*** MEMÓRIAS DO POLICIÁRIO! - (Por: O Gráfico) - 022 👣 PEGADAS - ANEXO DA EDIÇÃO N.º 022 - O GRÁFICO!

 🔎Memórias do Policiário – 022

 

O Gráfico

 

👣 Pegadas...

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*** As “Pegadas” de hoje, da 22.ª Edição de “Memórias do Policiário - O Gráfico”, relembram através da Revista “CÉLULA CINZENTA” n.º 26, de Abril 1991, da Associação Policiária Portuguesa (APP), alguns apontamentos de como se deve escrever um ROMANCE POLICIAL.  O Gráfico

 

“CÉLULA CINZENTA N.º 26 – ABRIL / 1991

 

ROMANCE POLICIAL

como escrever...

Raymond Chandler (1888 -1959) iniciou a sua carreira de escritor apenas aos 45 anos, após uma vida extremamente atribulada fruto da sua intensa ligação a sua mãe, que morreria em 24, e do seu casamento com uma mulher 17 anos mais velha que ele. O genial escritor da “escola negra” e criador de Philip Marlowe, elaborou, igualmente, uma série de regras para a escrita de um romance policial com todos os ingredientes fundamentais a este género. Surgiu, assim, “O Decálogo do Romance Policiário Segundo Raymond Chandler”: 

 

1 – A situação original criada e o seu desenlace deverão ter um móbil plausível...

2 – Não deverão existir erros de origem técnica sobre os métodos da morte e do interrogatório...

3 – Os personagens, o quadro e a atmosfera deverão ter contornos realistas. Devem ser envolvidos por gente real num mundo real...

4 – Aparte o elemento mistério, a intriga deve possuir um peso relevante tal como a história em si...

5 – A simplicidade fundamental da estrutura deve ser a suficiente de tal modo que seja facilmente explicada quando o momento certo chegar...

6 – A solução do mistério deve escapar a um leitor razoavelmente inteligente...

7 – A solução, quando ela for revelada, deverá parecer inevitável...

8 – O romance policial não deve tentar provar tudo de uma vez. Se se trata de uma história de um enigma funcionando a um nível mental elevado, não podemos torná-la, igualmente, numa aventura violenta ou apaixonada... 

9 – Duma forma ou de outra o criminoso deve ser punido, não necessariamente num tribunal (...) (Sem a punição), é como uma desafinação que irrita. 

10 – Deverá existir uma razoável honestidade aos olhos do leitor...