CRÓNICA
OCASIONAL N.º
96
Por: Repórter de
Ocasião
PALANCA
Intróito:
Normalmente não costumo iniciar as minhas crónicas com
introdução mas como esta, de nome “Palanca”, tinha sido anunciada vejo-me na
obrigação de prestar um esclarecimento aos meus leitores. Hoje, pela manhã, fui
ver jogar os Juvenis do CCFC, ao campo do Cassapo, e mal cheguei ao jogo,
dirigi-me ao bar, cumprimentei o senhor e meu amigo José Moura e pedi um café e
um bolo. Enquanto pegava na chávena e mexia a bebida virei-me de soslaio para o
recinto desportivo e... que vejo eu?... Uma obra de arte! Márcio Francisco,
jogador dos Juvenis do Charneca, que estava de costas para a baliza adversária,
pertença do Luso, do Barreiro, apercebe-se que, após um ressalto, a bola se
encaminha na sua direcção... o jovem vira-se de esguelha e domina a redonda com
suavidade e, ainda de modo oblíquo... quase em queda, dá-lhe um chuto com
perícia, destreza e sumptuosidade enviando-a na direcção da baliza defendida
pelo guarda-redes Barreirense. A bola subiu ao céu... e quando parecia que ia
desaparecer... baixou, amena, de modo repentino e aninhou-se selvaticamente nas
redes do atabalhoado guardião contrário! Grande golo! Gritei. Todavia, o meu
grito foi abafado pelo alvoroço de entusiasmo que os adeptos do Charneca
realizaram após tão belo, soberbo e majestoso golo! Perguntei qual era o
resultado. Disseram-me que o CCFC ganhava por 2-0 e que o Fábio Veloso foi o
autor do outro tento. Dois a zero foi o resultado final. Foi uma vitória
selvagem dos Juvenis do CCFC... com golos do “Tigre” (Fábio Veloso) e de
“Palanca” (Márcio Francisco) esse mesmo menino que outrora também pertenceu aos
Iniciados do Charneca e integrou o famoso “ZOO do Cassapo” de Luís Vasques,
Adelino Dias e companhia... O epíteto de “Palanca” só chegou agora... mas ainda
veio a tempo para premiar um dos mais jovens talentosos jogadores que primam no
CCFC. Eu gosto de o ver jogar e está tudo dito.
Para terminar quero esclarecer que a crónica que vão ler,
a seguir, “Palanca” já estava escrita antes desta manhã de 07 de Abril de 2013
e, por isso, fora anunciada nos Sites do CCFC. Agora, o leitor pode pensar e
julgar o que muito bem entender. (RO)
MÁRCIO FRANCISCO (PALANCA) JOGA FINO, COM LEVEZA, TRATA BEM A BOLA
COMO SE ESTA FOSSE UMA PRINCESA!
Este veloz avançado, do escalão orientado
pelo carismático treinador José António Teixeira, chegou aos Iniciados do
Charneca sem formação futebolística... Contudo, apesar desta anomalia,
conseguiu revelar dotes de astuto e sagaz jogador e, ainda por cima... mostrou
veia goleadora! Foi o autor dum célebre golo que no antigo pelado do Cassapo
deu a vitória dos Iniciados do CCFC sobre o Monte de Caparica por 1-0.
Histórico. Esse dia... e esse momento foi uma festa para as cores do Charneca
depois de um jogo emocionante. Foi um dia de alegria! No final do encontro,
Luís Vasques, então nas funções de treinador, correu, emocionado, para mim...
para me cumprimentar, depois de ter abraçado, comovido, o João Peres,
tesoureiro do Charneca. Adelino Dias e os
jogadores saltaram e pularam de contentamento pelo feito conseguido.
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ooo ------
O
Povo Angolano respeita e admira com entusiasmo a Palanca Negra que é uma
espécie rara de antílope, ímpar no Mundo, que abunda e se reproduz na Província
de Malanje.
Conta-nos
a mitologia Africana que a Palanca é um símbolo de velocidade, beleza e
vivacidade! Atributos que se assemelham à maneira como Márcio Francisco se
comporta dentro e fora de campo! Ainda no último jogo dos Juvenis, realizado na
Moita (vitória do CCFC, por 6-1), Márcio Francisco (Palanca) tocou a bola...
para golo... e, mesmo assim, protegeu-a... antes dela entrar na baliza
adversária... esperando pela corrida do “Falcão” (Rafael Cândido)... para que o
golo pertencesse ao colega de equipa... uma vez que a jogada feliz tinha sido
feita pelo Rafael. Pensou o Márcio que não merecia o golo! Ora, esta atitude e
este comportamento revelam a humildade do jogador e... também da pessoa.
Acrescento
que o epíteto “Palanca”, agora atribuído ao Márcio Francisco... já tardava...
mas, desta vez, a ideia e perspicácia não foi de minha autoria! O nome/alcunha
foi sugerido por um grande amigo e seu indelével admirador.
Chama-se,
a isto... trabalho de equipa!
Saudações
desportivas.
RO – 05 de Abril de 2013
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