vasques, uma vez, ganhou
ali um jogo, como treinador, por um a zero, com um golo soberbo do Rui Freixo
(o então “Touro Sagrado do Cassapo”!) que originou uma crónica espectacular do
“RO” sob o título: “ÉS TOURO!” Isto, a propósito do jogo encaminhar-se para o
final e o treinador dos “azuis” -por sinal, ainda é o mesmo, o meu amigo Paulo!
–gritar para os seus jogadores que o Charneca havia dado o estouro...
incentivando, assim, os seus jogadores para atacarem em força! Foi, então, que
o Rui Freixo pegou na redonda... galgou metros e metros de terreno, fintou
meio-Mundo e marcou um golo fenomenal!! Há registos disso. Daí o “És Touro!”
(estouro).
Desta
vez, os agora (já!) Juvenis do CCFC, ganharam por 3-2 mas a vitória não foi
fácil. No início do desafio os da casa, mais afoitos, encostaram os visitantes
às suas redes e no primeiro quarto de hora, através de um livre directo,
inauguraram o marcador, após recarga de “Nery” (um jogador do Vale de Milhaços,
entre um lote de sete ou oito (!?) que se iniciaram nas escolas de formação do
Charneca de Caparica... é verdade!). Toda a primeira parte pertenceu aos
visitados mas, mesmo assim, e timidamente, o Charneca foi lá à frente... antes
do intervalo e conseguiu empatar o jogo através de Fábio Veloso (O “Tigre” do
Cassapo!) depois de eu próprio gritar mil vezes: -Sobe, sobe, sobe! -É
assim mesmo que se joga à bola! Gritei. Um dos treinadores do Vale de
Milhaços, o nosso conhecido Carvalho, olhou para mim de soslaio e sorriu com
malícia, num ar trocista, facto que não me beliscou... nem um bocadinho. Com
cabeça, pouco tronco e acanhados membros o CCFC lá chegou à igualdade. Na segunda
metade do jogo Ricardo Araújo e Rafael Cândido foram gigantes e além de
participarem activamente no 3.º golo da sua equipa ainda enviaram duas bolas à
trave da baliza do guarda-redes do Vale de Milhaços.
ESQUADRO,
RÉGUA E COMPASSO
E...
assim se constrói uma vitória desmesurada! Os jogadores do Charneca iniciaram a
2.ª parte do desafio com muita vontade, garra e empenho, com cabeça, tronco e
membros e por isso, com essa atitude surpreenderam o Vale Milhaços que em
poucos minutos se viu a perder por 1-3, sofrendo um golo mágico do “Tigre”,
novamente, desta vez a desviar, sublime, com a bota do pé direito, a bola que
vinha da marcação de um livre, para a baliza (des)povoada do guarda-redes
contrário. Segundos depois o CCFC ganha um canto e quem vai marcá-lo é o
Ricardo Araújo que antes de pontapear a bola ouviu atentamente as indicações do
seu treinador que foram mais ou menos, assim: -Ricardinho mete a bola ao
segundo poste, no meio da confusão, para a cabeça do “Rafa”! (Esquadro).
Ricardo disse que sim com a cabeça e olhou para a grande área do Vale de
Milhaços. Fitou o Rafael e visionou a redonda. (Régua). Fez um compasso
de espera e depois, de forma cadenciada, chutou a bola. Esta, bem medida, num
modo curvilíneo foi parar à cabeça do “Falcão” que se elevou o necessário para
encostar a testa e enviar a bela “menina” para o fundo das redes dos “azuis
celestes” que atónitos... nem queriam acreditar. (Compasso). 3-1 para o
CCFC.
VITÓR(IA)
CANTAROLADA
Depois
do 3-1 os anfitriões voltaram à carga e quase dizimaram os forasteiros que se
apresentaram com uma defesa quase desmembrada, de papel mesmo... (coisa pouco
habitual neste conjunto...) vieram os nervos à flor da pele... na cabeça, nos
troncos e nos membros! Contudo, os jogadores da defesa foram bravos e tiveram,
os Juvenis do Charneca, no seu guarda-redes (Vitor Cantarelo) a sua melhor
unidade... mal batido, quanto a mim, no 3-2, evitou nos momentos finais, mesmo
nos últimos segundos, que os caseiros empatassem a partida efectuando uma
defesa de sonho, espectacular, fantástica, na realidade! Foi uma vitória de
meia voz, sim senhor, talvez não muito bem cantada! Mas... valeu 3 pontos.
Gostei do encontro que me fez lembrar outros tempos quando, também eu... ali me
sentava, como director do CCFC, no banco dos suplentes.
Repórter
de Ocasião »» 4 de Março de 2013 »» 23h 30m.
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