CRÓNICA OCASIONAL N.º 84
Por: Repórter de Ocasião
Dedicatória: Para Jorge
Fernandez e José Teixeira
Não choveu em Santiago
D
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ESTA vez, ao contrário do golpe
militar que ocorreu no Chile em 1973 e que deu origem ao filme “Chove sobre
Santiago”... não choveu em Santiago! E não foi preciso nenhum golpe militar
nem outras acções do género para os Juniores do CCFC irem a Santiago (do Cacém)
vencer o líder do campeonato distrital da 2.ª divisão da Associação de Futebol
de Setúbal por três bolas a uma. O dia apresentou-se seco, com muito frio
mas... não choveu. Recambiados para o pelado de Santiago para não se estragar o
relvado destinado aos Seniores virou-se o feitiço contra o feiticeiro e os
jovens do Santiago do Cacém perderam pela primeira vez, depois de terem vencido
sete jogos em outra tantas partidas: pior, para eles, porque sofreram metade
dos golos de quantos tinham sofrido até ao momento! Vitória 3-1 para o CCFC sem
margem para dúvidas.
AS BOLAS PARADAS
Fazia-me
uma certa confusão quando se dizia que
uma equipa ganhou um jogo de futebol com bolas paradas! Então se as
bolas estão paradas... como é que entram na baliza adversária? Foi
preciso ir a Santiago do Cacém, com os Juniores, para desmitificar este meu
imbróglio. É que Pedro Santos, com dois golos, e Matheus Silva, com mais um,
foram os autores dos golos que ditaram a vitória sobre o Santiago do Cacém.
“Pedrão” (José) marcou dois golos directos através de livre e o jogador Brasileiro
do CCFC marcou igualmente, após recarga, depois de um livre directo executado
por Márcio Araújo que levou a bola a embater na trave da baliza do União Sport
do Cacém. Três golos maravilhosos, três momentos mágicos, que foram
fotografados por mim.
Se
não estivesse atento quem ficava parado no Cassapo era eu... porque as
carrinhas do clube já se aprestavam para partir e ainda estava o RO distraído
na sede/bar. Também lhes digo uma coisa... esquecerem-se do repórter... não
lembra ao diabo!...
No
regresso de Santiago do Cacém o cicerone que explicava o caminho ao motorista
Manuel José deu-lhe umas dicas erradas e... fomos parar a Cercal do
Alentejo! Valeu... pelo passeio. Ainda voltámos a tempo de socorrer os pais do
jogador Tiago Martins que ficaram parados na via rápida com falta de água para o seu veículo.
João Peres, o outro condutor, de uma outra carrinha, estava também parado
mais à frente enquanto António Espinha, o terceiro motorista, da 3.ª carrinha,
já estava parado no Cassapo à nossa espera. O jogo de equipa é assim:
abalamos todos ao mesmo tempo e quem não tiver mãozinhas... fica para trás.
Chegámos
ao Campo do Cassapo para, em convívio, jantarmos e comemorarmos o aniversário
do Presidente JMS. Também ficámos parados, à espera... que um outro
grupo iniciasse o seu jantar. Estão mesmo a ver que foi um dia de “bolas
paradas”! Mais tarde, já à mesa, também estivemos parados à espera
do pão e lá conseguimos comer dois bocadinhos de carne, à jardineira, com
quarenta batatas! Foi bom. Mais saboroso, ainda, foram os camarões e as
sapateiras providenciadas pelo Presidente José Manuel dos Santos. No final fui
dos poucos que paguei cinco euros... uma pechincha, nos tempos que correm...
mas estranhei a surpresa do gerente do bar ao receber o dinheiro. Não estávamos
a jogar à “sueca” pelo que se dispensavam (e não percebi) os bem visíveis sinais.
O RESULTADO DO JOGO
Vitória
meritória dos Juniores do CCFC. Sempre bem posicionados no terreno nunca deram
espaços aos fortes jogadores da casa que me pareceu necessitarem de larguezas
para realizarem as suas perfeitas qualidades. Mesmo assim foi, de novo, Rui
Logrado, quem evitou o golo inaugural do União Sport, logo no início da
partida. Depois vieram os livres directos superiormente executados por Pedro
Santos que resultaram nos golos do CCFC. Ao intervalo já venciam por 2-0 com um
golo de PS e outro de MS. Logo no início da segunda metade “Pedrão” matou-o-jogou
com o 3.º golo. O União Sport do Cacém nunca desistiu e quando reduziu para 1-3
ainda acalentou esperanças... mas ao faltar meia-hora para o jogo terminar
o CCFC segurou o resultado.
Astutas
as substituições do técnico Jorge Fernandez, primeiro quando trocou “Dudy”
(Ruben Andrade), ao intervalo, por Nuno Anjos. E mais tarde quando mandou
entrar Quelton Sanches para o lugar de Manuel Correia (Caló). A entrada e João
Madeira já no declinar do encontro somente serviu para ganhar mais alguns
segundos.
OS JOGADORES
Rui
Logrado (Quando não se desorienta é um guarda-redes seguro! Forte e
personalizado).
André
Rasteiro (Raça e atitude colocada no campo. Nunca desiste de uma bola).
Márcio
Araújo (Continua a evoluir... já consegue misturar técnica com a sua
força).
Nuno
Pinela (Doses de eficácia... apenas o necessário! Está sempre no lugar
certo).
Tiago
Santos (Lindo menino. Cresceu. Tem força, garra e vontade).
João
Dias (Sempre rápido e acutilante. Nunca desiste de lutar).
Silvino
Reis (Uma abelhinha mestra. Sempre no caminho certo na recuperação da
bola!).
Matheus
Silva (Ágil, tecnicista e oportunista. Raramente perde uma bola. Bom no
passe).
Manuel
Correia (Um poço de energia. Saiu esgotado quando já não podia mais).
Ruben
Andrade (Fraco jogo. Não mostrou o que realmente vale como jogador. São
dias...).
Pedro
Santos (Todos o conhecem. Excelso marcador de livres. A bola dança nos seus
pés!).
Nuno
Anjos (É sempre melhor a entrar... depois! De início... não rende. Esteve
bem).
Quelton
Sanches (Fez o mesmo que o “Caló” um barreira para os visitados).
João
Madeira (Uma estreia... apenas para ganhar tempo).
SUPLENTES
Não
foi necessária a sua utilização nesta partida mas também são heróis: Tiago
Martins; Carlos Viana e João Espinha. João Cachado não se equipou
por estar lesionado.
Repórter de Ocasião.
2 de Dezembro
de 2012
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